E aí minha gente! Depois de estudar as possibilidades, decidi adicionar ao meu seleto grupo de obras malucas, o divertido HenSuki. Sendo honesto eu admito que não esperava muito da obra e nem sabia ao certo do que se tratava – mesmo ciente que tinha algo a ver com gente pervertida e um romance pelo meio.

De todo modo saí satisfeito com o que vi até aqui e decidi trazer em segunda mão – porque a primeira foi do meu parceiro Kakeru17 -, o meu entendimento das loucuras que estão acontecendo com o pobre Keiki.

Depois de almejar uma namorada e acabar ganhando a calcinha da Cinderela, o protagonista começa gradualmente a ser cercado por uma gama tensa de garotas lindas e igualmente desequilibradas. No geral eu imaginava todas pervertidas, mas sem uma diferenciação clara de fetiches e coisas do tipo.

Apesar de não ser grande coisa, acho interessante a ideia do anime de trabalhar as personalidades de cada uma em três tempos. Notem que a cada episódio elas “se apresentam”, Keiki repuxa da memória como conheceu cada uma, depois vem o encontro, ele fica com uma boa impressão e aí quando pensa que chegou a hora da glória, elas cagam tudo na maior.

Em um certo grau, essa tática consegue montar o campo para o momento de surpresa – que sempre me diverte por ser uma bizarrice atrás da outra, nenhuma saudável -, e ainda ajuda a simpatizar um pouco mais com o sentimento que cada uma carrega em relação ao Keiki.

Realmente essa coisa do “me apaixonei porque ele foi gentil uma vez”, não convence e já tá bem batido no gênero, porém o anime faz um certo esforço para mostrar que isso teve um pouquinho mais de tempo para se desenvolver – e de fato vemos que o garoto cria a primeira oportunidade, e depois desenrola o convívio com todas.

Apesar de ser bem tapado, o protagonista é naturalmente gente boa e me faz querer torcer para que ele se dê bem algum dia, mas não não nego que me divirto com ele chafurdando na lama pela sua tolice, afobamento e por causa das suas pretendidas.

Por sinal, o estado de confusão mental dele em relação a elas, é um elemento legal, pois ao passo que atraem pelo seu físico e jeito quando normais, conseguem repelir com suas insanidades naturais – não ficando só no clichê do “virjão” que tenta salvar sua virtude e rejeita as “waifus” perfeitas.

Quanto as garotas, gosto de todas até agora e não tenho queixas com aquela que sair vitoriosa do confronto – exceto a irmã boazinha, que está já meio que se inserindo discretamente. A Sayuki é uma masoquista pesada, a Yuika uma sadista cara de pau, e a Nanjou uma fujoshi fingida. Nessa estranheza, é divertido ver que além do interesse em Keiki, e do espírito chantagista e mercenário, o trio tem outros elementos em comum e que tornam toda a interação entre eles mais fluida e bacana.

Ao longo dos episódios, nos rápidos momentos de “desentendimento” entre algum deles, dá para perceber que todas também sabem ser compreensivas, conselheiras e parceiras, mesmo estando em uma condição de disputa. Acredito que essa relação saudável de amigas e rivais, é proveniente do bem real que desejam a aquele de que gostam mesmo brincando com ele – e gosto dessa mensagem escondida nas ações mais sóbrias delas.

Sinceramente, a Sayuki e a Yuika romanticamente são uma certeza, mas a Nanjou ainda parece ser incerta entre o desejo BL e seus próprios sentimentos – o que deve mudar mais a frente. No entanto, nenhuma delas demonstra algo em relação ao mistério, abrindo a hipótese da imouto ser a dona da calcinha, justamente pela questão de ser no momento o ponto fora da curva, talvez.

Bom, por mim ela fica no zero a zero, prefiro a sugestão da fujoshi: o Shoma! Olha, entre o rapaz e a irmã sonsa, eu prefiro ele disparado pronto falei. Apesar de pouco explorado e seguidor da fé lolicon convicto, ele é um irmãozão para o Keiki e também tem sua importância nessa história de pervertidos sem nexo.

Resumindo essa salada, as candidatas a Cinderela são uma droga, e acho que agora virou mais uma questão de avaliar qual delas é a menos pior – coitado do protagonista. Falando em pior, a animação é tensa embora passável, porém nada me incomoda mais visualmente, que aqueles planos e perspectivas das cenas.

Que angulações horríveis, chega dá nervoso em alguns trechos, fora que perdem o senso de proporção e movimento nelas. Enfim, não vou me ater a isso nos episódios, até porque a tendência não é melhorar, então nem vale a pena.

Ao fim do episódio 4, ficamos com um gancho de mais uma ameaça fotográfica, mas quem será dessa vez? Já não tem gente insana o suficiente nesse time? Que venham mais, porque eu estou adorando ver esse clube se tornando um antro de perturbados fetichistas – não me julguem.

Agradeço a quem leu e até o próximo artigo desse conto que não tem nada de fadas!

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