Baki é adaptação de um mangá que tem mais de 30 volumes e acompanha os desafios de um jovem que almeja se tornar o lutador mais forte do mundo para superar seu pai, mas o que vemos nessa adaptação é um garoto colegial (quase) comum que devido a sincronicidade terá que enfrentar outros caras excepcionalmente fortes e perigosos. Será que Baki se consagrará o mais forte no final?

Não poderia deixar de citar que a Netflix investiu pesado no projeto, o que não só a deu a licença de streaming do anime no mundo todo, mas também proporcionou ótima consistência à adaptação. Se isso vai se manter ainda é cedo para apostar, mas podem esperar fluidez e consistência desse anime.

Quem não conhece nada de Baki, meu caso, não vai ficar com essa cara de tonto vendo esse anime.

O anime começa de forma bem estranha, como se o Baki fizesse pessoas normais tremerem só com a sua presença, o que passou a fazer certo sentido depois que um manda-chuva chega na sua escola, o chama de campeão e diz que o garoto terá que enfrentar criminosos com habilidades especiais tão estranhas quanto a dele, além de uma força física sobre-humana. Se o garoto não fosse diferenciado não o procurariam para lutar contra pessoas diferenciadas, né? Até aí tudo bem, e saber porquê cada um deles ficou assim tão forte não é exatamente necessário, o problema foi como exploraram isso.

Os criminosos fugitivos que se reunirão em Tokyo querem sentir a derrota e vão cruzar caminho com o protagonista do anime, e o que isso quer dizer? Um festival de lutas e a vitória do herói mesmo que passando por algumas dificuldades. Isso não é ruim, afinal, quem vê um anime de artes marciais quer ver lutas – ótimas lutas –, mas foi justamente nesse ponto crucial que o anime falhou em sua estreia.

Achei essa parte engraçada e ela me lembrou Jojo. Seria esse um bom sinal?

O episódio todo serve mais para apresentar os cinco antagonistas do que o próprio protagonista, ele mostra a fuga mirabolante de cada um deles, que só foi possível porque são fortes de uma forma que chega a ser sobrenatural. Sem problemas quanto a isso, mas em nenhum desses momentos houve uma luta realmente interessante, apenas pedaços de coadjuvantes voando para todo lado. Custava deixar esse episódio para ser o segundo e nesse primeiro mostrar o protagonista lutando, mostrando porque é considerado um campeão? Fazer os outros tremerem é legal, mas o público quer porrada!

Para quem não sabe, a sincronicidade citada pelo velho é um conceito desenvolvido pelo famoso Carl Jung que, diferente da casualidade, prega que existem acontecimentos que se relacionam devido aos seus significados. Baki enfrentar esses cinco criminosos tem um inexplicável e profundo significado, é algo que não acontecerá apenas pelo acaso e sim porque quem escreveu o mangá quis assim. Ao meu ver isso serviu apenas para mostrar que esses encontros serão predestinados, e bem, o velho pediu para que ele lutasse, né. Eu levaria isso um pouco a sério se essas lutas ocorressem de forma mais natural.

Mas não, isso não é importante, o importante são as lutas e espero que a partir do segundo episódio elas aconteçam! Indico assistirem esse anime? Ele deve ser bem produzido e tem potencial para ser uma boa pedida para quem quer ação indiscriminada, então sim. Vamos ver se o Baki é forte mesmo!

Se aparecerem mais dois antagonistas poderei citar a celebre frase, “Cada dia é um 7 a 1 diferente“?

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