Devido ao sucesso da primeira parte, aqui vos apresento uma continuação com mais animes do gênero – e no final, um apanhado de alguns que ainda estão para ser lançados. Alguns não são consideradas isekai por todo mundo (apesar de ser e temos um artigo que trata desse assunto bem aqui). De qualquer forma, vamos a lista!

Isekais de Jogos

Nesse tipo de isekai, o novo mundo é ou era um jogo onde o protagonista pode ter entrado por vontade própria ou não.

Sword Art Online

Popularmente conhecido por sua sigla (SAO), é um dos animes de maior sucesso da década de 2010. Criticado por uns e amado por outros, a história se passa num futuro próximo onde um novo modo de jogar videogames surgiu. Nessa nova forma há uma imersão completa no mundo virtual e o único jogo até então lançado teve um número limitado de vendas. Uma dessas pessoas que conseguiu comprar chama-se Kirigaya Kazuto (popularmente conhecido como Kirito). Infelizmente ocorre uma tragédia com esse novo jogo e todos os dez mil jogadores que compraram ficam presos no mundo virtual. Como se não bastasse, o único modo de sair é completando o jogo ou morrendo (seja na vida real ou virtual). Nessa história cheia de romance, protagonismo e elementos de RPG, temos um bom exemplar do gênero caso você não tenha conferido ainda, com várias continuações, spin-offs e adaptações em mangá.

Log Horizon

Enquanto SAO fez um estrondoso sucesso, Log Horizon infelizmente não chamou tanto a atenção do público em geral. Com uma temática um pouco diferente, nesse caso os jogadores acabam ficando presos no “mundo virtual” após o lançamento de uma expansão do jogo de sucesso chamado Elder Tale. Mais de 30 mil jogadores acabam sendo sugados para o jogo e no meio deles, temos nosso protagonista, Shiroe, que junto de seus amigos sai em uma jornada a fim de voltar ao mundo real. Com uma história mais trabalhada e cheia de grandes estratégias, Log Horizon esbanja charme usando tais elementos em suas batalhas. São duas temporadas de 25 episódios cada e a editora New Pop está lançando o mangá e a light novel no Brasil.

Overlord

[Introdução] [Introdução Segunda temporada] [Primeiras impressões Segunda temporada]

Sendo o último dessa categoria e também o mais recente, Overlord possui uma temática parecida com Log Horizon, mas com uma grande diferença: ao invés de 30 mil jogadores, temos apenas um. A história se passa num futuro distante onde um jogo chamado Yggdrasil está prestes a acabar. Um dos mais fortes jogadores e líder de uma das mais fortes guildas, Momonga, opta por ficar dentro do jogo até o último segundo. O problema disso tudo é que após acabar o tempo, Momonga permanece logado no jogo e após certos incidentes percebe que agora ali é sua nova casa. Uma história que foca muito mais em estratégias e conflitos armados, Overlord nos mostra a jornada de Momonga para conquistar esse novo mundo. Possui duas temporadas (a terceira está agendada para julho de 2018) e caso queira mais detalhes nós temos alguns artigos sobre a obra aqui no blog.

Isekais “Darker & Edgier”

As obras dessa categoria são aquelas que possuem uma temática mais pesada e séria, sem comédia e cheia de situações mortais para seus personagens. Ou com alguma comédia porque humor negro é tudo de bom.

Youjo Senki

[Primeiras impressões]

Essa obra foi adaptada de light novel e transmitida em janeiro de 2017. Chamou a atenção de muita gente por conta de um fato curioso: uma garotinha que se torna militar numa guerra mundial. Youjo Senki conta a história de um japonês assalariado ateu que pouco antes de ser assassinado é confrontado por uma existência que ele chama de Ser X. Essa existência diz que ele deverá pagar por seus pecados e por não acreditar em Deus, e com isso ele renasce num mundo similar ao que tínhamos na época da primeira guerra mundial num corpo de uma garota. Visando ter uma vida pacífica e fugir do campo de batalha, o agora chamado Tanya Degurechaff faz o que for preciso para subir na carreira militar e assim, atingir seu objetivo.

Hai to Gensou no Grimgar

Esse aqui também é recente e nos traz uma maneira completamente diferente dos habituais isekais. Esqueça protagonistas extremamente fortes que muitas vezes tiram a graça das batalhas, Grimgar foca em personagens que sequer possuem habilidades para sobreviver nesse novo mundo. Acompanhe Haruhito em sua jornada após o mesmo acordar num local escuro com várias outras pessoas e descobrir que estão num mundo chamado Grimgar. Ele e seu novo grupo passarão por muitas dificuldades e perigos mortais para conseguir o pão de cada dia.

