Incansavelmente chego ao meu oitavo artigo de primeiras impressões da temporada! Os anteriores, não deixe de lê-los, foram:

  1. Gangsta, Game of Laplace e Okusama ga Seito Kaichou!
  2. Gate, Classroom Crisis e Symphogear GX
  3. Charlotte, Rokka no Yuusha e Shimoneta anime legal de nome grande
  4. Ushio to Tora, Jitsu wa Watashi wa e Non Non Biyori Repeat
  5. Monster Musume e Chaos Dragon
  6. Overlord, Joukamachi no Dandelion e Bikini Warriors
  7. Himouto! Umaru-chan, Akagami no Shirayuki-hime e Sore ga Seiyuu!

Além de mim, também as outras editoras do anime21 escreveram seus próprios artigos de primeiras impressões:

Nesse artigo vou compartilhar com você minhas impressões sobre Prison School (um ecchi muito esperado), Gakkou Gurashi (um horror que mesmo sabendo ninguém espera que seja horror) e Danchigai (muito curto para esperar qualquer coisa). Leia abaixo!

Prison School, episódio 1 – Muito mais engraçado do que erótico

Eu ri bastante assistindo esse episódio de Prison School. E o melhor: não vejo a história dando uma guinada séria em direção nenhuma para deixar de ser engraçada. Claro, o primeiro episódio, além de ser uma descoberta para o espectador, ou exatamente por ser uma descoberta para o espectador, é onde a produção tem que investir mais pesado nos pontos positivos de um anime para cativar. Então provavelmente a maioria dos episódios seguintes não será tão engraçada quanto esse de estreia, mas eu acredito que eles serão bastante engraçados.

Desde que li a sinopse pensei que era uma ideia bem estúpida e por isso tinha potencial para ser engraçado. Enquanto isso, me parece que muita gente (por conhecer o mangá ou não) esperava que o forte da série fosse ser o ecchi. Bom, não nego que as garotas são todas muito bonitas, e a maioria das cenas é cuidadosamente construída para deixar na expectativa, se é que me entende. Ah, nem todas as garotas: a vice-presidente não me atrai quase nada. Peitos grandes são legais, mas peitos impossíveis não são. Mas retorno onde havia parado: sim, o potencial ecchi está ali, pulsando. Só que o anime é fortemente censurado então quase tudo isso se perde (a não ser que você seja como os quatro esquisitos que acompanham o protagonista nessa história e se excite com a ideia de ser espancado e maltratado por garotas bonitas).

Kiyoshi é o protagonista e é razoavelmente normal, até conseguiu conversar e impressionar uma das garotas da escola (e quero estar errado, mas acho que a vice-presidente também fraquejou por ele…). A relação dele com o bando de esquisitos é boa parte da graça da história, ou do que serve para gerar graça. Seu relacionamento com a Chiyo vem dando muitos ganchos também, e quase dá vontade de torcer por ele. Bom, com vontade mesmo estou é de assistir logo o próximo episódio! Mas se você estiver pensando em assistir pelo ecchi, esqueça, espere o lançamento em home video.

Gakkou Gurashi, episódio 1 – Moe assustador

Sempre achei moe uma coisa meio horripilante, mas o autor de Gakkou Gurashi foi um passo além nesse pensamento e fez realmente uma história de horror com personagens moe. E eu sei que isso em si não é tão novidade assim, mas tenha em mente que sua personagem mais assustadora é também a com comportamento mais moe. As coisas estão amarradas de forma inseparável, não são apenas dois conceitos quaisquer colocados lado a lado na mesma história.

Eu sempre soube que seria uma história de terror, mais especificamente um apocalipse zumbi, mas isso é pouco importante. Ou foi pouco importante nesse episódio, não sei o que esperar dos próximos e isso também é um pouco assustador. O fato é que zumbis de verdade apareceram só no final do episódio, mas desde o começo havia algo de muito errado ali, e o fato da protagonista Yuki acordar para ir para a escola dentro da escola foi a coisa menos errada de todas. Ela veste uniforme diferente de suas amigas de clube. Em todos os momentos só ela se relaciona com todos os demais alunos e professores da escola mesmo que uma de suas colegas de clube esteja junto. Tem aquele momento em que ela sai da sala e a lousa revela um texto sinistro.

Esse texto. Pensar que só a Yuki consegue vê-lo o torna ainda mais assustador.

Esse texto. Pensar que só a Yuki consegue vê-lo o torna ainda mais assustador.

Assim, as dicas vão se acumulando até que no final do episódio é revelado que a própria escola está em escombros, que zumbis tomam todo o espaço ao redor do prédio da escola, que suas amigas estão de alguma forma se virando para sobreviver enquanto, durante todo o tempo, Yuki está completamente cega a isso. Por que ela não enxerga a realidade, a ponto de conversar com pessoas que não existem mais? Por que suas colegas a deixam continuar a agir dessa forma? Um dos personagens com quem só a Yuki conversa parece ser sua irmã mais velha e parece que ela era professora naquela escola. Estou louco de vontade para entender o que aconteceu para deixar o mundo e a Yuki dessa forma. E as companheiras da Yuki devem estar loucas para se manter vivas e para manter a Yuki, que não sabe de nada, viva. Será que elas enxergam na animação e felicidade sem fronteiras da Yuki uma consolação, um pontinho minúsculo de luz nesse mundo de trevas sem fim em que vivem? Um dos melhores da temporada, assista!

