Domestic na Kanojo – Relações rasas que não convencem
Domestic na Kanojo terminou. Durante 12 semanas acompanhamos de perto a vida de três irmãos, que seja por obra do destino ou simplesmente por conta dessas casualidades que a vida nos proporciona, se conheceram. Eles amadureceram (ao menos isso é o esperado), riram e choraram mas no fim, nunca enganaram. A ideia da obra é boa e muito bem executada no mangá, porém na adaptação para anime não podemos “dizer” o mesmo.
A obra é um mangá publicado desde 2014 e escrito pela autora Sasuga Kei. É uma obra de romance e drama escolar que trabalha com três jovens: Hina, Rui e Natsuo. Seus pais se casaram e agora eles são meio-irmãos, porém sua relação não é tão simples assim, afinal, Natsuo e Rui já fizeram sexo (antes de se conhecerem de verdade) e Hina é o grande amor de Natsuo, além de ser sua professora. E com essa premissa a obra nos traz os emocionantes capítulos da vida de cada um deles enquanto experimentam e procuram pelo amor… ou deveria ser algo do tipo.
O problema é que o anime é raso. As relações são rasas assim como os sentimentos. Alguns acontecimentos ocorrem do nada, os personagens não te passam a impressão de que sentem aquilo que dizem sentir e no fim, nem o fanservice ocasional salvou muita coisa. Claro, o anime não é horrível, longe disso, mas para que você tire algum proveito precisará esquecer que o mangá existe e seguir em frente. Os grandes destaques da obra ficam por conta da ótima opening (inclusive as outras músicas da cantora são ótimas), dá ending e do visual que é bonito. A história é ok, os personagens no geral dá para engolir e no fim, vá ler o mangá que você ganha mais.
Sim, eu sei que é estranho “dizer” que o mangá é tão melhor sendo que o anime não é tão diferente (inclusive eu fiz um artigo completo comparando ambos, indicando sobre a melhor forma de ler o mangá e por aí vai). Em determinados momentos parece que há um exagero da obra em tentar atingir certos acontecimentos e desenvolvimentos. Em certo episódio a Hina está se tocando e usando um cara como parte da fantasia e no seguinte, está praticamente namorando outro personagem. Inclusive ela explica isso posteriormente mas sequer convence.
E “falando” da Hina, vamos tratar dela. Hina é a irmã mais velha de Rui (e do Natsuo também) e uma personagem estranha. Durante boa parte da obra ela se coloca num pedestal perante alguns personagens, em especial o Natsuo, simplesmente por ser adulta. E do começo ao fim essa declaração irrita, simplesmente porque suas atitudes não condizem e ela parece ser muito mais infantil que o resto. Outro ponto é que ela possui sentimentos conflitantes que muitas vezes contradizem suas ideias e valores.
Seu pai biológico traiu sua mãe e por isso ela tinha certa repulsa contra ele. Tempo depois ela (Hina) estava se relacionando com seu ex-professor que atualmente é casado. Sentimentos são algo que nós não controlamos, é verdade, mas isso já é um pouco demais, não? Para piorar ela mostra ser uma pessoa que precisa de um homem para ser feliz, além de querer o monopólio, de se sentir desejada mesmo que recuse avançar na relação por mero capricho. Seu amor por Natsuo nasceu depois dela ver sua irmã beijando ele, que já havia se confessado e o pior de tudo, é que ele sequer se importou com tal declaração.
Do trio mesmo quem se salva é a Rui que tem como único defeito aparente uma timidez e insegurança que diminui com o tempo. Ela acabou sendo a coadjuvante do trio pois a obra acaba focando muito mais no casal do que na garota rejeitada. Mas mesmo assim ela tem um tempo de tela decente e consegue nos mostrar o porque é tão melhor que sua irmã, assim como 95% do resto do elenco.
Já Natsuo é um personagem interessante. Ele é um jovem que comete erros que fazem jus a sua idade e falta de experiência. Outro ponto interessante é que ele é retratado como alguém que ajuda as pessoas (o que não é mentira), mas em certos momentos apenas enxerga os seus sentimentos, sendo por querer ou não, ou apenas por imaturidade. É um personagem que está longe de ser bom, mas podemos entender algumas de suas atitudes, sejam boas ou ruins.