Isekais dos anos 1990

Bom, acho que o título dispensa explicações, né? Essa década foi prolífica em animes isekai antes do gênero ser popular. Assista se for hipster de anime. Ou se não for também, eles são bons de verdade.

Fushigi Yuugi

Fushigi Yuugi adapta o mangá de 18 volumes (36 aqui no Brasil, publicado pela Conrad) de Yuu Watase. Em 52 episódios divididos em duas temporadas mais um OVA de 6 episódios (o segundo OVA; tem um anterior com 3 episódios com conteúdo original, não baseado no mangá), seguimos a história de Miaka Yuki e Hongo Yui, duas amigas que um dia resolvem estudar na biblioteca. Após avistar e seguir uma ave vermelha, ambas acabam encontrando um livro chamado O Universo dos Quatro Deuses e, ao lê-lo, são transportadas para uma China antiga onde Miaka é descoberta como uma sacerdotisa que pode invocar o Deus Suzaku e fazer pedidos para trazer a paz, porém, para isso, ela precisa reunir as 7 estrelas de Suzaku.

Caçadores de Elfas

Um valentão com músculo no lugar do cérebro, uma atriz prodígio, uma adolescente viciada em assuntos militares, uma elfa sacerdotisa percorrendo o continente com essa trupe para recolher fragmentos de magia (que se espalharam quando o valentão atrapalhou o ritual) para enviá-los de volta ao seu mundo de origem. E um tanque de guerra que mia. Esse definitivamente não é um anime sério. Uma comédia que só poderia ter sido escrita e animada nos anos 1990, Caçadores de Elfas vai te fazer chorar de rir.

Tenchi Muyo

Tenchi Muyo é um anime bem popular de harém e isekai do início da década de 1990. A história se trata de um adolescente de 17 anos que vive na zona rural, mas que tem “uma sorte incrível”. Ora, mas por quê? Porque tudo virou uma bagunça após uma dupla de policiais femininas caírem com sua nave no templo de seu pai. Além disso, várias confusões envolvendo outras garotas, sendo elas alienígenas ou não, e espécies de animais que se transformam em nave, vão se criando em volta do protagonista, sendo na Terra ou até mesmo em outras galáxias. Este é um anime bem legal de se assistir, principalmente por ser um anime de comédia e repleto de referências populares.

Animes que são do Batman

Nessa categoria ficam todos os isekais que … ah, você já sabe, né?

Batman Ninja

[Resenha]

Se você gosta da versão mais despojada do Batman (sem ofensas para as histórias mais pesadas, que são ótimas), e se gosta de animes exagerados, vai adorar Batman Ninja. O Gorila Grodd criou uma máquina do tempo, mas Batman o impediu de usá-la … como ele gostaria. Ao invés, além dele e do Grodd, são transportados para o Japão feudal o Coringa e a Arlequina, o Duas Caras, o Pinguim, a Hera Venenosa, o Exterminador e a Mulher Gato, de vilões, e o Alfred, o Robin, o Asa Noturna, o Robin Vermelho e o Capuz Vermelho, da Batfamília. Agora o Batman precisa impedir que os vilões dominem o Japão e mudem a história, e voltar para a Gotham City contemporânea. Muita ação, algumas lutas muito bem coreografadas, um punhado de reviravoltas e uma cena especial, em estilo de animação totalmente diferente, bem no meio do filme.

Animes que não são do Batman

Ok, agora já estou apelando. Enfim, essa categoria é para todos os um animes que não consegui encaixar em nenhuma outra categoria!

Flip Flappers

A série de 13 episódios é carregada de simbolismos, referências a animes (como aos longas-metragens “Paprika” e “Nausicaä do Vale do Vento”, além de mechas, meninas mágicas etc.) e outras expressões artísticas. É aventura, fantasia, ficção científica e uma história de amadurecimento, amizade e amor. Cocona, a heroína, é uma menina que frequenta o ensino médio e que considera sua vida vazia e sem objetivos. Condição que a torna apática e insegura. Até o dia que chega Papika, uma garota misteriosa e vibrante, um espírito livre que apresenta a Cocona a organização Flip Flap, que investiga o funcionamento de uma mundo alternativo chamado Pure Ilusion. Cocona e Papika se tornam parceiras na exploração das realidades possíveis em Pure Ilusion e tem como missão encontrar fragmentos de cristal. Flip Flappers é uma série inventiva que transita com criatividade e uma boa dose de nonsense pelos mais diversos gêneros do anime. Cada viagem a Pure Ilusion apresenta uma nova referência e informações sobre o arco principal.


Antes de terminar eu gostaria de agradecer ao André, Wuldson, Mexicano e a Tamao-chan que contribuíram com Fushigi Yuugi, Flip Flappers, Batman Ninja e Tenchi Muyo.

