Cutie Honey Universe – Primeiras impressões
Voz de locutor de loja de departamento NO ANIVERSÁRIO DE 50 ANOS DE CARREIRA DE GO NAGAI QUEM GANHA O PRESENTE É VOCÊ! Brincadeiras à parte, depois de Devilman Crybaby e Mazinger Z Infinity, é a vez de uma das pioneiras das mahou shoujo, Cutie Honey, fazer o seu retorno. Se será triunfal ainda não sabemos, mas a julgar por este primeiro episódio, podemos esperar muita ação e fanservice, embora marinheiros de primeira viagem possam ficar meio perdidos devido a certas opções narrativas um tanto discutíveis.
Originalmente um mangá publicado na revista Weekly Shonen Champion em dois volumes entre 1973 e 1974, Cutie Honey recebeu diversas adaptações para TV, OVAs, radionovelas e filmes live action, sendo o primeiro longa dirigido por Hideaki Anno (Neo Genesis Evangelion). A história é típica dos super-heróis e heroínas de sua época: a jovem Honey Kisaragi é uma estudante num colégio católico só para garotas quando seu pai é assassinado por uma organização maligna chamada Panther Claw. Após o crime, Honey descobre que ela é na verdade um androide que possui um artefato tecnológico capaz de criar qualquer tipo de matéria e que lhe permite assumir diversas personalidades, cada uma delas com um poder e características diferentes. Ela então assume a identidade secreta de Cutie Honey e começa a combater os monstros criados pela Panther Claw. Embora não tenha sido a primeira Garota Mágica criada na história dos mangás, pode-se dizer que Honey está para o gênero como Mazinger Z e Gundam estão para o mecha. Há de se destacar ainda o fato dela ser uma das primeiras protagonistas (talvez até mesmo a primeiríssima) femininas de uma história publicada numa antologia voltada para garotos.
O primeiro episódio de Cutie Honey Universe, porém, não explica nada do que foi dito acima. Nele a jovem Honey Kisaragi já assumiu a identidade de Cutie Honey e já começou sua luta contra a Panther Claw, aqui apresentada por uma série de monstros femininos e pela sua líder, a misteriosa Sister Jill. Por motivos ainda não revelados, a vilã passa boa parte do episódio disfarçada como uma inspetora da polícia francesa chamada Genet auxiliando nossa heroína na luta contra as vilãs. Digo isso porque Jill/Genet diz no começo do episódio que acabará com a Panther Claw e parece realmente querer isso, pois chega até mesmo a matar uma de suas subordinadas.
Apesar das cenas de violência, o tom do episódio nunca chega perto do clima denso de Devilman Crybaby, mas algumas passagens podem incomodar. O subtexto lésbico é forte, com direito a duas garotas se pegando logo nos primeiros minutos e uma cena onde professoras do colégio de Honey fazem sexo por trás dos arbustos nos jardins da escola sem medo de serem flagradas, para constrangimento de Honey e de sua amiga Natsuko que assistem ao ato sem muito entusiasmo. Natsuko depois acaba sendo chicoteada e amordaçada por uma de suas professoras ao não revelar para onde Honey havia ido quando esta recebe um chamado avisando das atividades da Panther Claw. Honey também sofre nas mãos das vilãs e dos roteiristas tarados, já que os ataques que recebe acabam arrancando pedaços de sua roupa (curioso notar que o cabelo de Honey, vermelho e curto em sua forma Cutie, vai se alongando e se aloirando a medida em que ela sofre dano com os ataques recebidos).
Visualmente, Cutie Honey Universe, ao menos neste primeiro episódio, teve boa animação em quase todo o tempo (cortesia do Production Reed), especialmente nas cenas de ação, embora a direção e a coreografia em alguns momentos tenham optado por um estilo mais caótico e desconjuntado que não me agradou muito. O visual dos personagens é bastante fiel ao mangá original, com algumas atualizações aqui e ali. É de se lamentar que a icônica canção de abertura, usada em quase todas as versões anteriores, tenha sido substituída por um pop dançante pouco inspirado. No geral, Cutie Honey Universe teve uma estreia competente, com boas cenas de ação ainda que um tanto confusas em alguns momentos, bom design de personagem e uma heroína carismática e destemida. Espero que algum dos futuros episódios seja usado para contar as origens da protagonista e de sua luta contra a Panther Claw. Vejamos como se dará o seu desenrolar.
issei gentil
Adorei a parte dos roteiristas tarados esses caras leram meus pensamentos e desejos, só que heroínas que lutam e rasgam roupas quando sofrem dano não é nenhuma novidade, existe nos animes hentai, ecchi com muito fanservice e milhares de jogos. Eu amo ecchi com muito fanservice por isto estou em casa.
Gabriel
Queria tanto uma continuação de Ré: cutie honey, eu amava aquele anime.