Quantos animes não lançam por ano com Oda Nobunaga como personagem? E sendo ele aquele que dá título à obra? Nada anormal quando se fala de uma das maiores figuras, senão a maior, da história do Japão.

Mas como reagir quando o protagonista tem o nome da lenda, só não parece alguém que é capaz de grandes feitos? Na verdade, talvez o maior feito seja ele terminar o anime sem ser preso ou arranjar uma namorada. Nem espere o segundo, pois pode ser pedir demais. Enfim, vamos ao artigo?

Um professor nem tão velho nem tão novo, mas solteirão que fica feliz quando uma aluna do colegial diz a ele que o namoraria caso estivesse solteira quando formada não expira muita confiança, né? É o tipo de coisa que espero de alguém covarde demais para ter um caso com uma estudante e sem jeito demais para arrumar uma namorada da sua idade.

Tá na cara que ela tem um tropeço por ele.

Não que seja obrigatório que alguém de sua idade namore, eu mesmo já estou solteiro há muito tempo e devo ficar por muito mais, mas se ele deseja o que o impede? A falta de tato? Hm, acho que sim. Experiência traumática? Hm, acho que não. Ele ser um otaku sem noção que fica feliz quando uma garota surge de um vaso anunciando ser sua esposa? É isso aí!

Por favor! Se isso um dia acontecer com você não reaja feito ele, senão será um sinal de que já está chafurdando no fundo do poço tempo suficiente para achar que esses acontecimentos típicos de anime ocorreriam na vida real. Mas ele é um personagem de anime, né, então darei um desconto.

Enfim, mas não é qualquer mulher aleatória que aparece na frente dele e sim a esposa oficial de seu descendente famoso, Kichou.

Se você já conheceu um pouco da história de Nobunaga com certeza o nome não soa estranho, então até aí “tudo bem”, faz sentido ela aparecer na casa dos descendentes dela mesma, o problema é que o anime tem só 7 minutos, não explica nada, e o protagonista é um…

Mas vamos lá, é um anime curto e a explicação para esse acontecimento sobrenatural não deve ser o relevante. Então, deixando isso de lado, acho engraçada a reação do professor, e também aquilo que ele diz, mas não posso deixar de frisar que foi a atitude de um otaku virjão sem muita noção – apesar dele ter avaliado a situação com calma e precisão.

Quando o Crunchyroll anunciou que transmitiria o anime anunciou também que lançaria a versão sem censura, então, caso você não releve cenas ecchi com uma garota de 14 anos – para os padrões daquela época Kichou já tinha idade para ser esposa – digo que o anime não é para você.

Esse primeiro episódio mal teve disso, mas, e nos próximos? Além disso, outras garotas vão aparecer, o encerramento deixa isso claro. Essa bela história tem tudo para virar um harém daqueles bem clichês. Eu não duvido nada depois de um primeiro episódio “basicão”.

Time is money. Filhos também.

Mas até que eu me diverti, houve um choque cultural entre a Kichou e seu prometido fajuto e duvido que a história de Nobunaga seja explorada do jeito interessante como é recontada em muitos outros animes, mas se não a aproveitarem apenas para o fanservice e os outros personagens foram legais a diversão deve ser possível.

Não que não costume me divertir assistindo animes ecchis igual esse, mas imagino que isso não seja via de regra para todo mundo. Pontos positivos? Quase nenhum, apenas o fato do protagonista não ser um completo insensato, apesar de seu jeitão virjão, e o jeito objetivo da Kichou. Uma garota para os padrões atuais, mas uma mulher para a sua época.

Curti também o que a Kichou fala sobre o casamento. Abre caminho para que o Oda Nobunaga do século XXI a ensine que o relacionamento entre um homem e uma mulher não é uma via de mão única na qual se usa a mulher como ferramenta em benefício do homem, que “procriar” é ainda mais do interesse deles casa tenha um sentimento envolvido.

Ainda que não o amor, pelo menos um tipo de respeito que só poderia ser alcançado devido a imposição da mulher. Não é como se o comum para aquela época fosse a mulher pensar muito diferente da Kichou, né? Como acredito que uma hora ela volta para casa – mesmo que não até o fim do anime –, não acho que seria ruim vê-la com o pensamento diferente do que chegou.

Enfim, assista esse anime por sua conta e risco! Qualquer coisa faça a regra dos três episódios. E não, o Oda Nobunaga do passado não era lolicon, pelo menos não por ter casado com a Kichou. Até mais!

Vamos ver se esse professor será capaz de ensinar a Kichou o que é o amor…

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