Gostaria também de fazer menções honrosas de alguns animes que poderiam estar nessa lista e que ainda vão ser lançados. Tenkuu no Escaflowne é um anime que apesar de não ter visto eu gostaria muito de ter incluído. É um isekai com mechas (assim como Knight’s & Magic) e que foi lançado na década de 1990. Guerreiras Mágicas de Rayearth também é da década de 1990 e quase chegou a essa lista. Um clássico do CLAMP.

Em relação aos novos lançamentos, temos Isekai Maou to Shoukan Shoujo no Dorei Majutsu (lança na próxima temporada, julho de 2018), Arifureta Shokugyou de Sekai Saikyou (2019), Tensei shitara Slime Datta Ken (outubro deste 2018) e Hyakuren no Hao to Seiyaku no Valkyria (julho de 2018).

  1. SAO não é Isekai, por que? Por que Aincrad, Alfheim e Gun Gale não são mundos alternativos e sim meras simulações. Em animes como Log Horizon e Overlord fica bem claro que o mundo em questão não é o apenas um jogo, as mecânicas de MMO presentes fazem parte daquele mundo, quando em SAO elas so existem pelo lugar em questão ser um jogo e não a vida real.
    Outro ponto que reforça o fato de SAO não der um Isekai é que os personagens AINDA estão no mundo real, os jogos, e mundos simulados ainda encontram dentro dentro de dispositivos eletrônicos igual a um jogo normal e tal aparelhos estão no mundo real, tudo que o NerveGear e o AnimuSphere fazem é alterar os cinco sentidos e consciência do jogador para simular esses mundos, as mentes e corpos da pessoa continuam no mundo real ao invés de serem transportadas para outro mundo, que é a regra fundamental para todo Isekai

    • O conceito de isekais trabalha com a existência de um mundo diferente, independente de ser real ou virtual. E se estar ou ter acesso ao mundo real faz com que a obra deixe de ser isekai, animes como Gate e Outbreak Company não são isekais, quando na verdade são. Dito isto, se quiser saber um pouco mais e conhecer outras obras do tipo, sugiro ler o outro artigo sobre isekais que nós temos aqui no blog.

  2. eu acho q vc esta errado kiraht, pq como o retro disse acima, tem q haver um outro mundo e ele tem q ser real, outbreak company se trata d um mundo real msm q tenha acesso entre os dois assim como gate sao dois mundos se colidindo e n um mundo ficticio

    • Fábio "Mexicano" Godoy

      Olá Jean!

      Pense da seguinte maneira: nenhum mundo dentro de uma obra de ficção é “real”. O que você está propondo é classificar um gênero no único e verdadeiro mundo real (o nosso, não o fictício, da obra) de acordo com a classificação de um mundo fictício dentro do mundo fictício. Fica até confuso escrever assim, mas até que faz algum sentido. É uma espécie de classificação natural, por assim dizer.

      Só que em arte e em literatura não faz sentido classificações naturais. E com “não faz sentido” eu quero dizer que não são úteis. Sentido faz, lógico, você consegue explicar, entender e categorizar. Mas para quê? A forma como analisamos ou os elementos pelos quais nos atraímos em uma ficção são muito mais importantes, e daí segue que não importa tanto o que seria a classificação natural, mas sim uma classificação literária sistemática. Quais os tropos/clichês utilizados? Qual o tipo de linguagem?

      E nisso os isekais de games desse artigo não devem nada a isekais que você chamaria de “verdadeiros”, porque seu outro mundo é “real”. Não é à toa que em vários isekais os personagens que viajam entre os mundos apontam como eles parecem ser um jogo, ou como o próprio expectador pode perceber isso através das mecânicas e das regras daquele mundo. Existem até casos extremos como Overlord em que um mundo originalmente virtual, um game, se tornou, por tudo o que sabemos, “real”. Overlord não é isekai? E se um isekai que você chamaria de verdadeiro, com uma viagem só de ida (digamos, KonoSuba), terminasse com o personagem descobrindo que na verdade aquilo era de fato um game (ou um sonho) e ele continua vivo no mundo real, deixa de ser isekai? Você assistiu e curtiu pelos elementos comuns do gênero isekai, não porque te disseram que o outro mundo era um “mundo real”. Claro que uma reviravolta dessas pode ser horrível se mal feita (e é algo bastante drástico, dificultando que seja “bem feito”, tanto que não consigo te dizer um bom exemplo disso no gênero isekai), mas isso não muda o que a história foi até aquele ponto.

      Obrigado pela visita e pelo comentário! =)

    • Fábio "Mexicano" Godoy

      Olá Diógenes, tá bonzinho?

