Não sei se tudo na vida passa, mas em Jojo tudo Muda, com o Giorno tudo Muda mesmo! Haha! Esse foi o primeiro dos últimos episódios de Vento Aureo. Não chegaremos ao 40, mas o Giorno chegará a realizar seu sonho?

É o que veremos, mas com certeza a luta que teve o foco essa semana contribuiu para isso e nela Giorno também mostrou porque é o Jojo mais frio, o Jojo menos bonzinho, de toda a honrada, ou nem tanto, e bizarra, até demais, família Joestar. Vamos ao MUDA, MUDA, MUDA, WRY!

Se alguém fizer um top de personagens “diferentes” em Jojo o Secco estaria lá e a relação dele com o dono, Cioccolata, com certeza é uma das mais “incomuns” em Jojo. Aliás, nessa parte tivemos muitas duplas que são casais ou dariam belos casais.

Se fosse Grêmio seria imortal… É, eu sei, graça não teve.

Deve ter um círculo doujinshi de yaoi focado no Mista e no Giorno, aposto. Esse é o Jojo com as melhores parcerias, e por isto me sinto grato.

Mas, ainda não é o fim, só estamos cada vez mais perto dele, então, vou deixar a nostalgia para a resenha, pois o que aconteceu nesse episódio não foi apenas divertido, mas também importante para o que ainda rolará!

Quanto a luta do Bruno com o Secco não tem muito o que comentar, só que o Stand do Secco, a pele que reveste seu corpo, é inesperadamente forte, fazendo até o imponente Bucciarati fugir – o que eu achei bem inusitado, mas não me surpreendeu.

Um homem sem um zíper seria um homem indefeso?

Não é a primeira vez que ele enfrenta um inimigo tão forte quanto ele ou até mais, e ele mostrou que consegue sair de tal enrosco. Morrerá de novo? Não, acho que não perecerá em sua luta com Secco, pois seria uma lástima se ele não chegasse ao Coliseu.

A verdade é que a luta do episódio foi dominada pelo Mista e o Giorno, na verdade, mais pelo Giorno – até para compensar a luta contra o White Album em que o Mista fez praticamente tudo sozinho. Se tiver algo a reclamar sobre essa parceria é que é sempre o Giorno quem colhe os “louros da vitória” e o Mista quem mais leva pancada.

Mas não posso mentir que adoro quando eles estão juntos. Há uma “química” e o Araki é criativo na forma como usa os poderes de ambos. Nem posso dizer o mesmo da luta em si, ou na verdade até posso, mas com belas doses de forçação, e bizarrice que vaza até o talo.

Você percebeu que o Mista sempre se ferra mais quando luta junto do Giorno?

Apesar de que, o inimigo da vez é um dos personagens mais “excêntricos” – para não dizer fod*do da caixola – de todo o vasto histórico da obra.

Cioccolata foi capaz de separar partes de seu corpo com a precisão cirúrgica que eu até engulo que um médico que fazia experimentos em seres humanos vivos tenha, ainda mais um auxiliado por um Stand humanoide, né.

O problema é ele conseguir fazer isso e realmente não sangrar uma gota, nem ter dificuldade para controlar os membros e se esconder, tudo em um curtíssimo espaço de tempo e enquanto se comunicava pelo celular com Secco.

Poxa Araki, se fosse outro autor e outra obra eu não relevaria, mas é Jojo e se não for uma coisa forçada até demais nem parece que é – ao menos a satisfação, a diversão e a emoção que a luta provocou foram demais.

E as reviravoltas foram exageradas demais? Sim, mas nem tanto para o lado do Cioccolata, pois o que ele faz é bem mais objetivo e condizente com alguém insano e inteligente como ele é. O que pega é o moleque de 15 anos ser uma enciclopédia ambulante – o que vai, não é impossível, só conveniente – e é até pior ele estar sempre um passo à frente do inimigo.

Devia existir outra palavra que definisse Jojo, uma que superasse “bizarro”.

Ter uma ótima leitura do que pessoas são capazes de fazer é uma coisa, o Giorno saca qual é o poder do Stand inimigo em instantes, bola umas estratégias extremamente complexas em instantes e tem a frieza que faria inveja a qualquer vampiro – inclusive um dos pais dele.

Um personagem tão apelão só vi na parte 3 e até o Jotaro era mais força física que qualquer outra coisa, já o Giorno não é exatamente um lutador fraco e tem uma habilidade para lá de poderosa e um intelecto muito acima da média que o permite raciocinar mais rápido que a média também.

