Após muito sofrimento e muito suor envolvido, Iori e seus amigos finalmente chegaram em Okinawa para não só tirar sua licença mas também para se divertir, afinal, quem em sã consciência não faria o mesmo? E seguindo uma linha parecida com o episódio anterior, recebemos algumas aulas de mergulho e como cereja do bolo vimos uma bela representação de amizade.

O primeiro ponto que chamou a minha atenção foi em relação ao local alugado. Ok, um bando de universitários alugar uma casa de praia é aceitável mas uma casa com praia particular já é algo totalmente fora da realidade. De qualquer forma ninguém precisa se importar com isso e sim com a forma que tal situação será usada para gerar cenas cômicas. E bem, gerou a boa e velha cena de vários homens se despindo e andando da mesma forma que vieram ao mundo. Talvez tenha faltado cenas que envolvessem bebidas alcoólicas, afinal, estamos falando de pessoas que aparentemente não conseguiriam aproveitar uma viagem dessas sem beber. Porém, devemos lembrar que Iori, Kouhei e Aina estão em período de testes e por isso, deve-se esperar.

Mas o melhor estava por vir. Sinceramente já passou da hora de um certo alguém (Aina) se acostumar com as cenas onde seus companheiros mostram seus corpos por completo pois isso não vai mudar e ainda que fosse uma situação engraçada no começo, está se tornando sem graça alguma por conta da falta de novidade (que até teve nesse episódio por conta do cenário de fundo ser diferente). E enquanto Aina teve um destaque maior, Chisa apenas apareceu aborrecida (como sempre), algo que não podemos contestar, afinal, ter dois idiotas discutindo e brigando por tudo deve ser realmente complicado mesmo. E logicamente foi impossível não rir das tentativas de ambos os lados para ter a vitória, para no fim acontecer um empate.

Bom, foi legal enquanto durou a parte engraçada cheia de loucuras da dupla dinâmica mas a segunda parte nos aguardava com detalhes mais interessantes. Primeiro de tudo, veio a luta do nosso incansável Iori e sua eterna luta conta sua visão. Sinceramente eu acho que teria dormido de cansaço naquela situação (ou pelo menos assim espero) e por isso não passaria por grandes problemas mas ele foi um valoroso guerreiro que honrou sua castidade até o fim, mesmo tendo que resistir com todas as suas forças para as grandes tentações do inimigo. E como era de se esperar, a obra recorreu ao non-sense quando tivemos mais detalhes sobre Iori e a cilada do destino que o mesmo sofreu, afinal, asfixia não deve ser uma opção tão viável assim, né? Claro que a gentileza e o companheirismo de Kouhei foram fundamentais para tais feitos (ou não).

Um dos ponto mais interessantes de Grand Blue é que apesar de todo o dano recebido entre as partes, todos se gostam, o que pode parecer óbvio (ou não), afinal, eles estão juntos até agora mesmo não gostando necessariamente de mergulho. Um exemplo disso é o Kouhei que em momento algum disse que gostava de mergulhar ou até mesmo Iori que até medo de água tem. E mesmo com essas questões, o clube segue firme, há uma espécie de senso de comunidade onde todos são bem vindos e bem tratados, algo que Aina finalmente pôde entender através de pequenas atitudes. Obviamente ela estava ciente do perigo que seria mentir naquela situação mas mesmo assim, era necessário sentir que sua presença era algo além de um peso desnecessário como antes no clube de tênis. E logicamente para fortalecer a paixão dela pelo elemento (Iori), essa amostra tinha que vir de uma atitude dele assim como foi quando ele se vingou por ela no festival.

No fim, foi um episódio que soube trazer algo interessante sem usar cenas cômicas de alguma forma. Claro que isso ocorreu numa pequena cena no final mas mesmo assim conseguiu mostrar uma faceta diferente daquilo que tem sido apresentado. Grand Blue vai além do mergulho, de universitários enchendo a cara sem roupa alguma ou virgens que atrapalham uns aos outros ao invés de se ajudar. É uma comédia que trata de evoluir seus personagens, ainda que seja uma pequena mudança. E com isso, o episódio poderia muito bem terminar naquela bela cena ao pôr do sol se a vida não quisesse ferrar com o Iori mais uma  vez.