Este é um anime de romance, fato. Então qualquer tipo de romance pode ser colocado em pauta, até mesmo entre dois meninos, que é o caso do que Hatsuharu sente pelo seu primo, Yuki. Como sendo o seu primeiro amor, é difícil tentar entrar em compostura.

Hatsuharu, o representante do signo do boi, tem dois lados: um mais calmo e maduro e outro explosivo e inconsequente. Mas não posso deixar de destacar que, independente dos lados que ele use para se comunicar, ele é uma pessoa com péssimo senso de direção.

E a história entre os dois foi algo bonitinho, embora Yuki seja sério e não goste que Haru comente sobre ela. Foi algo como “meu primo me fez enxergar de forma verdadeira dentro de mim e não resisti aos seus encantos”. Embora o boi e o gato passassem pela mesma situação quando eram crianças por conta do conto dos doze signos, Hatsuharu aceitou melhor o que Yuki lhe mostrou em relação a si mesmo.

A sensação de quando ele se desfez de pensamentos ruins e passou a refletir sobre o que realmente era.

Na lenda dos doze signos chineses, o rato, para chegar mais rápido, subiu nas costas do boi, sendo este feito de bobo. E como todos da família Souma adoram fazer uma fofoca, não deixaram para trás a oportunidade de chamá-lo de idiota. Claro que é um motivo estúpido e tudo o mais, mas em questão da maldição, quem não foi atingido não percebia, e ainda não percebe, a marca que esse pequeno bullying poderia causar.

Até hoje, Kyou sente muita mágoa com relação ao rato, tanto porque sabia da história dos doze signos, tanto porque sempre enchiam a cabeça dele, dizendo que Yuki era especial e o gato era o desgraçado. Claro que o Kyou nunca procurou uma oportunidade de conversar com o rato, e a maneira pela qual ele se comunica hoje é pelos punhos, já que é um desastre em formular frases que tenham sentido, mas, de acordo com o Haru, a relação de ambos melhorou muito.

Isso porque o rato e o gato só conseguiam brigar com os punhos, e agora têm a capacidade de trocar algumas palavras, discutir, ficar bravos, porém conseguem comer juntos na mesma mesa no dia seguinte. A relação entre Haru e Yuki também poderia permanecer na base da briga e do rancor, mas, após o rato ter perguntado para o boi o que ele achava de si mesmo, a reflexão surgiu e o ódio pelo menino foi embora.

Mas aquele foi um dia importante para Hatsuharu, porque tudo o que estava preso dentro de si mesmo foi lançado para fora de seu peito, e tudo que Yuki fez foi acalentar aqueles sentimentos ruins, que um dia faria mal à alma do boi. Não é à toa que, instantaneamente, Haru se apaixonou por ele. Até hoje ele nutre sentimentos fortes pelo seu primo e não teve vergonha de contar para a Tohru o que pensava sobre isso.

Nem parece que, algum tempo atrás, ele estava mostrando o seu lado mais inconsequente para a Tohru.

Além disso, ele fez questão de ficar na casa deles até que Hatori aparecesse para poder cuidar do Yuki, e contou para Tohru o que realmente faria o seu primo se sentir feliz. Até então, a protagonista não havia chamado o rato pelo seu nome, apenas de Souma-kun, e a vergonha foi tanta que ele se transformou. E depois, em um momento não muito distante, Kyou e Shigure ficaram doentes por jogar cartas ao relento e acabaram se transformando também. Trabalho que não faltou para o Hatori!

Foi um dia complicado até mesmo para Hatori.

Muito obrigada por ler este artigo até o final, e nos vemos no próximo! o/

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