No fim, Domestic é uma opção interessante para se assistir caso você queria um romance um tanto quanto diferente. O resto do elenco é bem interessante, os aspectos técnicos no geral são decentes e no fim, a história consegue se manter simpática no geral. Infelizmente a obra deixa um gosto amargo pois poderia ser bem melhor do que foi e as chances de uma nova temporada até existem, mas depois disso que foi apresentado não sei se vale a pena (lembrando que a autora reclamou do anime em seus episódios finais).
Lopes José
Vc está aberto a opiniões?
Vou discordar de vc usando suas palavras depois darei minha opinião:
Titulo – “Relações rasas que não convencem”, esse foi o titulo que usou.
Suas conclusões “Domestic é uma opção interessante para se assistir caso você queria um romance um tanto quanto diferente. O resto do elenco é bem interessante, os aspectos técnicos no geral são decentes e no fim, a história consegue se manter simpática no geral. Infelizmente a obra deixa um gosto amargo pois poderia ser bem melhor do que foi”
Pelo Titulo imagino que vc não gostou do anime e que ele ao seu ponto de vista seria abaixo da média e ruim em todo o conjunto.
Porém, ao ler suas conclusões vemos que vc gostou da maioria dos pontos como por ser um romance diferente, com um elenco interessante, aspectos técnicos descente que consegue ser simpático, e mesmo você dizendo no gosto amargo que fica seria mais pelo que vc espera do que pelo que foi.
Se fosse para dar um Titulo a suas conclusões eu diria “Domestic na Kanojo, é um anime acima da média, uma experiência boa ao assistir, porém com falhas que podem deixar vc com um gosto amargo.”
Minha opinião é:
As relações não são rasas, são bem feita, eu me pus no lugar da Hina, da Rui, da Momo, do Natsuo, cada um tem seus motivos, cada um sofre horrores, desde a Hina que não quer expor o relacionamento, quanto a rui, por estar entendendo o que é amar, ou até a momo com a falta de pessoas ao seu lado. eu senti como se meu coração fosse explodir tentando achar uma solução para cada um destes sentimentos, não da pra se sentir simpático por uma.
Eu fiquei Furioso com a Hina por ela ter deixado o Natsuo mesmo que pelo bem dele.
Eu fiquei feliz pela Rui ter se encontrado e querer lutar pelo amor dela.
E a Momo no anime não mostra muito dela, e ai que está a diferença do mangá do anime, rusharam tanto que cortaram elementos do mangá que não deveriam, e ai que eu acho que ele perde… na adaptação.
Pra mim um dos melhores romances da temporada e uns dos meus animes favoritos, por conseguir me fazer experimentar está explosão de sentimentos.
Estou lendo o mangá e não consigo parar de ler, conto os minutos pra chegar em casa depois do trabalho, atualmente estou no capitulo 187, e tanta coisa aconteceu, acredito que vc não acharia raso, pena que cortaram tanta coisa no anime.
Kiraht
Olá Lopes tudo bom? Sim, ver outros pontos de vista é sempre bom!
Eu entendo que você discorda do título e da questão das relações não serem rasas. Mas veja bem, eu sempre penso em colocar um título que tenha relação com o texto ao invés de simplesmente dar a minha opinião logo de cara. Claro que esse título dá a entender algumas coisas e no texto eu explico o porque de tal título assim como a minha opinião sobre a obra como um todo.
Durante o artigo eu procurei não encher de críticas pois ainda que não seja do meu gosto, haverão pessoas que irão gostar ou se interessar pela obra e como qualquer outra ela tem seus pontos positivos (fora que é chato só apontar defeitos). Tanto é que eu coloquei em determinado ponto a seguinte frase: “Claro, o anime não é horrível, longe disso, mas para que você tire algum proveito precisará esquecer que o mangá existe e seguir em frente”.
