Ataque dos Titãs 3 – ep 16 – Apostando a própria vida no jogo perfeito
Considero este episódio como o melhor até agora nessa 2° parte da temporada. Muita tensão, muitas mortes – não via tanto sangue assim há muito tempo. Tirando o Titã em CGI e pequenos detalhes, o episódio foi bom. Me lembra um pouco os primeiros episódios do anime, muitos acontecimentos dramáticos fizeram Shingeki no Kyojin ser um grande sucesso naquela época, e esta narrativa dramática ressurgiu aqui.
Todo o episódio mexe com o psicológico, as cenas em geral deram grande aflição. Toda a tensão já é iniciada bem ao início, com o problema do esquadrão Levi, que precisa derrotar o Titã Colossal. Não fazendo isso, toda a cidade seria destruída. Também não adiantaria recuar e encontrar os outros, pois um novo cerco seria iniciado, sendo pior que o primeiro.
Do outro lado, Erwin, Levi e os novatos da tropa estavam em uma drástica situação. Vários esquadrões foram derrotados pelos arremessos do Titã Bestial, caso ele continuasse nesse ritmo, não haveria nenhuma casa para servir de bloqueio, então não teria como se esconder. Estava se iniciando um novo cerco.
Voltando para Shiganshina, os planos elaborados já davam a impressão de não terem efeito antes mesmo de pô-los em prática. Agarrar a perna do Colossal é uma ideia absurda, pois há um risco grande de receber uma bicuda.
Em segunda parte, usar a rajada de trovão também não é algo que daria certo, pois o Titã libera vapor. A única coisa que faz sentido nisso é que o vapor liberado é resultado do consumo do tecido muscular, ou seja, uma hora vai acabar, mas até lá, todos morreriam.
Simples pretextos para aumentarem os problemas, a perda de tempo só fez os personagens se empanturrarem de medo. Eles precisam ao máximo retardar ou matar o Colossal, que agora tem a ajuda do Encouraçado. Eren abatido e o Armin sem saber o que fazer, coitado do Jean…
Partindo para a melhor parte do episódio, nós temos a crise dos novatos. Claro, não faria sentido ficar dentre muralhas e esperar que os titãs destruam tudo. A tropa foi feita para isso, para acender a esperança daquela humanidade, mas qual é o sentido de tudo isso? Os soldados de alguma forma protegem estas vítimas, mas será que eles não são as próprias vítimas?
Em nosso mundo, não sabemos realmente nosso propósito, vamos morrer e nunca iremos saber disso, talvez os únicos que saibam do nosso propósito são os outros. Eles darão vida aos nossos feitos. Nós demos propósito a Einstein, também para Joana d’Arc, também a Napoleão e entre tantos outros. Nós lembramos e também somos lembrados.
Sim, mesmo não sabendo nosso propósito, temos que buscar algum sentido, por que um simples organismo que pode tanto destruir quanto reerguer o mundo não teria sentido? De algum modo, a tropa se matar tem um significado, abandonar a vida para um bocado de luz para os outros nunca teve tanta lógica.
Entregar corpos para o inimigo. Isso pode ter várias maneiras para acontecer. Esperar rajadas de rochas destruírem todas as casas para depois serem triturados e com seus sangues espalhados pela volta da muralha. Deixar alguns fugirem para que outros chamem a atenção e sejam mortos.
Na busca pela retaliação, ir de frente até o inimigo para que um elemento surpresa se encarregue de eliminar todos nunca fez tanto sentido. Naquele mesmo lugar, várias pessoas foram mortas quando a humanidade realmente conheceu os titãs. Tempos depois, novos corpos estavam lá, mas de uma forma diferente.
Naquele tempo, as pessoas corriam, o medo tomou conta de tudo, a chama da humanidade se apagou. Desta vez, as pessoas atacaram, e sim, também estavam com medo, mas a chama da humanidade reacendeu, assim como os outros que morreram, em que seus propósitos foram colocados em prática, mesmo não tendo a ideia das suas predestinações.