Esse episódio foi melhor do que eu esperava, pois apesar da explicação para as coisas ser só teoria, o raciocínio apresentado foi interessante. Além disso, não é todo dia que vemos uma tsundere tão fofa quanto compreensiva, alguém com quem se pode socializar normalmente e que tem um motivo para estar no meio da história que não seja só pelo estereótipo. Vamos ao dispositivo que cria dimensões?

Pode parecer besteira, mas testar um dispositivo “mágico” é a atitude mais lógica que o adolescente Takuya poderia tomar. Se ele compartilhasse isso com a madrasta poderia colocá-la em perigo, além de que o teorema foi mandado pelo pai para ele. Era seu desejo confiar seu uso para o filho. Então é normal que ele teste para entender como funciona e também ter consciência dos efeitos colaterais.

Esse dispositivo é capaz de gerar dimensões paralelas que alteram eventos recentes de acordo com a vontade de quem o usa, mantendo também o que o usuário leva consigo. Isso é lógico, se pensarmos que ele foi para outra dimensão, mas manteve-se vestido e deve permitir que ele o use com a pessoa com a qual estiver em contato no momento da ativação.

Garoto não tem jeito mesmo, tem que ficar testando o brinquedinho novo até dar uma dor…

O efeito colateral ser uma dor de cabeça faz sentido, não é como se algo assim não fosse exigir do cérebro humano, né? Mas quero ver como isso vai afetar o Takuya com o tempo, pois ele vai usar até a exaustão. Isso sempre ocorre nesse tipo de série.

O que eu mais gostei disso tudo foi que pelo menos tentaram explicar algo, ainda que sem uma base científica como há em Steins;Gate. Já foi o suficiente para o público se situar, saber que não é viagem no tempo, mas sim um salto para uma outra dimensão gerada devido ao uso do dispositivo; que bom que esclareceram.

O que de estranho ocorre na região só serviu para reforçar que há algo misterioso acontecendo naquela cidade, sobre isso nem tenho tanto o que comentar. Prefiro falar da Shimazu – que ela foi uma personagem bem simpática e interessante nesse episódio, mesmo que seja tsundere.

Não fique envergonhada se eu te disser que você foi a melhor garota, viu?

Aliás, o fato dela ser tsundere teria passado batido não fosse a descrição da personagem e o primeiro episódio, pois ela novamente se mostrou capaz de conversar normalmente e, apesar de ter interesse no filho, ficou claro que o interesse dela nas pesquisas do pai é bem mais profundo.

Ela não é apenas um rostinho bonito de nariz empinado por ser filha do Prefeito, a menina se interessa pelos assuntos dos quais a trama bebe, e deverá ajudar o Arima a entender o que está acontecendo na cidade deles.

Não posso garantir o mesmo da Kanna, não pelo que foi mostrado dela nos primeiros episódios, mas a personagem se mantém bem fiel à descrição e ajuda a manter o tom de mistério da obra.

Vai ser decepcionante se a rota dela não for o oposto do que ela é agora.

Ela não é para simpatizar, não ainda ao menos, então vou dar um desconto, mas espero que seja aprofundada e que o que ela esconde contribua para o plot geral. Que, aliás, não sei exatamente qual é, mas seria a existência do mundo paralelo “ideal” que o pai do menino alcançou e quer que seu filho encontre?

Enfim, toda a interação entre os dois integrantes do clube e o protagonista foi bacana, uma maneira eficaz de desenvolver a trama nesse primeiro momento mais de descobertas que certezas. De testes e falhas.

A situação que fecha o episódio tem suas forçações de barra, mas também foi boa para dar um bom exemplo de que pular para mundos paralelos não é garantia de que tudo será resolvido, né.

Shimazu é um bom partido. Literalmente? Não tenho certeza, mas, né…

Foi bem desnecessário, tosco mesmo, eles quererem se aproveitar da mulher na frente do garoto, só que em compensação ele ter fracassado em todas as três chances foi legal. Não é porque se cria uma dimensão paralela na qual ele ainda não perdeu que significa que isso não vai rolar.

Ele carece de um pouco mais de esperteza para usar a conveniência do dispositivo, e de preparo físico se for entrar em uma luta.

Você reparou que na segunda repetição, na terceira falha, em que entra com a lambreta, a madrasta já tinha tido a camisa rasgada? Ele deve ter demorado um pouco mais para adentrar com o veículo e a situação progrediu sem grandes diferenças tendo ou mão ele.

Isso me deu a impressão de que não deve demorar para vermos saltos nos quais o mundo paralelo criado apresente uns detalhes de maneiras diferente do imaginado por ele.

Resumindo, nem sempre ele mudará exatamente o que ele quer. E nem é exatamente “mudar”, nem sempre tudo vai ser tão conveniente para que ele mude ou não só o que quer.

Espero que em algum momento a situação saia do controle, mas, diferente do que ocorreu com a aparição do subordinado, pois, acho que isso teria rolado antes se ele não tivesse usado o dispositivo mais cedo do que quando caiu com a lambreta. Enfim, a situação foi interessante.

O que esperar agora de YU-NO? Que o problema se resolva já que ficou 3 contra 2? Não exatamente, ao menos não exatamente por isso. Mas sim, eles sairão dessa enrascada e o que sobra de momento é o Monte. Eles precisam investigar mais sobre o Monte evitando que o Prefeito permita que mexam com o lugar. Isso pode não ser assim tão fácil, mas é necessário.

Na verdade, duvido que os tais raios amarelos permitam que algo seja destruído ali, mas, vamos acreditar que os humanos também farão algo, okay? Aliás, isso até deve ir destrinchando o “grande mistério” que cerca a Kanna.

A YU-NO não apareceu, mas não fez falta, não quando a Shimazu foi uma personagem tão boa, fofa, com a cabeça no lugar, prestativa e com muitas chances de ser mais útil do que seria se fosse apenas o estereótipo.

Shimazu está solicitando o título de best girl do anime até o momento. Você o concederia a ela?

YU-NO está legal, nada espetacular, mas longe de ser ruim também. Repito, se trata da adaptação de uma visual novel eroge, então vou dar um desconto para um rasgão de roupa feminina sem qualquer necessidade. Não indo além desses detalhes, ao menos não sem um bom motivo, não reclamo tanto.

E, por favor, que o dorama que a moça estava vendo não tenha aparecido com aquela cena de modo proposital para indicar que vai existir algum enlace amoroso entre o Takuya e a Ayumi.

A história não parece precisar disso. Devo entender se quiserem forçar cenas de comédia romântica, só espero que não tentem levar isso a sério. Enfim, que o dispositivo não crie um mundo paralelo sem o episódio 3!

Faço parte do clube de ver YU-NO para comentá-lo semanalmente aqui no Anime21! E você?

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