Este com certeza foi o episódio menos interessante da jornada até então. Contudo, considerei o mais divertido, porque sou fraco para esse tipo de comédia boba lotada de fanservice e situações forçadas que em nada agregam a história de superação das heroínas, mas corroboram com o que é o romcom, ao menos um tão clichê como Bokuben.

Ainda há uma ou outra coisa legal a comentar, e eu farei isso agora. Mas, no geral, esse episódio teve a mesma utilidade que um de praia, faltaram só uns biquínis.

Essa história de uma mulher adulta, independente e que emana a “aura de maturidade” que a Kirisu-sensei emana, mas se apavora toda na frente de uma barata não cola comigo.

Ter medo, nojo, é uma coisa, se aterrorizar como ela se aterrorizou é exagero, mas de mãos dadas a esse exagero vem o que Bokuben não cansa de fazer – pôr o seu protagonista em situações constrangedoras com suas amigas e professora.

Quem nunca ficou encantado(a) com um(a) professor(a) não sabe o que é ser jovem…

Aliás, a prévia do próximo episódio indica que a última heroína vai aparecer. Ansioso(a) pela novidade? Eu gosto muito da personagem e do seu background, então tenho boas expectativas!

Mas deixando de lado o Taro-san – cuja nota da curiosidade foi repetida sem necessidade em tela –, e o duplo sentido que não deve ser estranho aos momentos com a sensei, só me sobra comentar o que o Yuiga tentou fazer para melhorar a relação da amiga e da professora Kirisu.

A ideia foi ótima, afinal, é conhecendo as fragilidades do outro que uma pessoa pode perceber que não são tão diferentes, no final se trata de reconhecer que ninguém é capaz de fazer tudo, que todo mundo tem fraquezas, mas não é por isso que desafios não podem ser superados.

O problema é a situação. Não acho que seria o suficiente para que alguém como a Rizu notasse tão bem, mas de quebra ela demonstrou um melhor entendimento dos sentimentos alheios, mais noção do que está a sua volta.

Então sim, a sua maneira essa primeira parte serviu para mostrar a evolução da personagem e ir aproximando a sensei ao dia a dia do Nariyuki e das garotas. Não foi a melhor maneira de fazer isso, mas funcionou? Sim e, sejamos honestos, Bokuben é um romcom que explora o drama nas devidas proporções, então, o que sobra é comédia e romance.

Como avançar no segundo bagunçaria o status quo o primeiro deita e rola como quer. Por isso eu “perdoo” esses trechos mais fanservisticos, mesmo quando são apenas isso, como a segunda parte desse episódio!

Tem como levar a sério uma mascote que se “adapta” ao penteado de quem veste a roupa? Fica difícil, mas bem pior que isso, dá para levar a sério uma loja de shopping na qual apenas a gerente e uma funcionária trabalham? E uma loja de roupas, não um quiosque.

E ainda pior, a gerente sai da loja e deixa um homem sozinho em uma loja de roupa feminina com uma roupa que ele não pode tirar sozinho. O que poderia ocorrer para “melhorar” tudo? O mais clichê possível e afirmo com convicção, o mais nada a ver com o tema estudo. Na segunda parte Bokuben se superou!

Menos mal que as situações foram divertidas.

Na realidade eu me diverti, mas tirar umas risadas com o que aconteceu acho que depende mais do senso de humor da pessoa e provavelmente desagrada a muitas que se incomodam com aquela pele desnuda que surge somente para agradar a alguns, sem a utilidade narrativa que até um momento como esses pode ter.

Uma obra em que uma situação clichê desse ramo é muito bem utilizada é Tokidoki, um one-shot do autor de Nisekoi. A diferença é que é o drama que acompanha o romance lá. Aqui impera a comédia e uma abordagem pouco pretensiosa, e nunca tão incisiva, do resto.

Sendo assim, como esse episódio não fugiu completamente da proposta, olhou para o tema, riu e saiu correndo, não tenho como achá-lo ruim se eu me diverti tanto, mas é claro como o dia afirmar que não é um dos melhores momentos da obra, bom foi só o seu fanservice.

Quem queria ver a Kirisu e o Yuiga no anime das professorinhas levanta a mão livre!

Agora, como não rir das reações do Nariyuki, ou melhor, como não rir da reação da Fumino quando a garota descobre? Os três quadros de reação dela se tornaram um meme bastante popular com os fãs da obra e eu como leitor de longa data me divirto um pouco mais quando vejo essas cenas ganhando vida em tela.

Mas, claro, nem por isso posso superestimar um episódio. Foi muito divertido para mim e creio que foi para boa parte do público, mas sei que não é só isso que Bokuben tem a oferecer. Até o episódio da Pixie Maid, o equilíbrio perfeito entre a juventude colegial e a “experiência” da fessora.

Até mais!

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