Yatogame-chan Kansatsu Nikki – Fofura também é cultura – Primeiras impressões
Yatogame-chan Kansatsu Nikki é um anime curtinho de comédia que tem um pano de fundo até que bem interessante: as diferenças culturais entre diferentes regiões do Japão. Mas tudo isso abordado da perspectiva de dois estudantes colegiais, Kaito Jin, o “forasteiro”, e Monaka Yatogame, a “nativa”. Vamos acompanhar a história de Kaito e Yatogame-chan?
Confesso que comecei a ver o anime achando que seria daqueles de garotas fofas fazendo coisas fofas, porque a imagem promocional dá um pouco a entender isso, mas acredito que logo mais as outras meninas devam aparecer.
Isso que dá não ver um trailer ou ler a sinopse, né? Mas não posso negar que a surpresa foi ótima, porque, apesar de ser um curta, foi uma estreia divertida que apresentou bem os protagonistas e o tema: as diferenças culturais, ou as visões pré-determinadas sobre elas, entre povos de um mesmo país, mas com uma cultura bastante diversificada.
Nesse sentido o Japão é parecido com o Brasil, as diferenças regionais são uma riqueza de ambas as culturas.
Só que em alguns casos a expectativa de que a nova localidade vai ser como um “mundo novo” cai por terra quando aquele que vem de fora vê como as diferenças não são tantas, ou melhor, como, nesse mundo globalizado em que vivemos, não são todas as pessoas que seguem os costumes mais característicos da sua região.
Isso, inclusive, pode ter a ver com os locais que o garoto frequenta e as pessoas com as quais ele tem contato, então não necessariamente significa que a cultura regional se “perdeu”, de forma alguma, só que nem tudo é mais tão “caseiro” assim.
É aí que Kaito, em sua busca por algo com um toque mais “Nagoya de ser”, conhece Yatogame, uma garota com um forte sotaque e que é sua kouhai na escola.
Deve ter sido por isso que ele entrou no clube de fotografia, ou a atraiu para lá, e a forma como se conheceram é mostrada na segunda metade do episódio. Por sinal, em uma cena que achei bem engraçada.
Mas foi na primeira metade que o anime me conquistou, muito porque a Yatogame é uma fofa e eu não resisto a personagens assim. Além disso, e até mais importante que isso, ela tem um sotaque carregado, o que foi bem explorado com as situações apresentadas.
Já que ele quer algo mais “Nagoya”, é normal que provoque a garota a falar com sotaque, se aproveite quando ela não se dá conta que está fazendo isso e se surpreenda com os mal-entendidos tão comuns a línguas mais complexas. No português tem muito esse tipo de coisa, né, ainda que os mal-entendidos sejam de ordem diferente.
O bacana é que o anime consegue divertir em pouco tempo, e tocando em um assunto interessante de modo agradável e não desrespeitoso, ao menos não se gastaram alguns segundos para explicar o que estava por vir e o protagonista em si pareça mais curioso por vivenciar mais essas diferenças que debochar delas.
Ele brinca com a kouhai, porque ela é fofa e é normal se divertir zoando seus amigos, mas em nenhum momento me pareceu menosprezar Nagoya nem suas particularidades. Além de que, ele parece encantado pela fofura dela, então não descarto que um climinha de romance seja desenvolvido ao longo do anime.
Por fim, não poderia indicar mais que você dê uma chance ao anime, claro, se não tem problemas com animes curtos ou que tem moe e se tiver, pense um pouco em como ele pode ser bacana pelo tema que aborda e pela forma como o aborda.
Acredito que Yatogame-chan Kansatsu Nikki tem tudo para ser uma experiência rápida, porém prazerosa. Até mais!
Um comentário sobre “Yatogame-chan Kansatsu Nikki – Fofura também é cultura – Primeiras impressões”