Depois de rodarem por vários planetas do nosso sistema solar modificando tudo e se meterem em confusões em Odwarla, já era hora da nossa dupla dinâmica tirar um descanso básico. Para isso, nada melhor que um lugar onde se tem termas em toda a parte, aproveitando essa oportunidade clichê para deixar que nossos protagonistas brilhem do jeito que sabem.

No último episódio tivemos a revelação de Yang e esse aproveitou o gancho apenas para reforçar a obsessão do mafioso com Robi, fazendo uma participação relâmpago dessa vez. De início estava torcendo pelo encontro dos dois para ver no que ia dar juntando essa nova “química” e o fanservice do lugar, mas não deu – ainda sim o episódio conseguiu ser bem bacana mesmo sem o Yang.

A chegada em Haccone trouxe vários elementos interessantes para o desenvolvimento dessa obra e espero que eles não tenham sido em vão. Assim que chegam os protagonistas descobrem que tem um portal hiperdimensional que direciona para Isekandar e com isso já abre a possibilidade de eles chegarem lá até antes dos episódios finais, dando uma chance para explorar alguma situação por lá – o que seria bem legal, então vejamos no que dá.

Não tendo condições de avançar sem uma liberação e ainda sabendo que ali é uma zona de termas, Robi decide fazer uma pausa para curtir o ambiente e as garotas. Dessa pausa, o anime nos traz uma referência do TripAdvisor com o site de pesquisa de Hachi – que continua metódico nas buscas pelo melhor lugar – e uma observação sobre a situação dele que está nublada ainda.

Conversando com Ikku, o garoto divaga sobre a impossibilidade de ele retornar ao planeta Terra nesse momento. Deu para perceber que nesse caso a restrição não parte dos terráqueos, mas sim dele, ficando implícito que existe algum problema envolvendo sua terra natal e provavelmente sua família – isso reforça minha teoria de que ele deva ter alguma posição de importância e influência no planeta.

Uma das coisas que gostei no episódio foi a posição de protagonismo maior que foi dada a Hachi, uma vez que normalmente Robi ocupa a maior parte do tempo nos holofotes e tem ações mais relevantes para o que acontece. Dessa vez o jovem foi mais ativo e inclusive foi quem resolveu o caso do passaporte que precisavam para pegar o portal.

Enquanto aproveitavam o banho, ele prestou atenção numa conversa que citava um certo líder mafioso que comandava praticamente tudo em Haccone e isso o leva a se mover pela curiosidade e necessidade – o que não acontece com seu parceiro que fica inerte boa parte do tempo.

Com as peças se juntando e eles se aproximando da verdade sobre o suposto líder perigoso de se aproximar, mas também dito amoroso, a direção nos joga um acontecimento muito bacana na resolução do problema. Para quem já sabe, muitas vezes os animes fazem referências um ao outro sem necessariamente criar um envolvimento entre eles e aqui não é o que acontece.

O Studio Comet e Shinji Takamatsu decidem bancar a UCM e fazem um crossover entre RobiHachi e Binan Koukou Chikyuu Bouei-bu, nos revelando como o famigerado mafioso, o fofíssimo e estranho Wombat. Ele acaba não só ajudando o nosso trio, como ainda dá aquela dose que só ele sabe dar de poder do amor – levando a uma cena bem engraçada e estranha, porque os personagens pareciam estar no cio enquanto falavam entre si.

A presença do Wombat nesse universo é interessante não só pelo evento em si, mas principalmente pela idealização geral da coisa, que envolve o fato do estúdio e do diretor estarem participando dos dois projetos e principalmente, por terem escolhido de forma meticulosa um personagem de um anime relativamente espacial para aparecer em um outro de mesmo tema.

RobiHachi lida com a ideia de viagem pelo universo, ou seja, eventualmente eles poderiam encontrar qualquer personagem desse universo Comet/Takamatsu que estivesse no alcance deles, assim como foi com o mascote e eu acho que seria uma ideia fantástica de se usar – desde que não comprometesse o plot -, mas acho que não vai rolar.

No final dessa aventura eles conseguem acessar o portal, mas não sem antes descobrir que passaram por todos os apertos para nada, já que quem ia para Isekandar tinha passe livre e eles não sabiam porque não explicaram direito para o balconista.

Eles partem então e a saga continua, mas esse trecho simples, junto com o que Yang fala no comecinho do episódio, já ativaram minha mente mais uma vez, me fazendo pensar o porque de Isekandar ser tão fantástica, bem divulgada e acessível a todos sem nenhuma restrição. O que é afinal esse lugar? Ele é uma El Dorado como eu penso? Será que no próximo episódio eles vão chegar lá mesmo ou apenas perto?

Enfim, RobiHachi lançou pistas sobre o mistério que envolve Hachi e a Terra, além de outras curiosidades sobre a nebulosa e popular Isekandar, então espero que a partir dessa metade – mesmo com a série focando na comédia – essas questões começem a se resolver e encaminhem bem esse anime que está simples mas divertido.

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