      Ah, um printscreen! Isso muda tudo, ou devo dizer, mudaria, se eu não tivesse meu próprio printscreen de outro site totalmente confiável, escrito por Zeus e Odin em pessoa: https://i.imgur.com/i7fRTb2.png.

      Brincadeiras à parte, sugiro esse artigo, escrito por alguém que com certeza dedicou muito tempo e estudo ao tema: https://tanoshimi.xyz/2018/04/17/isekai-a-world-of-possibilities/

      Se achá-lo grande demais, tem também a boa e velha Wikipédia: https://en.wikipedia.org/wiki/Sword_Art_Online. Note como ela tem ali “Isekai” na lista de “gêneros”.

      Mas nada disso importa. Digo, não é que não tenha importância nenhuma, mas sim que sua importância seja relativa. No caso, estamos trabalhando com uma definição bem específica de isekai, e, dado que ninguém definiu exatamente o que isso seria, não há uma autoridade certificadora de isekais, fornecendo selos de conformidade isekai, é perfeitamente razoável que o significado do gênero seja discutido, e em sendo assim, certamente demoraremos um bocado até que todos concordemos com um mesmo significado – e mesmo se e quando esse dia chegar, ainda haverão discussões sobre se uma determinada história cumpre os requisitos para pertencer ou não ao gênero.

      Gêneros muito mais antigos, como “fantasia” (do qual “isekai” faz parte, aliás), possuem significados bastante fluídos, como querer que algo que se consolidou como gênero há menos tempo do que eu estou vivo nesse mundo tenha um significado talhado em rocha?

      Considerando isso, a nossa definição é muito simples, e está escrita no texto: Sword Art Online é um isekai de game, que vem a ser, segundo o texto, um tipo de isekai no qual o outro mundo (isekai) “é ou era um jogo onde o protagonista pode ter entrado por vontade própria ou não”. Não tem dificuldade nisso, certo? Não é questão de estar certo ou errado, porque, insisto, não existe um certo e errado definitivos sobre o tema. Para os propósitos desse artigo explicamos o que queríamos dizer, e qualquer um que leia, concordando ou não com a nossa definição, ou talvez concordando parcialmente, vai entender do que estamos falando.

      Obrigado pela visita e pelo comentário 😊

  3. Garibaldo com cara de cu

    então cara, pelo que eu vi no estilo do site ele talvez seja o superanimes(me corrija se estiver errado), antes de vir para este site eu passei pelas categorias do superanimes e lá não se encontra isekai, pode conferir por sí mesmo.
    ainda prefiro o textão do cara que dedica o tempo pra mudar tua opinião, mas considero SAO um isekai sim

    • Fábio "Mexicano" Godoy

      Olá Garibaldo, tudo certinho?

      Dependendo de como se quiser definir o que é um “isekai”, as histórias em que o outro mundo é a realidade virtual de um vídeo-game podem ou não fazer parte.

      Nesse artigo, adotamos uma classificação abrangente que os inclui, porque muita gente mesmo gosta deles e é útil recomendá-los, pois. A intenção dessa lista é essa: recomendar bons animes que nossos leitores vão gostar de assistir. Não temos a menor intenção de começar ou encerrar qualquer tipo de debate.

      Tanto que a lista é apresentada em categorias, se não gosta de determinada categoria, se não é o que estava procurando ou se acha que não devia estar ali, é só pular.

      Obrigado pela visita e pelo comentário 😃

  4. a forma definitiva de saber se é isekai ou não, é bem simples, é só ver o site que vende a novel/manga oficialmente no japão e ver as tag que eles colocam e pronto( spoiler eu já vi e não tem nada de tag de isekai nelas)mas ai você diz é só um site qualquer, eles podem colocar qualquer coisa(primeiro é um site oficial que pagou pela obra, isso por si só já é mais que achismos e discussões na internet de pessoas que tem PHD em opinião, segundo se não for suficiente que tal o autor da historia confirmar vai no site original da webnovel e vê que não tem nenhuma tag isekai colocada na obra, se até o site onde o próprio autor publicou não aparece como isekai, não sou eu que vou mudar isso)

  5. Olá! Então, nesse artigo e no outro (https://anime21.blog.br/2018/05/25/10-animes-isekai-vamos-conhecer-novos-mundos/) é explicado o conceito que define um isekai.
    Com isso, pegamos animes que estivessem de acordo com esse conceito e juntamos com outros animes que de fato são classificados como isekais. E aí é bom lembrar que o conceito é recente, logo, é óbvio que animes mais datados (como por exemplo Caçadores de Elfas) não terão esse tipo de classificação. 😀

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