Porém vejo com certo exagero o título que você deu pois apesar de elogios aqui e ali, jamais colocaria Domestic como um anime acima da média. Como inclusive escrevi no texto, a história é simpática, não boa ou ótima. Ou como em outra parte em que “disse” que é possível tirar algum proveito, ou seja, não será uma experiência perdida ou ruim, mas também não será mil maravilhas. Ao meu ver Domestic foi um anime decente/mediano, famoso 6/10, bom para passar o tempo e nada além disso (fora o gosto amargo kakaka).
Já sobre a sua opinião, eu super concordo que cada um sofreu horrores aí (Natsuo não acho que seja o caso e a Hina também não, afinal, tudo são consequências das escolhas feitas por cada um). Eu também fiquei furioso com a Hina, mas apenas quando li o mangá, já assistindo o anime e consequentemente vendo isso uma segunda vez eu consegui entender um pouco mais sobre a decisão dela e tudo que estava envolvido (pelo menos uma decisão certa ela fez durante o anime). Rui é uma personagem que conseguiram manter a qualidade e isso foi ótimo pelos motivos que você citou. Já sobre a Momo eu não acho que foi uma perda tão grande pois ela tem uma relevância maior posteriormente (não que não tenha nesse pedaço, mas acho que é algo superável desde que desenvolvesse devidamente mais para frente).
Já sobre as relações serem rasas eu serei franco, no anime foi, no mangá, não. A Hina começa a namorar o Natsuo simplesmente do nada e nunca oferece uma explicação decente disso. Ou melhor, ela dá uma explicação que se fosse para mim, teria terminado o namoro ali. O próprio Natsuo disse que conseguiu por insistência e aí eu pergunto: uma relação dessas pode ser profunda? Não estamos falando de algo que levou um bom tempo e sim, de uma relação que de uma hora para outra se formou.
E bom, se você considerar que tivemos em torno de 3 romances nessa temporada, é fácil ser um dos melhores kakaka. Particularmente eu colocaria Gotoubun na frente sem nem pensar e no geral Domestic ficaria atrás de alguns outros. Já o mangá é um dos meus preferidos, sou fã da autora e assim como você também não consigo parar de ler. Fico feliz que você tenha tido uma experiência tão boa com o anime e caso queira podemos conversar sobre ele ou outras obras por aqui ou pelo discord do blog.
James Mays
Numa coisa nos concordamos…O anime foi rushado e muita carga dramática foi perdida. Muito bem notado pelo Lopes a Momo poderia ter uma participação maior. E eu queria ver mais o MASAKI (o mafioso)…Bem eu acho que vai rolar uma 2ª temp…Foi agradavell de ver…
Kiraht
Como eu mencionei no comentário anterior, ela vai ter uma importância maior numa possível segunda temporada então eu até relevo a pequena participação dela. No mais, concordo contigo.
JotaPe Vaz
Uma pena terem rushado tanto o mangá nessa adaptação.
De fato a animação não conseguiu envolver tanto quanto o mangá consegue. Eu tbm senti ao assistir o anime que os relacionamentos, assim como o desenvolvimento dos personagens eram rasos demais, mas depois de assistir fui ler o mangá e a situação lá é outra.
O anime conta com uma boa animação e a trilha sonora com destaque para a abertura é boa demais, porém se você considerar apenas essa mídia, sim a obra é fraca.
Logo depois de terminar o anime, eu li sua resenha e concordei, mas vi o comentário sobre o mangá ter sido rushado do amigo ali e resolvi dá uma chance, pois de fato esse desenvolvimento romântico com uma abordagem mais adulta me agradou bastante. O resultado é que durante 2 dias eu não consegui parar de ler. Temos até 187 em português, quando terminei não aguentei a ansiedade e fui ler até o 234 em espanhol. Agora alcancei o lançamento semanal e terei que acompanhar semanalmente a leitura. rs Mais considerando o mangá uma coisa eu digo, é um dos melhores obras de romance que eu já li. O mangá lhe envolve de tal forma que lhe prende e lhe faz sentir a necessidade de saber o que vai acontecer. Lhe cria tanta empatia com os personagens, que você começa a criar partido entre eles, a ficar triste e sofrer junto com eles, a ter raiva de alguns deles em alguns momentos e a admirar outros deles tbm em determinadas circunstancias.
