Em Fruits Basket se trata de relações humanas, podendo eles envolver amor ou não. No caso de Tohru, ela enxerga as outras pessoas com inocência, e até mesmo nem se importa quando tiram sarro dela. Não porque a menina não entendeu que foi uma brincadeira de mau gosto, mas porque não vê desse jeito, ou então não quer ver desse jeito.

Tohru é uma menina que guarda a dor da perda em seu peito, porém não deixa se abater, e o sorriso que mostra às outras pessoas é para mostrar o quão forte é de continuar. A família Souma, que por enquanto só apareceu Yuki, Shigure e Kyou, dá todo o suporte necessário para que ela não viva só.

Porém, as pessoas que Tohru enxerga como sendo apenas amigas, podem estar querendo demonstrar outro tipo de sentimento além da amizade. Embora eu já tenha lido o mangá inteiro, é importante não dar spoilers e fazer com que as pessoas percebam o que vai acontecer durante a trama.

Após de ter transformado todos em animais, Tohru tomou um susto muito grande. Logicamente que ela não esperava que os três bonitões que vivem no seu novo lar eram possuídos por espíritos de animais dos 12 signos chineses e que se transformam quando estão fracos, nervosos ou são abraçados por pessoas de sexo diferente.

Porém, mesmo que mantenham suas formas humanas, podem fazer com que os animais referentes aos seus signos apareçam. Os animaizinhos podem ajudar em tarefas, assim como os ratos do Yuki o ajudaram no primeiro episódio a descavar as coisas da Tohru, ou podem atrapalhar bastante.

E um detalhe muito importante: sempre que voltam à forma humana, voltam nus. Essa é uma situação vexaminosa na obra, principalmente para a Tohru, que irá acontecer eventualmente em várias parte a fio. Neste episódio mesmo, o Yuki fica nu outra vez para o final do episódio.

Mas é claro que o anime não mostra apenas essas partes para nos deixar constrangidos (ou maravilhados, dependendo da pessoa), mas também mostra o entendimento humano através dos pensamentos de Tohru.

Tohru é uma menina aparentemente inocente, mas que sabe o que está acontecendo em sua volta. Percebo isso em sua forma de pensar no decorrer dos episódios. Teve uma hora que ela até se perguntou: “Será que o Kyou tem raiva do Yuki porque o rato passou a perna no gato antes da festa dos doze signos?”.

Mas também há situações que ela não sabe se expressar, principalmente enquanto fica nervosa. Desse jeito, acaba sendo mais sincera que pretendia, e a pessoa se sente um pouco ferida por dentro. E por crer que as pessoas que estão à sua volta não são más, ela se refere ao Kyou como alguém maravilhoso, diferentemente da forma que ele pensava, que Tohru o odiava.

Neste episódio também tem a questão de como Kyou e Yuki reagem em meio a muitas pessoas. O gato só consegue se relacionar com poucas pessoas e detesta atenção, enquanto o rato tenta se comunicar com diversas pessoas para tentar escapar das provações de Akito. Não é à toa que ele faz parte do Conselho Estudantil e tenta ser simpático com os outros.

Kyou também tem problema com proximidade, e até mesmo quase quebrou o braço de uma menina. A luta constante de ser aceito ou não começa aqui, e Yuki também demonstra certa insegurança por conta de seu primo “maluco”. Claro que os pensamentos dele ficam mais transparentes com o passar do tempo, mas vai demorar um pouco até que consiga exprimir todos eles.

Muito obrigada por ler este artigo até o fim, e nos vemos no próximo! o/