Patlabor originalmente é um mangá “bem antigo”, de 1988, que teve algumas adaptações para anime, seja por meio de filmes, OVAs ou anime de audiência. Porém vamos tratar da adaptação live action da obra que possui 8 filmes, todos lançados entre 2014 e 2015. Obviamente eu não irei escrever sobre todos os filmes pois sinceramente nem assisti metade deles. Iremos “falar” sobre o último deles, o qual eu achava que era o único pouco antes de começar este artigo.

Essa cena é bem legal, vale destacar

Apesar de possuir um interesse em Patlabor, eu nunca li o mangá ou assisti alguma adaptação animada. Caí de paraquedas nesse filme que consegue explicar bem muita coisa, apesar de ficar boiando em alguns momentos, principalmente quando alguns personagens eram citados. Infelizmente eu não posso dizer se há uma conexão com os filmes anteriores, mas por experiência própria acredito que dê para assistir.

Realmente

Sobre a o filme em si, confesso que gostei apesar de uma pitada de decepção que acabou ficando. Até onde eu sabia, Patlabor se trata de uma história sobre uma divisão da polícia que pilota mechas e obviamente combatem o crime. Durante os 90 minutos de filme eu vi muita conversa, os “vilões” fazendo a festa e só no fim pude ver o robozão em ação. Para ser ter ideia, a ação de verdade já leva 40 minutos para aparecer, enquanto que o robozão só entra na batalha final, tendo seus 15 minutos de fama.

O que muitas vezes não é bem verdade

Isso é decepcionante quando você considera o tipo de história que está acompanhando, e claro, as condições. Eu não sei como estavam os mechas, mas a excessiva demora para usá-los e a luta final mixuruca foram a cereja do bolo. O grande inimigo da vez era um helicóptero furtivo do exército que ficava invisível, algo que poderia ter proporcionado uma bela batalha, o que não aconteceu.

Só pelo fato de ser uma máquina do exército que havia acabado de ser desenvolvida já era um grave motivo para ações mais incisivas. Mas como o filme fez questão de expôr, havia ali uma disputa pela justiça, ainda que ela seja difícil de definir. Políticos que só conseguem pensar em benefício próprio e terroristas que querem derrubar esses caras fazem parte dessa organização do “mal”.

No mais, é interessante que o filme colocou alguns detalhes importantes e simplesmente jogou fora. Outro ponto que me incomodou bastante no começo e depois foi ficando mais claro é em relação ao “ponto 0”, o começo de tudo. Houve um ataque terrorista no qual o autor foi preso mas os responsáveis por isso simplesmente sumiram. Porém os ataques atuais são feitos por pessoas que compartilham de ideais similares (aparentemente há uma relação entre eles e o antigo autor da tentativa criminosa), ainda que a pilota do helicóptero seja uma personagem extremamente mal desenvolvida e não dando para entender qual é a dela.

Conforme o filme vai passando você vai conseguindo entender o que de fato houve e assim, compreender um pouco mais sobre o filme em si.

Nos outros pontos positivos, há um questionamento bem legal sobre o que é justiça. Além disso, os personagens são carismáticos e apesar dos momentos cômicos a obra não fica muito tempo em momentos parados, tendo ação ou diálogos importantes constantemente. Já o CG não me incomodou, ainda que ele não tenha sido usado tanto quanto imaginei.

Enfim, Patlabor se mostrou ser um filme legal de se assistir apesar de seus vários defeitos. Aliás, talvez o maior erro do filme é sua duração que acabou sendo curta demais para desenvolver certos detalhes da história. No mais, acredito que seja melhor assistir os outros filmes da franquia antes de ver esse, ainda que esse por si só já explique bastante coisa.

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