Bom dia!

Nossa! Aconteceu bastante coisa nesse episódio, e ao mesmo tempo aconteceu tão pouca! Assim, não é de se admirar que poucos consigam entender o que realmente houve de importante, não se culpe por isso.

Padres, mulheres que moram em uma igreja mas não sei se são sacerdotisas, garotas que moram em uma igreja e certamente não são sacerdotisas, pessoas sádicas que chamam outras pessoas de macacos e não devem ser pessoas de verdade, pessoas que estão no comando mas não são obedecidas, um protagonista assassino confuso, eita.

No meio de todo esse caos, o que realmente aconteceu?

Eu não sei. Não faço a menor ideia. Também não entendi esse episódio. Hey, estamos no mesmo barco! Em parte não entendi porque de cada dez palavras proferidas no episódio, cinco foram em alemão – e tenho certeza que foi absolutamente gratuito, elas não têm importância nenhuma. Só me preocupei em traduzir a Décima Terceira Ordem de Longinus, ou talvez seja Ordem dos 13 de Longinus, que parece ser o outro nome da Távola Redonda Negra, ou talvez seja só uma subdivisão dela. Absolutamente não importa, tenho certeza, não é como se fosse aparecer outra organização concorrente. Ou talvez apareça, mas mesmo assim, para que um nome tão críptico se é só um nome e não tem significado nenhum? Aliás, eu já tinha dito no artigo do episódio anterior como o anime mistura temas religiosos hindus, a Alemanha Nazista e um nome Arturiano em uma história que se passa no Japão, e agora coloque aí um romano que está ligado ao cristianismo (religião que se faz presente também através do padre e da igreja): Longinus. Para que tudo isso? Eu não entendi o episódio, mas tenho certeza que nada disso importa.

Eu gosto desse padrão, que parece aquelas caveirinhas de brinquedo que ficam tremendo

Mas olha só, tudo se liga, é só pensar direitinho: o Graal foi citado, ele é uma relíquia cristã associada a Jesus e que teria sido buscado (em vão; essa teria sido a causa de sua ruína) pelos Cavaleiros da Távola Redonda. Longinus foi o centurião romano que perfurou Jesus com sua lança; ele se converteria e se tornaria um santo da Igreja Católica. É para ele que você pula quando encontra coisas que perdeu (sim, Longinus é o famoso São Longuinho – aposto que por essa você não esperava). Os nazistas procuraram por relíquias sagradas durante a Segunda Guerra Mundial, principalmente na Europa, é evidente, mas também empreenderam uma expedição para o Tibete (como expliquei no artigo anterior). E a história do anime se passa no Japão porque o autor de Dies irae é japonês. Tudo faz sentido agora hein!

Para uma história cheia de referências e sem nenhuma substância, faz mesmo. Não duvido que haja outras referências ainda e que eu não tenha percebido. Como isso parece uma história místico-nazista com reencarnações, suponho que possam estar reunindo relíquias ao longo das eras? Para… algum objetivo misterioso? Dominar o mundo, destruir o mundo, tomar o trono do céu, tomar o trono do inferno, correr para o trono no banheiro, sei lá. Talvez estejam atrás de algo assim no Japão. Ou talvez já tenham conseguido tudo o que queriam, e agora é hora de botar pra quebrar (ou botar tudo pra fora no banheiro). Mas primeiro, claro, precisam reunir todo mundo. Porque seria falta de educação cortar o bolo antes de todos os convidados chegarem. Ei, esperaram tantos anos, séculos, sei lá, o que custa esperar mais uns dias?

Esse é o amigo desaparecido do protagonista, né?

O protagonista se descobre um assassino em série. Tem um poder muito louco que não sabe controlar ainda e nem entende o que é direito, e enquanto isso o mago lá do episódio zero parece estar controlando ele enquanto, sei lá, quer beber uma marguerita naquela praia onde o protagonista encontrou em sonho a garota que gosta de guilhotinas e de cantar. E fiquei chocado quando descobri que o coquetel que a minha vida toda achei que se chamasse Marguerita na verdade se chama Margarita. Está no site da Associação Internacional de Bartenders, não tem erro. Mas aposto que em qualquer bar que você entrar, seja uma birosca seja um super-chique, vai encontrar Marguerita no cardápio, ou pelo menos todo mundo vai chamar assim, ainda que errado. Então a minha piada sobre o mago querer beber na praia se sustenta. De todo modo, Marguerita é a pizza, ok? E provavelmente é a cantora de guilhotinas também. Aprenda a diferença:

O pobre do protagonista só queria levar uma vida normal e tranquila, mas ele é importante demais para os vilões o deixarem em paz, então as duas garotas malvadas (elas são do mal, não são?) que apareceram no episódio se matricularam na escola dele. Realmente não conseguiria pensar em um modus operandi mais adequado para uma ordem mística que quer dominar o mundo e existe há séculos (existe há séculos, certo?). É isso aí, até o próximo episódio. Será que entenderemos ainda menos? Será que mais algumas referências culturais e mais alemão gratuito irá aparecer? Será que vou descobrir porque mesmo estou assistindo isso?

Agora vai!

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