Um anime cheio de referências musicais para vocês! Mas não posso dizer apenas isso. Piano no Mori é um anime feito de sentimentos, e muitas delas são transmitidas através das músicas que são tocadas.

Piano no Mori é a segunda adaptação de um mangá com o mesmo nome, sendo ele chamado “A Floresta do Piano: O Mundo Perfeito de Kai”. Em 21 de julho de 2007 também foi feita uma adaptação, porém em formato de filme. O mangá foi feito por Isshiki Makoto desde 5 de agosto de 1998 até 5 de novembro de 2015, sendo publicado na revista Morning, a mesma revista Seinen que publica Vagabond.

A história retrata a vida de dois garotos: Ichinose Kai, que é filho de uma prostituta, mora na fronteira da floresta e ainda toca um piano que foi abandonado no meio da mesma floresta, e Amamiya Shuuhei, um garoto que nasceu para tocar piano, pois toca desde criança e faz parte de uma família de pianistas prestigiosos. Um menino pobre e outro rico. O piano acabou os unindo através de uma bela história de amizade.

O primeiro episódio já começa com referências musicais, e até mesmo a apresentação da composição é feita. Tudo começa com Ichinose Kai em uma competição, tocando uma das composições de Frédéric Chopin: Estudo(Étude) Opus 10, número 1.
Mas o que diabos essa composição quer dizer? O modo com que Kai toca faz entender um pouco. Na verdade, esta composição é nada mais, nada menos, que um estudo dos arpejos (quando uma nota é tocada uma atrás da outra) de um piano. Com isso, até mesmo recebeu o nome de “Estudo Queda d’Água (La cascade)”, pois o movimento é feito como se fosse de uma cascata caindo.

Outra música que foi tocada (e bastante, por assim dizer) foi “Little Brown Jug”, uma música do compositor Joseph Eastburn Winner, a qual foi conhecida por ser “Música de Manguaça”. No anime ela foi tocada em uma das horas quem que Kai foi bastante insultado pelo valentão da sala, assim como ele também o insultou. Ser filho de prostituta o faz ser alvo de chacota muitas vezes para os garotos, e isso acabou sendo motivo para uma briga.

Tó aí uma música de bebedeira pra te animar.

Shuuhei é um garoto que foi transferido, então queria se enturmar com alguém. O problema de crianças é que elas são maldosas, e se alguém não completar tais condições impostas por elas, você vai ser excluído para sempre. A condição pedida pelos garotos foi completamente vexatória para o menino, principalmente porque ele não consegue tocar o piano abandonado na floresta, assim como Kai consegue.

Além disso, a história também se estende a outro background. O piano abandonado na floresta era, na verdade, do professor de piano deles na escola. Ele já foi premiadíssimo e muito reconhecido, mas por conta de um acidente não o toca mais. O dom de tocar aquele instrumento foi passado para Kai, impossibilitando-o de ter a mesma sensação de antes.

O que me incomodou um pouco foi o uso de Computação Gráfica em certas cenas, principalmente quando Ichinose toca piano, mas como atualmente isso é de praxe, não tem como reclamar, só sentir o coração chorar, mesmo.

Muito obrigada por lerem este artigo!

  1. Este primeiro episódio de Piano no Mori Tv foi bom. A forma como o episódio foi organizado foi óptima para quem não viu o filme de Piano no Mori feito pelo estúdio Madhouse em 2007. A cena de introdução do episódio com o Kai já mais velho a tocar uma peça de Frédéric Chopin (esta cena poderia ter ficado muito superior se não fosse o CG obsoleto) foi boa (mais na parte auditiva, do que na parte da animação).
    Antes de passar mesmo ao resto do episódio, tenho que fazer um reparo na qualidade da animação. Eu já vi e revi imensas vezes o filme de Piano no Mori da Madhouse e sempre gostei do char design e dos backgrounds do mesmo. Foi um choque ver que a versão para tv feira pelo estúdio Gainax Fukushima, estar pior que as animações de uma década atrás, mas ao menos o núcleo da história continua bom.
    Passando ao episódio, eu sempre gostei da história do Kai e da sua mãe Reiko. Quando via o filme, eu sempre ficava revoltado, com a maldade das crianças da escola do Kai, eu acho errado errado a forma como os outros meninos, tratavam o Kai. Uma coisa é ofender o Kai, a outra é ofender a mãe do mesmo (para mim, foi um choque cada vez que aquele menino mais forte (Daigaku) chamava a mãe do Kai de prostituta e nunca era repreendido pelos professores). A mãe do Kai (Reiko), tanto no filme, como neste primeiro episódio sempre se demonstrou muito simpática, como ela foi mãe muito jovem, ela se parece muito como uma irmã do Kai (isso deu para notar neste primeiro episódio, onde o Kai chamava a mãe de Reiko, em vez de okasa).
    Fazendo um pequeno reparo, achei meio forçado aquela cena das pressões do Daigaku para com o o Shuuhei. No filme ficou implícito que o Shuuhei teve que mostrar “aquilo” ao Daigaku como praxe de não ter conseguido tocar o piano da floresta. Já neste primeiro episódio, o Shuuhei teve que mostrar mesmo, e eu achei isso desnecessário. Outra coisa que este episódio mostrou de forma desnecessário, foi a expressão repugnante da proxeneta da Reiko, quem conhece minimamente a história já sabe que a mãe do Kai é um prostituta e que trabalha no distrito da luz vermelha, não é necessário estar sempre a mostrar pequenos detalhes daquilo que a Reiko faz para sobreviver e educar o seu filho. Mas nem tudo foi mau, fiquei muito contente, de terem cortado aquela parte asquerosa do filme, onde o Shuuhei dá um encontrão num vagabundo bon vivant e o mesmo tenta extorquir um milhão de ienes ao Shuuhei e a mãe do Kai tem que intervir.
    Falando um pouco do Shuuhei, ele pode ser filho de um pianista de renome e sofre com a pressão de se tornar o próximo pianista de renome da família, ele é apenas uma criança. Como o Shuuhei vem de uma família de posses, pode parecer improvável que ele fosse fazer uma amizade de uma vida com o Kai que está na parte baixa da sociedade, mas aquele momento do Kai a tocar o misterioso piano da floresta foi o momento que selou a amizade e rivalidade dos dois. A relação de amizade entre o Kai e o Shuuhei é um dos pontos fortes da história.
    Não esquecendo da história do professor de música, achei interessante como o estúdio condensou o arco dele, de uma forma que não ficou destoante nem curta. O drama do professor era uma engrenagem para o empurrar a encontrar o talento do Kai e moldá-lo e nisso este primeiro episódio esteve bem.
    Falando um pouco da parte técnica e dublagem, a animação de forma geral poderia estar muito superior (como se quer ver, nos dias de hoje), mas não esteve tão má como eu pensava que seria (mas aquelas partes em CG desanimaram-me um pouco, eu que já vi Shigatsu Kimi no Uso, Nodame Cantabile e até mesmo Hibike Euphonium, foi doloroso ver o Kai tocar piano em quase full CG). A dublagem ficou razoável, fiquei feliz que conseguiram manter alguns dos seiyuus do filme (como a Maya Sakamoto a dar voz à Reiko).
    Antes de terminar, a ending desta versão tv é linda, O meu lado nostálgico ficou agitado, quando vi a última imagem da ending, com o Kai, o Shuuhei e os outros rivais mais velhos.
    Já fazia tempo que não comentava um artigo teu Tamao-chan.
    Obrigado pelas primeiras impressões de Piano no Mori Tamao-chan.

