Agora o final é belamente encaminhado. A jornada de vingança do Kuroi foi concluída, mas existem outras coisas para serem resolvidas, e claro, quando falta motivação, você precisar dar algo para o personagem usar como uma válvula motivadora, e neste episódio foi justamente a relação criada até aqui. Planet With não tirou isso do nada, mas sim veio construindo desde o início, mesmo quando a “obsessão” inicial foi enfim concluída, ele nos deu o Povo do Paraiso com toda aquele ponto de querer saber quem é aquele ser e qual o motivo plausível está por trás do Kuroi enxergar o irmão falecido nele.

O anime têm se mostrado extremamente objetivo até aqui, sendo que ele estabelece coisas e cumpre coisas, bem como não fica enrolando com coisas inúteis. Claro, tem aquela parte de desenvolver minimamente os personagens – claro, essa não é a ideia principal, pois creio que é usado apenas para dar vida aos personagens e à trama, para que assim, você se importe com o que está acontecendo com aqueles personagens, bem como as consequências das ações e reações.

Achei extremamente legal ver a consciência do Kuroi ajudando a recuperar os humanos. Me lembrou minimamente o Goku com aquele episódio da genkidama.

O discurso do Kuroi não foi exatamente algo heroico, mas é algo que dá uma humanidade para ele, pois vamos combinar que um moleque com mais ou menos a mesma idade dele não faria um discurso extremamente motivador e coisas assim, então, ele se colocou como ser humano mesmo que tenha exposto sua real origem e motivação para salvar o mundo.

Admito que gosto muito quando o personagem não tem motivação para fazer algo, mas que no fundo, sabe e acaba fazendo o que precisa ser feito. Assim é a vida, você muitas vezes não quer fazer determinada coisa, mas sabe que precisa ser feito então, acaba fazendo por obrigação ou algum conceito de força maior te obriga a fazer.

Podemos fazer um paralelo entre o Yosuke e o Superman em Batman v Superman, onde tem todo aquele lance de dizer que a Lois e a Benika eram o mundo deles e, por isso, eles não tinham mais nada a perder – bom, Chuck Palahniuk escreveu em Clube da Luta que só depois de chegar ao fundo do poço é que nós estamos livres para fazer qualquer coisa.

As cores e a trilha sonora me agradaram bastante neste episódio, eu diria que elas casaram lindamente com o conceito de heroísmo e obrigação que foi passado aqui. No final, o Kuroi tem que salvar a Terra de qualquer maneira, afinal, tem pessoas que ele quer proteger e ele é uma das pessoas que vive no planeta.

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