Kimetsu no Yaiba – ep 8 – Tamayo e Yushiro
Mais uma semana de anime e mais outro excelente episódio. Dessa vez mostrando as consequências do “encontro fatídico” ente Tanjiro e Muzan. Houve tanto a introdução de novos personagens, como a revelação de informações que senão facilitam a jornada, ao menos a dão um norte pelo qual seguir agora que Tanjiro sabe quais etapas não pode pular a fim de cumprir o seu objetivo. É hora de Yaiba!
Que Muzan usaria a comoção e as mãos ocupadas de Tanjiro para escapar isso dava para prever, mas mesmo com isso a cena do caçador de onis dando, a plenos pulmões, um ultimato ao vilão não perde impacto visto que ele virou uma ameaça a Muzan. Uma que consegue seguir o rastro deixado por seu cheiro.
Contudo, ainda falta a Tanjiro informações, aliados e o fortalecimento de suas habilidades em batalha, o que ele começa a vislumbrar com a inserção dos seus primeiros aliados, Tamayo e Yushiro.
Sim, parece conveniente que dois onis, que convivem em meio aos humanos, apareçam justo quando Tanjiro acabou de ver Muzan, mas, se pensarmos que se misturar a sociedade é uma boa forma de se fazer passar despercebido, acho que andar por uma grande cidade, e até morar nela, não é uma ideia ruim.
Afinal, o próprio Muzan faz isso e, diferente dele, Tamayo e Yushiro não comem pessoas, então é ainda mais compreensível que consigam conviver entre humanos.
Por fim, Tamayo usa a habilidade peculiar que possui, ajudando Tanjiro a ajudar as vítimas do inimigo mútuo. Muzan é odiado por todo mundo mesmo, né? Não é para menos.
Mas antes de retornar a ele devo elogiar a magnifica cena em que as flores ilusórias de Tamayo tomam a rua. Na animação o Ufotable nunca decepciona, não é? Se fosse só o deslumbre visual já estaria curtindo, mas Kimetsu é mais que isso e por isso ele está ótimo!
O trecho focado na violência estúpida de Muzan fecha a primeira parte do episódio com o verdadeiro requinte de crueldade digno de um vilão tão desprezível. Ele mata pessoas como se não fosse nada, é praticamente instantâneo, e ainda amedronta enquanto brinca com a última vida humana no local.
O vilão só faz isso, pois sabe que é mais forte e então acha que pode reinar sobre outras criaturas vivas, como se fosse um ser humano perfeito. Melhor, como se estivesse o mais próximo da perfeição.
Essa busca é o que o alimenta, o faz transformar pessoas em onis e se misturar a humanos, impondo a sua vontade déspota, maligna, como se esta força bruta fosse a única verdade nesse mundo.
Mas não é a única ou ao menos não será se ele puder ser subjugado por uma força que supere a que ele tem. Isso nem parece impossível, pois um caçador de onis já o encurralou – mesmo que tenha sido apenas por um instante – e o fez temer qualquer um que tenha qualquer coisa que o lembro dele.
Muzan não se sente indiferente a existência de Tanjiro. Ele na verdade se sente é ameaçado, mesmo que pouco, ao ponto de pôr a cabeça do jovem a prémio. Isso, por incrível que pareça, pode ajudá-lo nessa jornada, mas sobre isso comentarei mais à frente.
Para fechar o assunto da primeira parte, seria o misterioso caçador de onis o pai do protagonista? Não duvido disso! Na verdade, será até anormal se não o for!
Você percebeu como o clima mudou da primeira para a segunda parte? Uma boa direção deve saber a hora certa de explorar mais um gênero que outro em uma obra que carece dessas variações e a do anime tem feito isso bem.
Momentos cômicos não caberiam na primeira metade, mas, mesmo ainda tendo muita coisa séria a falar, cabiam perfeitamente na segunda. Exploraram o clichê do ajudante e aproveitaram toda sua admiração para mostrar que o Tanjiro também tem a irmã em alta conta.
Não é como se essa situação fosse necessária, mas leva a descontração e também vai de pouco em pouco mostrando traços de personalidade dos novos personagens. Não é algo à toa como até pode parecer.
Além disso, explora a graciosidade das personagens femininas da obra. Os japoneses sabem “vender” suas personagens, ainda mais uma Yamato Nadeshiko – o ideal de mulher japonês – como Nezuko ou uma mulher madura como Tamayo.
Enfim, o mais importante dessa segunda parte foi a conversa dos onis com o caçador de onis, formando o que seria uma parceria contestável para quem tem dever de exterminar tais criaturas, só não é por se tratar de Tanjiro, por todos os motivos que comentei antes; e que você já deve estar careca de saber.
O legal desse diálogo foi que a oni não tinha a resposta que o jovem desejava, mas compartilhava de seu interesse em descobri-la e por ela resolve cooperar com ele. De outra forma, se o personagem pegasse um atalho, o que isso agregaria ao desenvolvimento, e o desenvolvimento de sua irmã, ao longo dessa jornada?
Não à toa, um dos pedidos de Tamayo é por sangue de onis que se equiparam a Muzan, o que significa que Tanjiro ainda deve ralar bastante para conseguir um elixir capaz de reverter a transformação da irmã e isso, claro, fará seu amadurecimento leva-lo a um ponto em que ele seja capaz de realizar seu outro objetivo: acabar com o mal provocado por Muzan. Ou, no caso, acabar com a fonte desse mal.
Mas não, não é algo que existe apenas para a narrativa, pois se formos pensar de modo racional produzir um antídoto eficaz para qualquer doença exige boas doses desse mal. Como conseguir o sangue de Muzan diretamente não deve ser nada fácil é mais lógico pedir que Tanjiro mate e colha o sangue daqueles que mais se aproximam dele.
O que é bom tanto para a sociedade em geral – afinal, serão menos onis violentos no mundo –, quanto para o objetivo do garoto. Ele até sorri ao perceber que, no fim das contas, seu desejo egoísta não fará bem só a ele, porque essa é a personalidade de Tanjiro.
Ele é esse garoto que pode até esbravejar de ódio, mas é capaz dos atos mais gentis sem fazer distinção, mesmo em frente do maior dos males.
Aliás, se tem uma coisa que me deixou feliz foi que em nenhum momento ele sequer pensou em se afastar do homem para perseguir Muzan. Tanjiro tem suas prioridades bem definidas, ele, antes de querer fazer uma vingança, é um caçador de onis, alguém que zela pelo bem-estar das pessoas as protegendo das criaturas do mal.
Ele pode, e acho até que deveria, ter alguns conflitos de personalidade ao longo dos episódios, mas duvido que não se mantenha fiel aos seus princípios. São eles que o tornam um jovem tão aprazível, tão encantador de acompanhar em sua jornada.
Por fim, agora é o final mesmo, os onis capachos de Muzan atacam. Vamos ver como Tanjiro vai fazer para extermina-los. Essa luta promete!
Eu só fiquei curioso com um detalhe que ainda não foi bem explicado, a maldição de Muzan. Qual é o efeito disso? É o mesmo para todos os onis? Então, a Nezuko também tem uma? Como se livrar dela?
São perguntas pertinentes que acredito que serão respondidas no futuro. Um futuro que estou louco para acompanhar. Você não? Vamos ver o que mais a história de Tanjiro contra Kibutsuji nos reserva!