Esse anime vem de um jogo para smartphone que deve estar dando uma grana porque o estúdio que está por trás da animação é o J.C.Staff e a sua parte técnica está mesmo boa, cheinho de moe e com um design fofo e agradável que lembra muito os dos vários jogos moe que fazem sucesso no Japão. A sua proposta é de gerar comédia, usando de recursos como a quebra da quarta parede para fazer o público perceber que todo aquele universo na tela é igualzinho ao de um jogo. Funcionou? Veremos!

Logo no começo é explicado do que se trata a história, que existem Periods – Herois – que derrotam Spirals – Monstros – e são pagos por isso, tendo até uma agência que designa os trabalhos para cada grupo de Periods. O anime vai acompanhar Haru, Liza, Gajeru e a “namoradinha do Haru”, Choco, no grupo que eles formaram para exercer esse trabalho. O primeiro episódio cria a situação problema que muda o cotidiano dos guerreiros, o que, de certa forma, justifica se contar a história a partir dali.

Um grupinho até que bem fofinho e agradável de se ver em tela.

Confesso que ri bem pouco ao longo do episódio, mas não achei ele ruim, pois foi divertido, muito por causa da leveza dos diálogos – mesmo em meio a uma situação que parecia bem séria – e das brincadeirinhas que iam aparecendo junto a interação dos personagens. O Haru – aquele que é o grande protagonista da obra – tem o objetivo de se tornar um grande Period e acabar com o “ciclo do desespero”, mas que desespero seria esse? Isso chegou a me incomodar um pouco ao longo do episódio, pois não havia nada ali que desse a entender que aquele mundo tinha grandes problemas causados pelos Spirals. Esse argumento foi usado para dizer que os personagens têm sim que se esforçar e lutar – como se a história fosse para ser levada a sério –, mas a quebra da quarta parede e todo o tom do episódio – mesmo nas lutas ou na hora em que a “vilã” aparece – indicam outra coisa.

E isso é ruim? Não necessariamente. O problema é que como uma comédia – se o anime focar nisso – do tipo sátira a obra não foi tão divertida, e nem como uma história a ser levada minimamente a sério de alguma forma. Porém, não teve nenhum problema gritante e nem foi monótona ou malfeita e isso talvez já seja o suficiente para um anime com essa proposta e com a abordagem que esse teve.

 

Elas são treinadoras Pokemon? São a Equipe Rocket? Só consegui pensar nisso ao vê-las…

Talvez essa estreia tenha pecado em criatividade e originalidade – é sério, os designs dos tais Spirals não lembram Pokemons? –, ou dá para dizer que satirizar especificamente histórias de jogo para smartphone seja algo original? Confesso que não lembro de ter visto um anime que fizesse isso, mas só isso já o categorizaria como uma proposta original enquanto sátira? E tudo bem se der para dizer isso, mas, repito, não achei episódio em si tão engraçado, nem vi como ponto forte as cenas de ação – e nem esperava que fossem – e ele foi bem raso no que se referiu a aprofundar os protagonistas. Esse último ponto eu até entendo, começar com uma situação problema que servisse de exemplo de como vai ser o anime é bem plausível, mas creio que no geral ele poderia ter sido melhor até nisso.

É um anime para se levar a sério? Sem sombra de dúvidas que não, as “vilãs” parecem treinadoras pokemons e a “grande vilã” só pode ser a colega de trabalho deles, então no final a obra não deve ir além do que mostrou nesse episódio. Se você gosta de moe e/ou de jogos de smartphone e quer ver um anime cuja história é a junção dos dois elementos vale a pena dar uma olhada nessa obra, se não, talvez você considere uma perda de tempo se não a achar divertida – não foi o meu caso, felizmente.

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