Que viver na ilha deserta não está sendo fácil, nós e as protagonistas já sabemos, a questão é até que ponto dá para se permanecer com certos receios e costumes. Esse episódio nos apresenta pouca coisa em termos de conteúdo informativo se comparado aos demais, mas tenta focar um pouco mais nas sensações de Homare e como ela pensa ao lidar com as instáveis companheiras.

Ao longo dos episódios já exibidos, Shion tem sido alvo constante de minhas críticas – que nem são tão pesadas assim – por sua postura sempre negativa em relação as outras e a situação que vive. Apesar de ela ainda “escorregar” mais aqui, vejo que há um esforço bem pequeno escondido que acaba vindo a tona pela didática da líder do grupo.

Acho que depois do que veio presenciando, ela devia ser um pouco mais centrada, mesmo não se acostumando as privações atuais, no entanto ela ainda se comporta como se tivesse empregadas que devem dar o seu melhor naquele lugar para alimentá-la – convenhamos que por mais divertida e simpática que seja a personagem, em uma situação real ela seria um saco de ter por perto.

O que me dá mais pena é Homare mover céus e terra por conta de sua bondade e das exigências da patricinha. Em algum ponto eu gostaria de ver as outras darem um choque mais forte de realidade nela, pois considerando o poço fundo onde estão tais ações não cabem – só que como aqui é uma comédia corrigir ela com algo sério não rolaria.

Falando em Homare, fica mais visível que ela realmente tenta proporcionar o maior conforto possível a todas em cada momento, já que são inexperientes e tem seus medos. Ela reduz o trabalho, busca as melhores opções de comida, é uma verdadeira mãe, expondo até seu bem estar por isso – o que Asuka e Mutsu já respeitam, valorizam e tentam ensinar.

Por passar a maior parte do tempo com seu pai e os aprendizados de sobrevivência, vemos que a líder acaba pensando como um homem despreocupado e que tem dificuldade em analisar e lidar com sentimentos como os das outras garotas comuns, sendo bem curiosa a forma como ela tenta sempre encaixar a sabedoria de seu pai na resolução dos problemas – que nos trouxe a bela filosofia do churrasco.

De modo geral eu senti falta das peripécias de sobrevivência da Homare, acho que só aquela curiosidade sobre a respiração servir como um método para enxergar, junto a biologia rasa da estrela do mar, não sanaram minha ansia pelo conhecimento incomum as vezes duvidoso a cada aventura e que dá o tom divertido e singular que a série tem, além da própria interação entre as meninas perdidas – sendo essa lacuna a razão pela qual não fiz o Manual da Homare essa semana.

Apesar disso, no final fico satisfeito por ver que Homare está conseguindo melhorar o grupo, além da comunicação e a união delas também estar se desenvolvendo de uma forma bacana. Outro fator positivo é a Shion ter dado uns passos para se melhorar, após ver o esforço enorme e silencioso que estava sendo feito por ela, ou se não foi esse o caso, ao menos conseguiu ser prestativa e sobrepor a dificuldade.

A última questão abordada e que fica agora para o próximo episódio, é o que acontecerá ao grupo quando enfrentarem o eminente encontro com o coelho, que já foi encaminhado antes e continua trabalhando as fragilidades das garotas quanto ao seu senso de emergência e suas concepções do que é certo ou não de se fazer a animais fofos e inocentes – mesmo com sua sobrevivência em jogo.

Por hoje é só “minna-san”, agradeço a quem leu e até a próxima sobreviventes!

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