Este ano de 2019 está trazendo muitas novidades, sejam elas boas ou ruins. Não é a primeira vez que tem o remake de algo e nem será a última.

Desta vez, nesta temporada de primavera/outono, tem o anime que eu e mais um monte de gente estávamos esperando: Fruits Basket. Esta obra, adaptada do mangá com o mesmo nome, lançado entre 18 de Julho de 1998 e 20 de Novembro de 2006, teve a sua adaptação lançada entre 5 de Julho de 2001 a 27 de Dezembro de 2001. Lembrando que já fiz um artigo discorrendo sobre o que acho sobre o anime antigo.

Agora, depois de 17 anos e uns quebrados, Fruits Basket está refazendo a sua presença, com um novo design de personagens (mais bonito, inclusive), com novos dubladores (acho que a voz atual do Yuki é mais presente que a antiga) e pequenas mudanças, mas para a melhor!

Fruits Basket conta a história de Honda Tohru, uma menina sorridente e alegre que passa a viver em uma tenda depois da morte de sua mãe. Um dia, ela descobriu que vivia próxima à casa dos Souma, os quais têm proximidade muito grande com os doze signos chineses. Só que ela não sabia o que se sucederia após o encontro com essa família, muito menos que eles escondiam um grande segredo.

Devo dizer que o fato desse segredo ter a ver com os doze signos chineses, ainda mais em um ano como 2019, não tem muitas novidades. Tema envolvendo os doze animais foi se tornando um pouco mais comuns, e tem algumas obras o envolvendo, como ETOTAMA e Juuni Taisen. Mas também não digo que é ruim, pois são um tanto criativas no que se propõem (se bem que Juuni Taisen não é tão criativo, mas acho que você entendeu).

O pobre gato excluído de toda a festa por causa do rato.

E outra coisa que também me faz questionar é que, em 2019, mais uma obra, vinda de uma revista shoujo, venha ao ar. E não, não é ruim, tem que vir mais animes assim. Só que tudo tem um PORÉM! Quando eu era mais nova, juro que aceitava as atitudes da Tohru de ser uma menina prendada, sabendo limpar e cozinhar, ou seja, uma perfeita dona de casa. Além do mais, ela é avoada ao extremo, e não consigo ver como uma coisa boa hoje em dia.

Nem Shigure se segurou.

Claro que Tohru tem suas qualidades, nem tudo eu considero ruim como personagem. Ela não é maldosa, e nem maliciosa. É fiel e adora os amigos, tratando-os muito bem. Uma pessoa assim é uma pessoa amada e sempre temos que aceitá-la do jeito que ela é. De vez em quando, Tohru até mesmo diz frases que não apenas os personagens, mas você mesmo passa a refletir sobre o que tem feito.

Sobre a parte do Fanclub do Souma Yuki, eu me impressionei bastante. Na primeira versão, três delas faziam uma aparição muito chata, incluindo dancinhas e tudo o mais. Nesta já aparece a dona dele e explica para o que veio. Acredito que esta nova versão me agrade bastante em pequenos aspectos como esse.

O cabelo da dona do Fã Clube mudou bastante! Acho até que ficou melhor.

E tem outra coisa que eu queria comentar: o fato dos meninos se aproveitarem dos dotes culinários e de limpeza da Tohru, mas nada mais além disso. Pode ser ruim, mas é algo que eles não a obrigam a fazer, apesar de parecer o que Shigure quis dizer. É o que ela pode fazer para “pagar a sua estadia”, além do que a menina se sentiria muito triste se não pudesse ajudar em algo.

Isso tudo até mesmo na hora de Kyou aparecer com toda a sua violência, destruindo o teto justamente onde está o novo quarto de Tohru. Bom, isso foi importante para descobrirmos o segredo da família Souma, apesar de que algumas pistas já tenham sido dadas em certa parte do episódio, que eram os ratos do Yuki. Por isso que ela se afastava das garotas do colégio: para evitar ser abraçado.

Tudo sendo revelado.

Eu gostei da estreia, apesar de algumas coisas que relatei acima, e as mudanças que virão serão para a melhor. Está tudo mais vívido: o cenário, os olhos, e até mesmo os cabelos dos personagens. Espero que seja uma obra que jamais nos esqueceremos.

  1. Há uns 3 anos eu li o mangá e fiquei muito feliz como o novo anime, tá bem bonito. A única coisa que tenho para questionar é com relação ao humor nesse primeiro episódio, eu sei que a história é bem puxada para o drama, mas no 1 capítulo do mangá e na versão anterior tinha alguns momentos bem humorados, que eu senti que eles não captaram muito bem. Ademais continuo ansiosa e feliz pelo novo anime.

    • Olá, Ana Pereira! Obrigada pelo seu comentário.
      O mangá eu li há muitos anos. O primeiro volume eu comprei quando estava em 2005, e não lembro quando terminou de lançar aqui no Brasil, acho que foi em 2010, por aí, se não 2009. Então 10 anos se passaram e não lembro de muitas coisas, apenas partes pontuais.
      Na verdade, eu adorava a versão antiga do anime naquela época, diferentemente de hoje, que tenho várias críticas, mas acontece quando você vai crescendo e mudando a visão de determinadas coisas.
      Entendo a sua frustração perante à comédia do anime, talvez eles tenham colocado em partes que já eram conhecidas e preferiram enxugar o resto.
      Espero que utilizem mais do artifício para fazer com que a história fique mais leve.

  2. Eu meio que gostei, mas também não tanto, dessa configuração da obra. Sei que é um mangá antigo e conheço os clichês do gênero, então entrei com uma mentalidade mais assertiva para essa experiência, e o que percebi foi uma história que trabalha com uma protagonista bastante irreal.

    Ou seja, foi a caracterização da Tohru o fator que mais me incomodou (porque as outras bobeiras são típicas de histórias desses gêneros). Eu acho que é difícil vir a odiá-la, mas me incomodei muito com a maneira com que ela reage a tudo. Não me parece nem um pouco verossímil como ela demonstra ser forte para lidar com todas as tragédias que lhe ocorreram. E pior que isso, foi a forma com que configuraram-na para sofrer diversas mazelas, se tornando uma pobre coitada, para que tenhamos grande pena de sua situação.

    Tudo isso para que o expectador crie dentro de si o desejo de vê-la sair desse buraco de miséria em que se encontrava, recebendo a ajuda bonitões. Ou seja, me pareceu uma construção para fazer nos sentirmos melhores com a ideia de um harém para a garota, podendo viver com bishounens sobrenaturais, como se a história nos dissesse: “olha só pra essa coitada, ela merece morar com esses galãs”.

    Enfim, só queria expor essa minha sensação de incomodo com a configuração do começo dessa história. Achei tudo muito forçado, mas apesar disso, espero que o desenvolvimento do relacionamento dela com os caras seja bacana.

    PS: A questão dela ser uma perfeita dona de casa é algo intrínseco à sociedade japonesa. Mulheres lá crescem acreditando que precisam desses dotes para serem boas esposas (e lembre-se do ano da obra original). Além disso, no caso dela, que precisou a aprendeu a ser mais independente, me pareceu mais verossímil.

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