A esta fase do anime, mais uma vez To Aru Index III decepciona. Depois de um episódio 24 tão bom, o episódio 25 voltou com tudo o que há de pior nesta terceira temporada.

Tanto eu como o Flávio, já nem reclamos mais da queda na qualidade da animação, nem do rush desenfreado, só pedíamos um pouco mais de qualidade nos episódios finais (coisa que o actual J.C Staff não está a corresponder).

Passando ao episódio, foi bem anti-climático, o mesmo começar com um momento meio fútil entre o Hamazura e a Mugino tsundere, era de esperar que os dois já se dessem minimamente bem, depois do que se viu no episódio anterior. Até dá para entender, que a Mugino sinta um ciume pela atenção que o Hamazura dá para a Takitsubo, mas não há a necessidade de exageros (em especial os ataques agressivos da Mugino, que beiram o ridículo e do desnecessário).

Ainda no mesmo segmento, o momento em que o Hamazura encontra a sua amada Takitsubo ao fim de tanto desespero, foi bobo e ao mesmo tempo fofo (mostrou o lado mais humano do Hamazura).

A entrada das forças especiais da Cidade Académica, que acompanhavam a Mugino, soou meio que encher linguiça, no momento de tela dedicado a eles, eles não fizeram nada de importante, só a forma inteligente como o Hamazura os ludibriou para os derrotar, que salvou tal tempo de tela, de ser uma pura perda de tempo. Foi bom ver, que o Hamazura ao derrotar o último membro das forças especiais, ele firmou a reactivação da ITEM, só faltando lá a Kinuhata Saiai para completar o grupo (a Frenda, essa coitada, já não existe). Agora é esperar para ver, se a ITEM renovada, terá um papel interessante no final da terceira temporada, ou até mesmo, numa futura quarta temporada.

A parte do Ace, essa podia ter sido feita de forma superior, ainda assim, não se tenha dúvida, foi a melhor parte deste episódio 25.

Nessa parte, foi muito bom ver que a Misaka Worst fez a sua parte, ao encontrar a canção que poderia salvar a Last Order, na vasta rede Misaka. O procedimento para encontrar a forma de entender como cantar a música salvadora, foi interessante, teve momento a um momento de música erudita, mas o que foi tocante, foi quando começaram a passar cenas importantes em modo flashback, dando uma retrospectiva de tudo o que o Ace e a Last Order passaram na sua jornada. Melhor ainda, foi quando o Ace chega à conclusão, que naquele momento, ele já não necessitava ser mais o vilão, foi uma cena recompensadora para o espectador que seguiu a história do Ace ao longo das temporadas, e claro recompensadora para o próprio personagem.

A continuação da luta entre o Touma e o Fiamma, seguiu os mesmos moldes do episódio passado, sendo que a certo ponto, a teimosia de ambos já estava um pouco cansativa. Nem tudo foi mau nesse ponto, foi interessante ver o ponto de vista mais realista e pragmático do Fiamma. Ele numa simples frase onde refere a situação do mundo, desde do esgotamento das reservas naturais de matérias-primas, os conflitos entre povos, as divergências entre religiões e a falta generalizada de alimentos, aí o Fiamma mostrou a realidade pura e crua ao nosso protagonista positivista/ingénuo Touma. Do outro lado, o Touma no seu modo mais altruísta e positivista, ainda defende os humanos, mesmo admitindo que a natureza humana seja negra e cravejada de maldade. Ainda assim, tal como o Touma bem referiu, não dá para afirmar que cada ser humano tem apenas uma face, nem todos os humanos são maus.

Os acontecimentos que se seguiram, só serviram mesmo para confirmar que em determinadas situações, os piores inimigos podem se ajudar para um bem maior (como se viu, quando uma soldado russa ajuda um soldado da cidade Académica). 

A aparição da líder da Associação da Magia Luz da Cor do Amanhecer, foi uma excelente forma de unir as várias forças que estavam ali naquele momento a combater e a fugirem dos poderes do Fiamma. O discurso dela foi bem motivador e encorajador, naquele momento, as forças russas, francesas e as forças da cidade Académica, sozinhas não poderiam fazer nada e só poderiam esperar a aniquilação, unidas podem fazer uma força eximia de suporte, com maiores chances de sucesso (aqui pode-se colocar a famosa citação “A União faz a força”).

As acções da Vasilisa contra o “suposto” próximo Papa, só abrem mais a janela das dúvidas, a este ponto já não dá para entender nada da forma de gestão do Papado. As coisas ficam ainda mais confusas, quando a Vasilisa vai ajudar um jovem, que segundo se percebe é o verdadeiro Patriarca e que poderá ter um papel importante para acabar a guerra.

Finalmente, a luta entre o mestre das chamas Stiyl e a Biblioteca Proibida Index, teve um avanço, foi interessante ver que o Stiyl tem truques na manga, a forma como ele enganou a Index com uma ilusão, foi uma jogada de mestre.

Foi interessante também, ver que a Laura Stuart, decidiu agir depois de conversar com a Vasilisa e o antigo Papa, agora é que a verdadeira salvação da Index vai começar.

Na próxima semana, será o último episódio desta terceira temporada cheia de altos e baixos, esperemos que o mesmo seja bom o suficiente para fechar com chave de ouro.

Até à próxima semana.

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