Masamune-kun no Revenge – ep 4 – Estratégia romântica
Para algumas pessoas, a conquista amorosa é encarada como uma espécie de guerra, enquanto para outras isso é simplesmente um joguinho. Para o nosso querido protagonista, alcançar o coração da bela e temida Aki é mais do que uma simples vingança, trata-se de uma questão de honra e de acertar as contas com o próprio passado.
Embora Masamune tenha a vingança como objetivo principal, ele não é frio e calculista, e muito menos uma pessoa amargurada e depressiva, pelo contrário, ele sempre tenta passar uma imagem de uma pessoa auto-confiante e de conquistador, mas no fundo nem ele mesmo sabe o que fazer, afinal de contas, ele não tem experiência com romances.
Uma das mais famosas estratégias românticas é ignorar por um tempo a pessoa amada, a fim de que ela possa correr atrás de você, e isso normalmente funciona, pois a rejeição é algo que nenhuma pessoa gosta, portanto o alvo amoroso irá se sentir incomodado ao perceber que a pessoa que o admirava passa de repente a ignorá-lo, pode parecer clichê, mas funciona. O próprio Masamune se questiona se isso daria mesmo certo. Eu, por exemplo, já tive essa mesma dúvida e achava que se eu ignorasse a garota que eu gostava, ela não se importaria ou me odiasse, mas o resultado parece ser o oposto.
Nesse episódio é perceptível notar as verdadeiras faces do casal protagonista, pois enquanto vimos a insegurança de Masamune nas suas habilidades de conquistador, sempre recorrendo a “mestra” Yoshino, e se baseando em comportamentos clichês do protagonista de um mangá shoujo que ele lê, nós, pela primeira vez vimos a fragilidade da Aki, e que no fundo ela tem um lado fofo e sensível, isso tudo graças a estratégia de ignorá-la. Pontos para o ex-gordinho, ou melhor dizendo, parabéns para a serva leal da família Adagaki, pois apesar da sua aparente lerdeza, ela entende desses assuntos, algo que a própria Aki mencionou no episódio.
Para mim não foi nenhuma surpresa a protagonista feminina ter mostrado o seu lado “fofinho”, algo que foi legal de ver, pois acho que ficaria chato se ela se comportasse sempre de forma arrogante e prepotente. Embora a história seja contada a partir do ponto de vista do Masamune, foi interessante ficarmos sabendo um pouco mais sobre as motivações da Aki, pois ela não tem aquele comportamento hostil em relação aos garotos à toa, parece que ela sofreu um trauma quando era mais nova, que pode estar relacionado a alguma desilusão amorosa, e depois disso ela passou a adotar uma postura mais defensiva para evitar que ela passe por aquilo novamente. É evidente que a Aki tem medo de se apaixonar, pois tem medo de sofrer, devido a uma experiência ruim do passado, mas com as investidas do nosso querido ex-gordinho narcisista, ela está com os sentimentos um pouco confusos, sem saber o que fazer.
Por muito pouco o Masamune não “rouba” o coração da bela Aki, mas teve aquele velho clichê de chegar uma pessoa para atrapalhar o casal, porém não se trata de qualquer pessoa, trata-se de uma garota que chegou para dar mais dinamismo a história, embolando a relação entre o casal protagonista, significando que a história pode estar caminhado em direção ao harém. Ainda falando em clichês, aconteceu a clássica cena onde o garoto impede que a heroína sofra o acidente fazendo com que ela fique mais atraída pelo protagonista. Embora este anime utilize alguns clichês, ele está indo num bom ritmo e está sendo um entretenimento divertido.
Muito obrigado a todos que leram este artigo e até a próxima.
Kondou-san
Antes de começar, o meu comentário, deste episódio, o artigo dos três primeiros episódios deste anime, está muito bom, não tive a oportunidade de o comentar por falta de tempo.
Eu até estou, impressionado comigo mesmo, de estar a ver este anime, que é cheio de clichés, mas como até estou a gostar consigo tolerar tais clichés tranquilamente. Aquilo que eu rio, com as cenas onde o Masamune se inspira em mangás shoujo, para se tornar um galã, isso e aquelas falas internas dele, impossível não rir disso. O facto dele ser um ex-gordinho e ainda por cima narcisista, só tornam o personagem mais engraçado. Já a Akki, já é um pouco mais difícil de simpatizar, aquele jeito arrogante e prepotente dela, enerva-me, se alguém me falasse assim com tom de exigência, ao mandava-a para aquele sitio onde o sol não bate. Neste episódio, em forma de flashback do passado da Akki, aquele pequeno trecho, deu a entender que ela deve ter sofrido algum trauma, talvez alguma desilusão amorosa, que a fez com que ela se fechasse numa concha. Mas tal coisa não é motivo para desrespeitar e falar mal com os outros, pelo menos no meu ponto de vista ela não devia ser assim. Ver o lado mais fofo dela neste episódio até foi bonito, mas ainda assim, não apaga o facto de ela agir que nem um ser humano execrável. A serva leal da Akki, parece meio lerda, mas ela sabe de tudo e mais alguma coisa.
Aquele velho cliché, onde o protagonista salva a garota de um acidente, já está gasto e neste episódio por causa do contexto deu, para tolerar, mas foi muito previsível. Só quero ver, como vai ser agora, com a introdução de uma nova garota, que só nos primeiros segundos de aparição já se agarrou ao protagonista, só espero que este anime, não caminhe para um harém, senão estraga a graça do anime.
Como sempre mais um excelente artigo Flávio.
Flávio
Primeiramente obrigado pela participação e desculpe a demora para responder. As falas internas dele são engraçadas e por mais que tenha vários clichês e ser um pouco previsível, o anime está me divertindo bastante. Eu tolero haréns mas não gostaria que a história fosse por esse caminho e é obvio que essa nova garota será a rival romântica da Aki.
James Mays
Bem…Para um mim é um belo anime para preencher o vazio deixado por aqueles animes que quando terminam vc diz a si mesmo “Uau!! Que coisa foi essa que passou!!” ou enquanto vc espera pelo próximo ep. daquele anime “Uau! O que é isto que estou vendo!!” que vc ainda está acompanhando.
Mas tem seus pontos positivos, a narrativa é boa (tem bons “catchs” e “twists”), a velocidade dos diálogos, o humorzinho que até te surpreende, mas é cheio de referências para lá de manjadas (está na cara que esse anime é uma releitura batida de a “Megera Domada”), bem eu não posso o condenar por isso pq toda a indústria de entretenimento popular e de cultura pop ordenha seu ganha pão em referências manjadas…
Gostosinho de assistir, mas nada que o faça entrar no meu Hall da Fama…
A propósito, se não estiver errado, a entrada dessa menina ainda sem nome, algo me diz que foi coisa da “gata borralheira”…
Flávio
Concordo com a sua opinião, e por mais que esse anime não seja uma obra-prima, eu me divirto fazendo artigo sobre ele. Eu também não duvido que a Yoshino esteja por trás do aparecimento dessa nova garota, pois com aparecimento de uma rival, a Aki pode se sentir pressionada a se declarar para o Masamune.
Obrigado pela participação e desculpe a demora para responder.
mateustebaldi
Belo texto! Só acho que a forma como o anime apresentou o pedaço de passado da Aki foi meio… jogado?
James Mays
Concordo plenamente…Ficou meio que marreta….
Flávio
Acho que ainda há mais coisa para serem reveladas tanto sobre a Aki quanto sobre o Masamune.
Obrigado pela participação e por ter gostado do texto, desculpe a demora para responder.
mateustebaldi
Tranquilo! o/
Sim, e espero que revele…