Bokuben deu uma melhorada nesse sétimo episódio, e uma variada ao explorar a Kirisu-sensei, que é uma fofa, não é mesmo? Você gosta da dinâmica da série de dar um trechinho para cada heroína por vez ou preferiria se cada uma tivesse um arco propriamente dito? Acho que a estrutura combina com a pegada mais slice of life desse romcom.

Aliás, por incrível que pareça, não é mais verossímil que ele vá conhecendo cada uma das garotas aos poucos ao viver situações com cada uma delas? Sei que ser verossímil não é o forte desse tipo de série, mas acho que Bokuben é muito leve para trabalhar arcos mais sérios e se manter divertido. Do jeito que está é o melhor jeito.

É hora de Bokuben no Anime21!

Quando você mal vê dois personagens próximos e já vai shippando.

Uma situação totalmente não séria, mas um pouquinho divertida, e que deu mais tempo de tela para a Fumino, a mais apagada até antes desse episódio, foi a do mal-entendido envolvendo a Rizu.

Ela é a shishou – mestra no sentido mais literal da palavra – do Nariyuki, então vai continuar ensinando a ele o caminho do coração de uma mulher, o problema é que ela mesma é uma – e uma bem estabanada.

Esse primeiro trechinho mais curto serviu mais para preparar o terreno para a segunda metade desse episódio, para ir trabalhando nela a possibilidade do interesse amoroso por ele. O resultado foi o que eu esperava, mas isso é algo que comentarei mais à frente.

De extra, temos o rostinho envergonhado e super fofo da Rizurin. A Fumino é muito moe, mas a Rizu acirra a disputa para ver quem é a heroína mais moe da obra. Enfim, nesse caso o tema estudo foi nulo, como a conexão com o trecho seguinte.

Nem a ciência deve saber explicar por que um otaku gosta tanto desse tipo de expressão.

Da forma como foi colocada a coisa parece ter evoluído bem rápido entre professora e aluno, mas se no colégio ele ensina as superdotadas, fora dele faz sentido que deixe de ser o tutor e passa a ser um aluno, e volte a ser um aluno, e só isso, não é mesmo? Ao menos perante sua sensei.

Tirando o modo como eles se encontraram e ele foi parar na casa dela; meio inusitado, bobo, como quase sempre é o anime; e o mal-entendido; a conversa dos dois foi bem legal, e diria que pagou o episódio facilmente.

Aliás, pela cena em que ela se afoba e entende errado o que o Yuiga, tapado que só ele, deveria dizer de outra forma, dá para inferir que ela ainda é uma shoujo – uma virgem.

Com uma professora dessas eu entendo porque o Nariyuki é mô nerdão…

Isso me incomoda porque é mesmo normal que mulheres independentes, e nem tão distantes da casa dos 30, nunca tenham tido nem a primeira vez? E, no caso, dela, nunca tenha tido sequer um namorado. É o que faz parecer, né.

Acho uma construção de personagem – o estereótipo de que em um romcom para o público juvenil as mulheres adultas são puras – muito boba, mas entendo que Bokuben seja assim. Fora dos eixos – apesar de ter duas protagonistas – a obra não é, convenhamos.

Não dá para esperar maturidade nos assuntos do coração vindo dela, então, como qualquer uma das outras heroínas da obra, ela passará por situações “pitorescas” com o protagonista e vai cada vez mais se deixando cativar por ele. Se vai chegar a ser uma paixão ou não nem eu sei responder, o que não importa agora. Vamos a conversa!

Se Kirisu é aquela que ajuda os talentosos, Nariyuki é aquele que ajude os sem talento.

A maneira de pensar de um não invalida, e nem torna errada, a do outro, apesar da Kirisu ainda mostrar resistência a atitude dele de fazer as garotas melhorarem nas matérias ruins, não é como se ela não estivesse se deixando cativar pelo esforço dele e a maneira que ele pensa.

Se não estivesse não estaria aceitando a situação mesmo dizendo o que disse e que valia mais para si que exatamente para qualquer pessoa – afinal, ela sabe do que está falando, é só que as circunstâncias dela que eram bem diferentes.

Você gostou do background dado a sensei? Claro que ainda falta aprofundá-lo, mas já é bom ver que a sua filosofia de vida, e ela tem uma filosofia bem definida, é coerente e se baseia em suas experiências.

É isso o que eu espero de uma educadora. Seja ela bagunçada, inexperiente em relações interpessoais, desastrada, o que for, ela é alguém que forma cidadãos, então precisa saber claramente o que quer e como quer fazer isso.

Vai dizer que você não quer ver a sensei mais jovem e, ainda por cima, patinando?

Isso até me faz pensar em como seria bacana se no final do mangá rolasse time skip e o Nariyuki tivesse se tornado professor, pois, assim como ela, ele é alguém cuja dedicação tem o poder de fazer a diferença na vida de uma pessoa, de um aluno.

Sim, a sensei falhou com a Rizu e a Fumino, mas com o Yuiga ela não está falhando – e tenho certeza que pode acertar com muita gente.

Deixando o finalzinho típico do pós-situação de comédia romântica de lado, o trecho da sensei foi um dos melhores momentos do anime até agora. Além de que, ela é muito fofa e fácil de se apegar como personagem, não à toa os leitores do mangá a adoram; euzinho incluso.

“Se você é sal grosso eu sou doce igual caremelo.” Yuiga, Nariyuki.

Mas continuando, a segunda metade do episódio já foi bem bobinha e bem menos interessante que o momento da sensei, mas ao menos fez a sua parte ao aproximar o Nariyuki da Fumino aproveitando o entorno dos dois, o que faz sentido alguém como a Fumino perceber melhor que as outras duas.

Quem tem mais sensibilidade a esse tipo de coisa, e uma imaginação mais fértil como a que ela tem, daria vazão ao “devaneio” de se apaixonar por um amigo que, por meio mal-entendido – se pensarmos que a Uruka gosta do Nariyuki e a Rizu ainda está se apaixonando –, já tem a atenção do sexo oposto.

É até engraçado que ela tira a brincadeira com ele do nada, sem perceber que ela mesma é alguém que não tem a maturidade para lidar com o assunto sem se deixar influenciar pela possibilidade apresentada.

Para quem age como a “mestra” do garoto nos assuntos do coração ela está misturando as coisas, mas isso é normal e é por aí mesmo que ela deve ir se apaixonando.

De resto, que besteira ela ter um clube de admiradoras. É, eu sei que ela é maravilhosa, mas não precisava daquilo. A cena da biblioteca foi outro exagero, mas ao menos foi legal ver ela voltando ao foco e, para finalizar, novamente foi um trecho em que o tema foi melhor aproveitado.

Não tanto quanto foi no anterior, mas já o suficiente para que não pareça só uma tentativa de encher linguiça – mesmo que o curto trecho inicial não tenha sido exatamente isso.

Como não gostar da Furuhashi depois dos últimos episódios? Não sei como. Ela é fofa, esforçada e se preocupa com as amigas, mas sem se censurar completamente por isso.

Contrasta em personalidade e busto com a Rizu e agrega ao romance da obra, afinal, vai ajudando o protagonista e percebendo as minucias que envolve o convívio e a paixão adolescente no grupinho que estou curtindo acompanhar e espero que você, caro(a) leitor(a), esteja curtindo também.

O Nariyuki está conquistando o coração da terceira já preparando a quarta para o match. Ele não cansa de ser o galanteador nerd mais sem a mínima noção do quanto consegue arrebatar o coração de uma mulher, não é?

Até o próximo artigo!

Vamos ver até onde essa relação de discípulo e mestra vai nos levar!

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