Depois de reencontrar em um jogo virtual a amiga que morreu há seis anos, nada mais natural que reagir com perplexidade, além de sentir medo. Tanto pela possibilidade de se estar lidando com uma impostora que brinca com os sentimentos alheios, quanto pela possibilidade de perder novamente aquela pessoa preciosa. É o que acontece com o Haruto e com a Satsuki, mas o Takanori demonstra um tipo diferente de reação, e é a partir desses e de outros detalhes que darei início ao meu artigo.

Primeiro, a forma como o Haruto reagiu à ressureição da Asahi faz todo o sentido, afinal, o garoto se sente culpado pela morte da amiga e desde então rejeitou contato com o jogo em que era tão bom.

Ele tem um trauma e superá-lo ou não dependerá da forma que ele venha a encarar esse passado. A maneira como ele reage inicialmente pode não parecer tão surpresa ou confusa, mas devo lembrar que se trata de uma obra escrita por um japonês, então, a retratação mais fria de um momento que seria para chorar copiosamente – poxa, eles sequer abraçaram a fofa da Asahi – não é assim tão incomum.

Contudo, a forma como o Takanori reagiu foi receptiva demais, ele não demonstrou a perplexidade do Haruto e nem o temor da Satsuki, como se esperasse ou soubesse que aquilo poderia acontecer, além de ter reaparecido na história com poder e influência. Tem que haver algo a mais para explicar a reação dele, assim como para contextualizar melhor seus interesses nisso tudo. Será que ele sabia que a amiga de infância ressuscitaria no jogo e não interferiu porque queria vê-la, porque gostava demais dela? Não duvido – a Satsuki continua apaixonada pelo Haruto, por exemplo – que seja isso.

Não basta chegar cheio de marra, tem que trazer a gangue inteira pra amedrontar!

Boatos se espalharem rápido e guildas surgirem a toda hora para tentar tomar para si a jogadora com um sense único como o da Asahi era previsível, mas o Haruto não ter mais o seu – ou ainda não tê-lo despertado novamente – deu a abertura perfeita para que o Takanori aparecesse, sendo assim reinserido na história. Todos gostavam muito de jogar, então não acho estranho que ainda joguem, além de que são jovens que estão em uma idade propícia para isso. Mesmo tendo passado por uma experiência tão traumática, eles dificilmente não manteriam algum tipo de contato com esse mundo.

Mesmo sendo gamer ela se disfarça muito bem ( ͡° ͜ʖ ͡°) em meio a sociedade (risos)…

Após superar o choque inicial de um reencontro tão inesperado, o primeiro desafio e um reencontro já não tão amigável com alguém cuja amizade foi abalada, o Haruto tem contato com a Satsuki e só a partir daí é que as coisas começam a ir se ajeitando, afinal, é claro que todos vão se reunir de novo, é só questão do quanto isso vai demorar e do que vai acontecer nesse meio-tempo. Aliás, os ataques das guildas também serviram para demonstrar o quanto os integrantes da Subaru são fortes menos o Haruto e que, seja em Union ou Reunion, a habilidade especial conhecida como sense faz a diferença.

Como é revelado pela misteriosa personagem que apareceu do nada na base da Subaru, e mais tarde deve vir a se juntar ao grupo, a habilidade da Asahi é diferente de qualquer outra existente no jogo; o que torna esse dom um bug? Isso tem relação com a Asahi ter morrido no mundo real, mas ter tido suas memórias salvas, reaparecendo nesse novo jogo? O que ela quis dizer com o despertar do sense dela? Quem ganhará o quê com tudo isso? Que outros mistérios cercam a volta da fofa protagonista?

Admita que você pensou em BDSM nessa cena… Eu pensei.

Como um todo o episódio foi bom e bem objetivo para reaproximar personagens, jogar detalhes que terão importância para o futuro da trama e começar a inserir o telespectador no contexto desse jogo – que mais parece apenas uma atualização. E não só isso, também foi um episódio importante para o Haruto, pois tudo indica que a forma como ele encarar seu passado será essencial para resolver seus problemas do presente e lhe permitir ter um futuro sem o peso da culpa e do arrependimento, o que também deve valer para seus ex-companheiro de Subaru. Ele é a chave para destravar toda a trama!

A parte técnica continuou boa e, ainda que nada impressione, teve algo que me agradou muito: sua trilha sonora, pois usaram os sons certos para os momentos certos. Se o anime não vai ser um show visual, então que ao menos tentem fazer tudo razoavelmente bem feito e com cuidado especial em algum quesito. Por adorar música torço para que a trilha sonora seja o fator um pouco fora da curva.

Gostei da garota que deve ser a sétima do grupo.

Antes de finalizar, só gostaria de comentar que sim, eu sei que Shichisei no Subaru não é nada genial ou inovador, mas elogio terem tentado criar algo que conseguisse brilhar um pouquinho ainda que se valendo de clichês. Todos os possíveis interesses amorosos do protagonista são amigas de infância dele, um jogador ser forte demais se deve a uma característica única dele e não ao seu protagonismo – Oi, Kirito, não é você! –; ao que tudo indica o drama vai se desenvolver gradativamente e sem fazer você querer chorar a cada episódio – é claro que ainda falta envolvimento emocional para isso –, etc.

São só detalhes, é verdade, mas até agora o anime está indo bem e, dependendo da maneira que o desenvolvam, seu futuro tem tudo para ser promissor. Até o próximo artigo de Shichisei no Subaru!

Asahi tá rezando pro anime dar certo e fazer sucesso! Vamos ajudar?!

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