O anime da equipe de Arthurs combatendo outros Arthurs voltou, e dessa vez parece que voltou focado em seu plot – será que vai ser assim mesmo?

Na primeira temporada eles receberam uma árdua missão de bater um milhão de guerreiros que empunhavam as várias representações da famosa Excalibur, a fim de salvar a estabilidade do mundo.

O que ocorre no entanto é que ao longo da jornada, o andamento foi lento e despreocupado, onde os Arthurs não se livraram nem de um terço do que deviam eliminar, então o que me diz que nessa temporada o anime pretende mostrar um andamento mais decente em relação a isso? Leiam e vão entender o que pode ser o caminho da solução.

Bem no comecinho, presenciamos uma Danchou se divertindo no meio de um sonho devasso, sem saber que agora estaria sozinha e abandonada por seus companheiros. Ao despertar forçadamente e perceber o problema, ela se desespera e aí que entendemos o motivo por trás de sua situação atual.

A série anterior parou num ponto onde uma nova inimiga se apresentou e arrasou quarteirões com seu poder imenso. Mesmo com uma equipe particular, ela ainda lutou sozinha e praticamente quase não se moveu pra causar a destruição geral, deixando assim o seu nome marcado na memória dos que viram o horror de suas habilidades, Pharsalia.

Quando se deram conta do quão fracos eram, a equipe se dividiu e cada um tomou seu rumo para buscar crescimento, assim deixando Danchou para trás. Todos ainda fizeram o favor de deixar mensagens bem calorosas para sua líder, enfatizando o quanto ela era ruim.

Nessa parte eu confesso que fiquei com pena de Danchou, porque ainda que fosse uma líder incomum e louca nível nem comento, quando se tratava do trabalho ela de fato levava a sério o seu dever e investia o máximo de seu talento nisso.

Ela também serviu durante todo o tempo como um eixo que ligava todos os seus companheiros, mostrando que tinha algum valor como líder. Se formos analisar como eram as relações antes, vemos que apesar de se respeitarem, os Arthurs sempre foram orgulhosos e individualistas, isso atrapalhava a comunicação e andamento das missões – inclusive nos momentos em que cada um se meteu em alguma enrascada, era exatamente por estarem sozinhos e sem um “backup”.

Depois que decide recuperar sua equipe, a chefona recebe uma visitinha de Pharsalia que mostra outro bom elemento do anime. Hangyakusei Million Arthur é uma comédia? É, no entanto ele não se omite de mostrar que o dever dos Arthurs tem um nível de perigo real, e gosto disso.

A fada inimiga vem para debochar do sofrimento de Danchou e ainda por cima a ameaça. A presença dela deixa Danchou e Nuckleavee tensas porque ela pode destruir tudo em segundos, mas ao mesmo tempo aborrece pela ousadia e desrespeito a quem são e o que estão fazendo.

Acho interessante que assim que percebe que sua adversária está apenas a fim de desperdiçar o seu tempo, Danchou joga ela para escanteio e se concentra em sua equipe e seus deveres, mais uma vez mostrando que ela não é uma doida qualquer, ela é uma doida consciente do que a cerca.

Quando parte em sua jornada, o primeiros que encontra são Tekken e Renkin, e a aparição deles mostra o lado dos outros Arthurs. Eles a abandonaram não apenas porque ela era teoricamente ruim, mas porque sentiam vergonha do vexame que passaram quando foram sobrepujados por Pharsalia e queriam aperfeiçoar suas habilidades para desafiá-la novamente – o que apesar de clichê é verdadeiro.

As palavras e ações de Danchou vai movendo o coração de seus parceiros e com isso ela resgata dois deles, faltando os outros três. Outro elemento interessante que esse início já trouxe é a limitação do poder do grupo principal em relação aos outros possuidores da Excalibur.

Ao encontrar o maluco com a arma dos mísseis, os protagonistas tem um trabalho danado para contê-lo, sendo Renkin e Bodach as responsáveis pela vitória com a sua inteligência e percepção aguçada.

Isso evidencia que existem outros inimigos por aí tão perigosos quanto e se os heróis não se alinharem e melhorarem, seu objetivo vai pelo ralo – se dar conta de um mísero oponente está ruim, Pharsalia é um sonho distante e que é melhor permanecer adormecido.

Gostei que a história já se moveu para usar um novo elemento, a fusão entre a fada e seu “dono”, truque descoberto por Renkin, para amplificar o poder individual dos Arthurs. Essa possibilidade me deixa curioso para ver o que vão trazer do jogo e como vai funcionar para o grupo.

A nossa líder incompetente e carismática está na ativa, com uma maior determinação e quem sabe novos poderes. A sua equipe também está evoluindo e os próximos na lista de resgate são Kakka e Rurou, ou seja, o anime segue uma ordem de aproximação óbvia – já vi que Yamaneko pode dar trabalho.

Enfim, Hangyakusei Million Arthur está de volta com o melhor que tem a oferecer. Para quem aguardava esse retorno, a diversão é garantida, para os que não, façam o teste.

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