Nanatsu no Taizai é um dos battle shounens mais populares da atualidade, tendo o status de grande pilar da Shounen Magazine Semanal – casa de outras obras de sucesso como Fairy Tail, Love Hina, Koe no Katachi, etc – e se estabelecendo como uma franquia que consegue emplacar desde mangás e novels spin-offs a peças de teatro, jogos, filme para o cinema e anime para a televisão – tendo sua segunda temporada em exibição no momento. E é exatamente sobre o anime que eu vou falar agora.

Um diferencial de Nanatsu é que todos os seus protagonistas já são adultos – tirando a Elizabeth que ainda tem por volta de 16 anos – e, ao menos os Sete Pecados Capitais, têm passados nebulosos, os quais envolvem crimes – mesmo muitas vezes não sendo bem o que parece – e segredos que não são deixados de lado, sendo explorados ao longo da obra e se tornando peças importantes para o plot.

A história acompanha Elizabeth, a princesa que partiu em uma busca para encontrar os Sete Pecados Capitais, e Meliodas, o capitão da então desarticulada ordem de cavaleiros mais poderosa de Liones, justamente os Sete Pecados Capitais. E é na jornada para reunir esses guerreiros e salvar Liones do que lhe ameaça que a história se desenvolve, sacando mão de novos mocinhos e vilões, assim como de revelações sobre o passado dos heróis e de toda uma trama cheia de reviravoltas e que parece ser ainda mais profunda. É um misto de ação com aventura em um mundo de fantasia que remete a Grã-Bretanha dos contos épicos, já que toda a história tem uma forte inspiração nas Crônicas do Rei Arthur, mas usa mais de nomes e detalhes delas, não mantendo fidelidade aos acontecimentos.

Se você procura um bom anime que segue sim os clichês dos battle shounens, mas sabe demonstrar personalidade e certa criatividade em alguns momentos de ação e emoção eu diria que Nanatsu no Taizai é para você. Só indico que não seja muito exigente, até para assim poder se surpreender com os melhores momentos que o anime pode proporcionar. A história dos Sete Pecados Capitais fala de erros cometidos e estigmas do passado, mas principalmente da capacidade de superar os problemas para encontrar a felicidade que as pessoas têm que ter, de aproveitar segundas chances e de lutar em prol daquilo que se acredita e para proteger aquilo que se ama. É uma história bonita e divertida, alto astral e cheia de momentos belos e marcantes, cujo maior pecado é não dar uma chance a ela.

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