Ele sequer demonstra fraquezas, digo, ele sequer é encurralado por um inimigo, se o inimigo o encurrala é porque sequer tem uma mente por trás dele, caso do Notorious B.I.G, é apenas um instinto animal imprevisível. E posso dizer que nem fez isso, pois o Giorno achou um jeito de lidar com a situação, teve alternativa.

Um “beijo na bochecha” bem peculiar, diga-se de passagem.

Contudo, eu nem desgosto completamente do Giorno, o problema é que ele é muito apagado, qualquer um dos gângsters restantes – Bruno, Mista e Narancia – tem mais o meu apreço.

Não há equilíbrio entre a força do personagem e as rasteiras que ele tinha que tomar, até como forma de amadurecimento mesmo. Nessa parte não há isso, em que o Giorno amadureceu ao longo da jornada?

O sonho dele é muito bonito, né, mas isso é o suficiente para o público comprar um herói que nunca treme nas bases? Acho que não, mas, eventualmente comentarei mais a fundo o que eu gosto e desgosto no protagonista. É hora de voltar a falar de TekPix, digo, da luta do episódio!

Enfim, as reviravoltas foram bem forçadas e, se Mista é praticamente um Grêmio, por que Cioccolata morreria apenas, porque uma bala atravessou sua cabeça? Ele parece durão demais para isso, então, nem tenho o que reclamar disso. Mas, o Jojo promover outra reviravolta e aí liquidar com o cara foi o problema que comentei acima.

Giorno Giovanna nem pisca. Esse é o Jojo que nós merecemos?

Entretanto, também seria chato de minha parte só reclamar e apenas isso. Não posso negar que a luta foi extremamente emocionante, principalmente se você elevar a sua suspensão de descrença ao máximo, e que a forma como o Cioccolata foi trucidado foi espetacular!

É o tipo de pancadaria da qual eu estava sentindo falta e que eu acho que o vilão merecia receber.

Tem uma diferença enorme entre ser frio e ser cruel, o Giorno foi frio, mas dada a situação não foi cruel, o Cioccolata era um serial killer capaz das piores atrocidades para satisfazer seus desejos mais egoístas, um ser humano tão baixo que até o chefe da máfia da Itália o abominava.

Então nem tem o que falar, só bater palmas para a soberba adaptação das 7 páginas de Muda – com direito a Wry –, que a David Productions fez.

Foi um fanservice inesquecível! Daqueles que arrepiam até o último fio de cabelo do corpo de qualquer fã da obra! Mesmo que o caminho para se chegar até ele tenha sido tortuoso, isso não apaga a força do momento, uma marca registrada de Jojo: um grito de guerra, um vilão a menos!

Se a gente merece eu não sei, mas esse é o Jojo que nós precisamos!

Por fim, Secco ainda precisa ser eliminado e também deve haver um flashback que explique porque o personagem tinha uma relação tão estranha com um maníaco daqueles. Ser masoquista, e submisso, é uma coisa, se tornar pet de maluco vai um pouco além e fico curioso para entender o porquê disso.

Mas mais curioso estou para ver o “informante” em ação – que só poderia ser o Jean Pierre Polnareff mesmo. Não faz sentido ser o Jotaro ou o Joseph, velho como está, pensando que seria um Crusader.

Já havia tomado esse spoiler, mas, aclaro, não o comentaria aqui antes de não ser mais um. O fato é que a hora da luta final se aproxima e tudo deve ser resolvido no Coliseu de Roma.

Aposto até que o Diavolo, vulgo Doppio, ainda contará com a ajuda de um ou outro usuário de Stand e que o Polnareff estar em uma cadeira de rodas se deve ao grande vilão – não à toa o francês está atrás de matar ele.

Depois do que aconteceu nesse episódio nada mais me surpreende nessa vida…

Em parte, é sim vingança, mas conhecendo o PolPol não estranharia se ele simpatizasse com o sonho dos rebeldes Bruno e Giorno. Um sonho muito bonito que nem acho tão estranho gângsters tão frios, mas não por isso desumanos, terem.

Você pode ser, e na verdade é, uma pessoa má e boa ao mesmo tempo. Até mesmo o Cioccolata era “bom” para seu amado Secco – eu sei, é um amor incomum, mas isso não quer dizer que não seria bom para alguém –, então compreendo o tom de cinza que colore a disputa pelo controle da máfia italiana. Uma disputa que ainda dará muito o que comentar.

Até mais!

Sim, com vocês, Jean Pierre Polnareff!

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