Depois de várias revelações, riscos enormes e muita tensão, o jogo da vez aparentemente exige bem menos dos nossos jogadores e dá um pouco mais de descanso – mesmo que no final o alívio nem seja tão grande assim. Como incremento, o anime entrega algumas coisas que de forma discreta vão mantendo o ritmo misterioso e indicam também mudanças futuras no rumo da história. Venham comigo e vamos começar a Fase 5!

Partindo do último ponto de parada, vemos o estranhamento entre Iride e Anya, que tem um significado legal para o que acontece nesse desafio e para os próprios gamers. O primeiro embora tenha agido sem considerar os sentimentos do companheiro, pensou no bem estar dele e pondo numa balança, isso me parece bem mais importante.

Anya por sua vez ainda tem dificuldade em lidar com a simpatia e ingenuidade do garoto, onde ele acaba assumindo um papel mais tsundere do que a própria Karin – que nada tem a ver com esse bolo ainda. Apesar dos desencontros, o que acontece de verdade é que a cada dia que passa, Iride conquista mais a confiança dele e isso é o que mais incomoda – porque é visível que ele também está se acostumando com o outro e não quer perdê-lo.

Do outro lado a dupla Zakuro e Onigasaki seguem com suas investigações e confesso que fiquei surpreso com as revelações do menino furtivo, pois ele já mostrou que deve saber mais do que os demais e não aceitou entrar nessa furada apenas a passeio. Vale lembrar que citei dois detalhes importantes nos dois primeiros episódios e que clareiam o que ele fala, um deles diz respeito a explicação do Paca sobre a existência de outros jogadores.

Nesse trecho ficamos sabendo que a irmã de Zakuro está desaparecida e nada demais, ponto. Provavelmente a irmã de Zakuro foi uma das pessoas escolhidas em um outro período e que se não estiver morta, certamente ainda está presa naquele mundo, em um dos demais distritos – tentando atingir as visualizações necessárias.

No entanto existe também uma terceira possibilidade: e se ela venceu e mesmo assim não recebeu a liberdade e voltou para casa? Afinal de contas ninguém sabe ao certo como funciona esse jogo e qual a premiação pela conquista, apenas estão cientes que morrer é uma opção óbvia e passível.

O segundo detalhe complementa esse fato pois é um acontecimento presente no primeiro capítulo do mangá e que ficou de fora da adaptação – imagino eu que para gerar uma maior tensão justamente pela sua ausência. Notem que Zakuro fala que “tem gente procurando…”, ou seja, ele foi até ali consciente e certamente conta com outras pessoas lá fora que já estão investigando do seu lado – como aconteceu na primeira saga de Sword Art Online. Enfim, os mistérios e as pistas estão aí, vamos catando e montando o quebra cabeça.

Pulando para o que foi o desafio da vez, não houve grandes acontecimentos e a própria concepção dele não desenvolve muita coisa acerca do nível de risco atual. A questão é que agora eles precisam agir como caçadores de demônios, descobrindo os invasores no meio das pessoas comuns e detendo eles, antes que mais inocentes sobrem no processo.

Ao longo da missão existem vários momentos cômicos – até mais do que nas fases anteriores – e que quebram totalmente a tensão da situação, os quais admito que gosto e muito, mas creio que talvez esse excesso de terror leve continue incomodando aos demais.

Visualmente, acho que já era meio gritante a Kikka e seu avô serem os demônios procurados, mas os protagonistas foram burros o suficiente para não desconfiarem sequer da fisiologia de ambos e do discurso “pró demônios” feito pela garota – as maiores evidências ali. Acredito que talvez a inocência e fragilidade que eles demonstraram tenham sido as ferramentas que os salvaram da suspeita imediata.

Depois da descoberta dos dois sequestradores, Karin e Iride acabam sendo levados por eles e esse ato traz alguns elementos bem interessantes. Percebam que de fato os vilões não se comportam de forma agressiva e assassina, levando ao seguinte questionamento: porque eles colecionam num calabouço, jovens macias e peitudas? O ancião Kihachi ainda comenta que se forem adicionar alguém ao montante precisam se livrar de outra pra conter o excesso, deixando a situação mais bizarra e confusa.

Na sequência, Anya sente o impacto da escolha do amigo de acompanhar a jogadora de horror e se expor ao perigo, confirmando de vez sua conexão com ele através de flashbacks que trabalham como eles vem construindo a relação entre si – já mostrando um “bromance” bonitinho com direito a musiquinha especial.

E pra fechar com chave de ouro, aquela que dá ao anime o peso que ele precisa, se move e prova que os demônios mexeram em um vespeiro mais assassino do que supõe a sua própria espécie. Yuzu e sua natureza yandere já tem um plano em curso e o resultado não promete ser pacífico para o lado inimigo e pode ser ainda pior se Iride tiver um mísero arranhão.

Relação do Anime com o Mangá

Quanto ao mangá esse episódio cobre os capítulos 9, 10 e apenas a primeira metade do 11, seguindo a linha natural de fidelidade, cortes e inversões que venho apontando até aqui – logo não tenho muitos comentários extras a fazer -, mas existem poucos pontos importantes para quem desejar ler.

Na situação da irmã do Zakuro, o mangá tem diálogos maiores e mais confirmativos em relação ao que especulei acima, jogando um pouco mais com a situação dele e o que acontece do lado fora.

Em um dos quadros “aleatórios”, o mangá conta um pouco mais sobre o passado de Onigasaki antes de entrar no Nakanohito, numa espécie de paralelo a experiência de Zakuro – justificando a sua entrada no jogo.

Bom, como não posso dar spoiler imediato do que acontece na segunda parte do capítulo 11, ficamos por aqui – aceito pedidos nos comentários (risos). A quinta missão começou mais lenta, mas continua em andamento e aguardo ansioso pelo que o anime fará. Agradeço a quem leu e até a próxima fase!

Comentários