Se eu dissesse que a Shimazu tem orelhas pontudas e veio de outra dimensão você acreditaria? Acho que independentemente da bizarrice, um otaku vacinado acreditaria ser possível, porque vira e mexe isso ocorre em mangás e animes e dessa vez pode não ser assim tão diferente.

Mas relaxa que com a tsundere gente boa tá tudo certo, ao menos até agora. O título foi só para brincar um pouco? Sim, se alguém tiver que ter 400 anos nessa história não será o Takuya, mas talvez a YU-NO? Ou a mãe dele?

Se é após acordar que a história do protagonista é para valer, a fala o kouhai não pode ser esquecida, pois na casa do Ryuzoji a ideia de que existe uma entrada para um mundo paralelo, ou algo assim, se torna aberrante. E tudo isso parece ter haver com uma “maldição” que, se eu não estiver errado, é o que rola com as obras da Geotech. É isso mesmo?

Sim, a tal entrada vai abrir, ou já abriu, sei lá.

Enfim, esperava um episódio de repeteco chato, e o que eu tive? Um episódio bem estranho e interessante. Houveram pequenas alterações e isso ficou claro, o legal foi que não ficaram só repetindo coisas, mas abordaram o que não tinha ocorrido antes.

Acho que a única coisa que ainda me desagradou nesse episódio foi que a Kanna continua não sendo interessante e nem deram mais nenhuma boa pista sobre os seus objetivos. Sim, o velho que aponta uma arma para um adolescente “fede”, e isso agrega algo a trama?

Se pensarmos que deu uma pista de que ela é um Tanjiro das conspirações – é sério, veja Kimetsu no Yaiba, é bem melhor que YU-NO que nem está exatamente ruim – não foi inútil, somando isso a sua “interação suspeita” com o velho no hotel só aumenta a certeza de que ela sabe mais do que aparenta para os colegas e que quer algo na história, algo grande, tipo se livrar das garras do Ryuzoji e voltar para o seu tempo e era?

A Kanna não gosta do cheiro de tiozão, eu tô errado?

Não sei, mas pode ser o caso se ela tiver alguma habilidade sensitiva fora do comum. Se ela falou do cheiro é porque tem literalmente a capacidade de sentir cheiros e daí dizer o que as pessoas são? Será? Não descarto essa possibilidade. Isso até reforçaria a impressão que ficou de que o Ryuzoji é outra coisa.

Enfim, voltando a garota, em 7 episódio ela é um poço de mistérios, espero que ao menos valham o nosso tempo quando forem relevados. Antes da ida a casa do velho que fede aparece a detetive e o fato de terem comentado sobre ela pouco antes deixa na cara que a ruiva é a Miss Holmes.

Lembra que ela apareceu na ida do Takuya para o primeiro “encontro” dele com a jornalista picareta? Isso é de alguma forma relevante para o plot? Não, só serviu para mostrar que ela está de olho no garoto.

Oi detetive-chan, como vai você?

Agora o que foi estranho e digno de nota mesmo nesse episódio foi a tapeçaria, algo alegórico que se torna literal se você pensar apenas no que ocorre na cena retratada e não como. Pelo menos é o que parece. Além de ter aquele depósito suspeito.

Estaria lá a entrada para uma outra dimensão, e ela só pode ser acessada por quem possui o dispositivo? Por isso o velho quer pegá-lo do Takuya? E nem só de objetos vêm a sensação de que a mansão é sinistra, afinal, se o objeto de estudo do Ryuzoji são as pessoas, quais seriam minhas chances de ganhar alguma coisa se eu apostasse que ele usou a própria mãe em seus experimentos ou se não exatamente isso, usou a si mesmo e por isso ela afirma que ele não é mais seu filho?

Aliás, aquele poderzinho no final praticamente confirma tal possibilidade. Eu só não faço ideia de como ele chegou a esse ponto. Mas tenho uma suspeita e, infelizmente, incoerente seria se não houvesse relação. Digo infelizmente, porque Island seguiu por um caminho similar e foi o pior que poderia ser.

Enfim, tudo tem haver, de algum jeito, com esses ciclos de 400 anos pelos quais a humanidade passa. Se não tiver vai ser ainda mais estranho do que será se tiver. Certeza que tem e só espero que não se trate de resetar nada, mas que explique o aparecimento de uma garota “elfa” e o fato da mãe do Takuya ser o mistério que é.

Provavelmente alguém do mesmo povo do qual YU-NO veio? Takuya pegou a própria imouto? Calma aí, né, mas penso que há uma raça que habita no limiar do tempo, onde o pai do Takuya aparentemente está, na tal da árvore citada no episódio anterior e a YU-NO é uma espécie de mensageira do povo dessa dimensão.

A tapeçaria maldita de 400 anos ou mais.

Ela tem a ver com essa entrada que o Takuya deverá abrir para rever o pai e a mãe? Não sei, e nem entendo bem como ciclos de 400 anos se encaixariam nisso, talvez se encaixem porque só a cada 400 anos é que se consegue ver a entrada que parece tudo, menos a entrada para o paraíso? Veremos!

Espero que eu tenha me feito entender, peço desculpas se meus devaneios ficaram um pouco confusos, mas é que esse episódio pareceu tão importante, tão cheio de pequenos detalhes que só não somos capazes de compreender por não ter mais informação, que não consegui evitar divagar um pouco sobre o que me parece e o que costuma ocorrer nesse tipo de anime.

É para tudo estar interligado, para o que parece ser mesmo, mas não é como se tudo fosse ser como eu imagino. A graça desse tipo de história é justamente tentar chegar a uma resposta sem informação suficiente. Fazer uma aposta arriscada, mesmo não sendo infundada, e se deixar surpreender quando se acerta.

Surpreendendo-se também quando se erra, pois duvido, e você deve duvidar também, que tudo será como parece, o que também não significa que será ruim, depende da habilidade de quem está contando a história para surpreender e fazer sentido ao mesmo tempo.

Por um momento pensei que a mãe dele fosse a colega, fui tapeado.

Por fim, agora é o fim mesmo, o pai do garoto pesquisa a imortalidade para jamais se afastar de seu amor? Esse pai só me parece pior a cada episódio que passa, hein! De toda forma, controlar o tempo e assim obter “imortalidade” não me parece desconexo, eu só quero ver exatamente como se relaciona a mundos paralelos, essa menina “elfa” misteriosa e os ciclos de 400 anos.

YU-NO terá que se esforçar para não virar uma bagunça dos infernos, temo que será difícil, pois há muitos elementos que não parecem se conectar tão facilmente, mas vamos ver o que acontece. Faltam 19 episódios, há tempo para fazer essa estranha história fazer sentido.

História que sempre terá cenas que chafurdam no erotismo, mas nem sempre envolvendo uma pessoa e nem sempre vai incomodar. Nesse episódio ela até que foi engraçadinha, e rendeu a imagem da capa deste artigo. Até daqui a 400 alguma coisa!

Que poderzinho mais estranho, hein?

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