Enfim, eu sei que essa sua resenha é baseando no anime, e considerando isso, concordo plenamente com sua análise. Porém deixo aqui a consideração de que leia o mangá e se possível, faça uma nova analise da obra considerando a comparação das duas mídias (animação e manga).
Dalila Nandes
Vi o anime e estou lendo o mangá. Eu concordo praticamente com tudo que você escreveu, tive a mesma impressão em relação à Hina, os sentimentos dela não me convenceram e, em vários momentos, ela me pareceu muito infantil.
A personagem que mais me interessou, de fato, foi a Rui, embora eu tenha discordado de várias atitudes dela, principalmente em relação ao Natsu. Porém, eu a achei bem centrada e muito coerente, quase o completo oposto da irmã, motivo pelo qual me fez gostar até mais dela.
No geral, achei o anime interessante, mas não gostei muito do desenvolvimento e do final meio “em aberto”. Para mim foi bem frustante, até porque eu só acompanhei até o final, justamente para saber como terminaria. O ponto positivo para esses finais é que “obriga” a pessoa a acompanhar o mangá, caso queira ter um conteúdo mais completo.
Por enquanto, estou gostando mais do mangá.
GABRIEL GOMES DE FREITAS
Vi o anime ano passado e estou acompanhando semanalmente o lançamento do mangá.
No incio eu também gostei bem mais da Rui que da hina, por diversas atitudes das mesmas, porém um dos focos da obra é o amadurecimento dos personagens, tanto a Rui, quanto natsuo e hina, amadureceram de uma forma incrível, as vezes os mesmos se lembrar de atitudes passadas e nao se identificam mais com as mesmas.
Antigamente, a hina pensava que o natsuo era muito jovem e tentava o proteger dos ‘perigos’ e dores no relacionamento, bem como ele ser expulso do colégio por causa do envolvimento de ambos, isso explica um pouco a forma com que ela nao dizia as coisas pro natsuo, eu nao gostava disso, confesso, mas o amor dela nao surgiu “do nada” como falaram acima, ela ia para a cobertura por sofrer pelo antigo namorado, e o natsuo ia para se sentir tranquilo e escrever com mais facilidade, e isso foi os envolvendo e quando perceberam, estavam apaixonados.
Já a Rui sim, foi um amor construído com base na insistência, não o da hina, o que eu gostava na Rui era a forma com que ela amadureceu durante a obra, aprendendo sobre seus sentimentos e se abrindo para as pessoas. Porém, ao longo da obra uma coisa começou a me deixar intrigado. A forma como a hina amadureceu e passou a nao se colocar à frente dos sentimentos dos outros, deixando em segundo plano o que ela sentia, por medo de machucá-los.
já a Rui, sempre colocou os próprios sentimentos na frente dos da hina, mesmo sabendo o quanto ela gostava do natsuo, isso me fez desapegar bastante da personagem.
Mais tarde, a forma como a hina apoiou, sofreu, arriscou a própria vida, e ficou feliz pelo natsuo, sempre ao lado dele, mas nunca de impondo sobre a irmã, me conquistou. Realmente, a personagem nao era das melhores no inicio da obra, mas hoje, ela merece ter seu amor correspondido e, sobretudo, ser feliz.
Kiraht
Bom dia! Acho que demorei um “pouco” para te responder mas vamos lá.
Eu gosto bastante do mangá e sempre procuro deixar alguns capítulos acumulando para ler tudo de uma vez hehehe.
Ah, e já temos um artigo comparando as duas obras, o único problema é que não está tão atualizada.
De qualquer forma, muito obrigado pelo comentário!
Guilherme
Eu só queria saber se e possível nesse ano ter 2 temporada
Thárik Espíndola
Bom dia! Então, o mangá já acabou e material pra isso tem (provavelmente até pra mais). Porém o final do mangá gerou alguns incômodos para a autora (fã chato enchendo o saco) e talvez por isso, ela opte por evitar