Música, dança e atuação são elementos essenciais para um artista se destacar no teatro ou na televisão. É claro que uma atriz ou um ator não é obrigado(a) a dominar esses elementos citados, mas quem os domina pode se considerar um artista completo.

Destaque do episódio: A girafa falante

As personagens deste anime estudam numa tradicional escola dedicada a formação de artistas, de roteiristas e de profissionais que trabalham nos bastidores do teatro.

O episódio transmite uma aura de slice of life na maior parte do seu tempo, mostrando o cotidiano escolar das personagens principais, especialmente o da protagonista do anime (Karen Aijo). Todo esse cotidiano mostrado é uma forma de apresentar o elenco da série (nove personagens principais).

Shoujo Kageki Revue Starlight possui elementos em comum com animes de idols, que vão desde as personagens (personalidade e character design), tamanho do elenco principal, passando pelas cores alegres e vivas dos cenários, até o clima leve do cotidiano (em algumas cenas). Entretanto, a obra acaba se afastando do gênero ao focar no teatro e não ter outras características comuns ao estilo. As personagens não precisam de uma agência para promovê-las, pois essa tarefa é da própria escola, cujo  objetivo é a formação de grandes artistas. Outras características que distanciam essa obra de franquias como Love Live! (que também tem nove personagens principais) e The Idolm@ster, e até mesmo do recente Ongaku Shoujo, são a competitividade e a não utilização de brilho para realçar a fofura das personagens.

A entrada triunfal de Karen

A união entre as personagens é umas principais marcas de animes de idols, e constantemente ela é ressaltada e tratada como um trunfo para qualquer grupo idol atingir o sucesso. Embora Starlight tenha características de obras idols, existe um foco em competições internas entre as protagonistas, ainda que sejam amigas umas das outras. Essa competitividade é parecida com a de animes esportivos, mas no caso desse, talento e dedicação estão ligados à arte. Tanto esportistas quanto artistas precisam se esforçar em treinamentos exaustivos para alcançar a performance ideal, além de contar com o talento (natural ou adquirido).

Quanto ao episódio, o ritmo narrativo foi morno em grande parte do tempo, mas soube apresentar o elenco sem perder tempo. Nem todo anime mostra personagens marcantes logo no primeiro episódio, e no caso dessa obra se faz necessário esperar mais alguns episódios para conhecer mais cada uma das garotas.

Além da calmaria que as cena focadas no cotidiano escolar das personagens proporciona, o episódio mantém um certo nível de seriedade, sem apelar para momentos cômicos e/ou bonitinhos. O episódio também investe em alegorias visuais protagonizadas pela Karen e pela Hikari, que serviram como uma prévia do que viria pela frente, mais precisamente na parte final do episódio de estreia.

De um clima pacífico de um slice of life escolar à uma girafa falante discursando durante uma encenação muito bem coreografada. Que mudança de clima, não é? Pois bem, as cenas surreais no palco subterrâneo ao que tudo indica foram influências que o diretor Tomohiro Furukawa teve do diretor Kunihiro Ikuhara, com o qual trabalhou nas séries Mawaru Penguindrum Yuri Kuma Arashi. Tais obras citadas usam muitas alegorias complexas para transmitir suas mensagens.

No palco dos sonho, só há espaço para uma estrela

Obrigado a todos que leram este artigo. Até a próxima!

  1. Este primeiro episódio de Shoujo Kageki Revue Starlight, não me convenceu em continuar a assistir o anime. Pode ser problema meu, que de tanto anime que já vi, nem meia dúzia deles são de idol´s, mas a primeira parte deste episódio de Starlight pareceu-me arrastado, nessa fase eu só queria que o episódio acabasse.
    Não gostei de nenhuma das personagens, sendo que isso pode mudar, no segundo episódio. A animação está aquém do que eu esperava do Kinema Citrus, o design das garotas e os cenários não me convenceram, espero que nos próximos episódios, a animação melhore um pouco.
    Agora a história, se eu fosse julgar apenas pela metade do episódio, eu diria que a história pareceria má, mas depois aquele plot twist fora do comum na parte final do episódio, despertou a minha curiosidade para ver o próximo episódio.
    Quero saber o que é aquele palco subterrâneo e aquela girafa falante, se o anime for apelar para o surreal que o faça bem.
    Excelente artigo, de primeiras impressões de Shoujo Kageki Revue Starlight Flávio.

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