Danchigai, episódio 1 – Incesto não é engraçado

Pelo menos durou só cinco minutos. Um monte de irmãos vivem juntos, incluindo a que deve ser a protagonista e o único irmão homem, que parece ser um pouco mais velho do que ela. E os dois gostam de se meter em situações que sugerem incesto. Além de tudo, ela é uma tsunderê. E quando ela cora no final, sugerindo que talvez ela realmente goste de seu irmão mais do que apenas como irmão … ah, eu não sou pago pra isso.

  1. Ótimos textos, Fábio! E concordo plenamente com vc sobre a qualidade de Gakkou Gurashi; inclusive considero esse episódio como o melhor episódio de introdução da temporada, pelo fato de que ele, por si só, já é uma narrativa fechada, embora abra ganchos para os próximos episódios. A estrutura dele me lembrou dos contos de terror de Richard Matheson (o escritor de “Eu sou a lenda”), nos quais a força está na ausência de informações durante a maior parte do tempo, com foco em coisas triviais a história toda, para uma virada macabra nos últimos segundos e a geração de um sentimento de “completude incompleta”.
    Mas ao contrário de vc, eu não estou louco de vontade de saber como o Ragnarök zumbi começou nesse lugar e nem de que forma a Yuki ficou traumatizada: na minha opinião, uma boa história de terror nunca pode revelar muita coisa, porque o mistério é seu combustível. Acredito que no final das contas, os zumbis vão se resumir a ferramentas de enredo e o processo traumático ficará subentendido (quanto maior a incompreensão, maior o desespero). É verdade que histórias de terror que não explicam nada dão muita raiva, então seria importante um equilíbrio nisso.

    PS: Muito boa a sua colocação sobre os dizeres na lousa, eu não percebi aquilo enquanto assistia, e acredito que por essa distração eu perdi uma carga dramática muito forte. Também não pensei muito sobre a irmã da Yuki: realmente ela não se relacionou com mais ninguém e suas aparições esporádicas eram estranhas, mas pela vivacidade da sua coloração (seu cabelo, olhos, roupas etc) eu acreditei que ela estava viva.
    Pra terminar: com certeza vou continuar acompanhando essa série, mas acho bom não nos apegarmos demais com as personagens.Basta que Yuki veja a verdade para que a esperança acabe. Não tenho dúvidas de que nenhuma dessa menininhas fofas vai chegar a idade adulta…

    • Fábio "Mexicano" Godoy

      Eu não espero uma explicação descritiva de cada um dos passos que levaram o mundo a ficar desse jeito, mas a Yuki é central nessa trama e se não houver qualquer explicação sobre ela destoar tanto vai ficar estranho. E imagino que o trauma ou o que quer que seja dela tem relação íntima com o surto zumbi (nem que seja o simples “aconteceu ao mesmo tempo”), então imagino que, não uma explicação do porquê, mas pelo menos um flashback mostrando os momentos iniciais pode estar a caminho. Naturalmente, a história a frente me interessa muito mais que o passado, e como você imagino que elas estejam com seus dias contados. Faço até uma aposta: a garota tímida de cabelo branco será a primeira a morrer, talvez por culpa da cegueira da Yuki, e as outras duas inventando desculpas para ela ter sumido será de partir o coração – isso se a Yuki não continuar a vendo, o que também seria muito angustiante.

      • Tenho fé na sua aposta. Gakkou Gurashi parece ser aquele tipo de história que te convida a ficar depressivo (no estilo de “Devilman” e “Call of Cthulhu”).

  2. Gakkou Gurashi foi realmente surpreendente. Sobre o uniforme da Yuki ser diferente das outras, fico me perguntando se é apenas por ela realmente pertencer a uma turma acima das outras ou se isso também tem um significado mais complexo. Será que ao perceber que a Yuki está presa nesse “sonho esquizofrênico”, as amigas tentaram convencê-la de que ela é uma senpai e por isso teria o dever de tentar agir com mais responsabilidade? (A Yuki não aparenta ser mais velha que as outras, mas isso está longe de ser realmente relevante, já que conhecemos tantos casos de personagens que não condizem com o que aparentam…). Então o uniforme diferenciado daria um tom a mais de “realismo” para a história que a Yuki vem criando em sua mente e talvez isso fosse útil para ajudar as amigas a tentar lidar com o comportamento (arriscado) dela.

    • Fábio "Mexicano" Godoy

      Eu cheguei a pensar em elas não serem da mesma escola (apenas acabaram parando lá depois de fugirem de sabe-se lá onde), ou de a Yuki usar uniforme de verão e elas o de inverno, ou vice-versa. No fundo acho que a explicação racional disso é menos importante que o efeito psicológico pretendido.

      • Sim, eu vi. Achei interessante também. 🙂
        Pelo visto, esse anime nos dará muitos detalhes para especular e isso será fantástico! \o/

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