    • Oi, Kondou-san!
      Há quanto tempo mesmo eu não via um comentário seu! Ahahahahha
      Então, Piano no Mori, para mim, foi bem legal. Uma pena eu não ter assistido ao filme antes. Acredito que, para ficar mais por dentro da história, eu deveria tê-lo feito, mas gostei do que vi no anime (tirando o CG).
      Para mim, a cena do Shuuhei mostrando as “partes” dele foram implícitas, já que antes o Kai falou que conseguia tocar para os valentões, e o próprio Shuuhei ficaria encarregado de mostrá-los o piano na floresta. Então pude deduzir que ele mostrou que não conseguia tocar e teve que mostrar do mesmo jeito.
      O que mais gostei do anime foi a parte musical (lógico, já que é sobre Piano lol), porque a história em si precisa ser mais desenvolvida, assim como a animação. Eu dei oito no primeiro episódio (4 estrelas) por causa disso, porque se fosse por causa dos personagens, que me pareceram bem cruéis, ou pela animação, que não costumo ligar muito, mas estava muito feia, eu daria bem menos.
      A história mais legal ali foi a do professor de música, e creio que ela acabe se desenvolvendo cada vez mais, e isso é justificável, já que Kai é visto como alguém de sucesso quando mais velho, e acredito que vá tomar lugar do professor.
      Muito obrigada pelo comentário! 😀

      • Eu recomendo muito o filme da Madhouse, mas o anime tv está a fazer um bom trabalho e levará a história e o desenvolvimento das personagens mais além.
        A parte musical, sem dúvida será o magnum opus de Piano no Mori, o que falha na animação é compensado pela música.
        Ansioso pelo artigo de«o segundo episódio de Piano no Mori.

  2. Nem vou me intrometer nas brilhantes intervenções do K-San e da Tamao (saudades de nossa conversas em Kuzu no Honkai) . Bem vcs me convenceram é mais um anime na lista para acompanhar…E o que este pobre comentarista tem a oferecer…
    Bem é um anime com selo NHK como conhecida nos meios de midia japonesa como “a toda poderosa” então tem de ser caprichado, orçamento não é problema e vai que vai!

    • Eu também sinto saudades das nossas conversas em Kuzu no Honkai, eu nem gostei muito do anime, mas via-o apenas para comentar os artigos deles (quem sabe, se este ano não sai um anime mesmo bom (já temos Megalo Box e Hisone to Misotan) que nos gere excelentes conversas).
      Quanto a Piano no Mori, eu não lhe queria estragar a motivação para o ver, mas a animação está bem debilitada, em certos momentos a mesma, parece tido sido feita por um designer amador. Mas o que peca na animação compensa na história mais adulta (como é típico nos animes com selo da NHK) e a música é o ponto forte do anime.

      • Pode ser a animação, que pode ser, digamos, mediocre, mas tudo que tem selo NHK pode contar é para exportação…Alias teve uma mini série da NHK só com escritoras mulheres (cazzo! não me lembro o nome da série agora) só o episódio 3 é hilariante (eu já recomendei aqui para a mulherada)!!! Mas fica o registro quando a NHK entra no jogo, não espere coisas fofinhas ou traps para comprar porcarias de pokemons ou o que seja, é drama, é sério e vale a pena acompanhar…Nos vemos nesse e nos outros agora que tá bem legal essa temporada!

      • De tantos animes sérios que já vi, a maioria deles é da NHK. Sangatsu no Lion (que a Tamao-chan fez artigos excepcionais sobre as duas temporadas do mesmo), Planetes, Seirei no Moribito e Kemono no Souja Erin, foram os animes com selo da NHK que mais marcaram a minha curta jornada a acompanhar anime. Do pouco que conheço do seu gosto (que é excelente, diga-se de passagem), Seirei no Moribito, Sangatsu no Lion e Kemono no Souja Erin são excelentes recomendações que lhe posso fazer.

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