O mangá seinen mais popular do Japão na atualidade finalmente ganha a sua adaptação em anime. O que podemos falar de bom e de ruim sobre essa estreia? O que você precisa ler ou ver antes de assistir a esse anime? Quem é Haise Sasaki? Cadê o Kaneki? Vou dar essas e outras respostas agora!

Eis que Tokyo Ghoul:re começa apresentando um novo protagonista.

Tokyo Ghoul:re é um mangá em andamento com 15 volumes no Japão e que se encontra em seu último arco, e o que isso implica? Que – como aconteceu três anos atrás – ele pode vir a ter dois cours para adaptar toda a obra. É necessário ter visto o anime anterior para entender esse? Com toda a certeza – indico até que vejam os OVAS. Ele segue de onde o anime parou? Ainda não dá para afirmar isso, pois esse primeiro episódio foi bastante fiel ao mangá, mas o cartaz de “procurado” deu a entender que o Hide – melhor amigo da história dos mangás – está desaparecido, coisa que não faria muito sentido visto que ele apareceu “bem morto” na frente de todos aqueles investigadores. Parece que o anime foi feito pensando no público que compra o mangá – que vende muito e até por isso justifica essa adaptação –, tanto que a abertura está cheia de fanservice para quem acompanha a obra, coisa que pode estragar um pouco o suspense de alguns acontecimentos futuros da história.

Resumindo, não dá para ver esse anime sem ter lido o mangá? De forma alguma, porque o mais importante que a obra queria passar da metade para o fim de sua primeira parte se manteve no √A – mesmo aquela sendo uma rota alternativa. O que pode causar um choque são certos detalhes que podem não se encaixar, mas não se preocupem, pois estarei aqui para sanar essas e outras dúvidas!

Haise Sasaki não brinca em serviço quando se trata de proteger seus subordinados.

Agora falando sobre o episódio em si, quem é Haise Sasaki e por que ele lidera um esquadrão de investigadores que liberam kagunes e que tem kakugans? No finalzinho desse episódio, quando Haise está para liberar a sua kagune, fica claro que ele é sim Ken Kaneki, agora com uma personalidade diferente da que vimos no anime anterior. Explicar exatamente o que aconteceu seria um baita spoiler do final do primeiro mangá, mas dá para dizer o óbvio, que ele perdeu suas memórias e que foi “acolhido” pelo CCG para ser usado como base para a “operação Quinx“, assim como assumir uma nova identidade humana e investigar ghouls. Isso dá ao público duas faces da mesma moeda através do mesmo personagem. O Ken Kaneki de antes, um meio-ghoul; e o Haise Sasaki de agora, investigador.

Seu lado humano ou seu lado ghoul, qual ele abraçará no fim das contas?

As circunstâncias exatas envolvendo essa situação é que seriam um spoiler, mas é fácil deduzir que ele lutou com alguém, perdeu e caiu nas mãos da CCG. Falar disso agora não é tão importante, mas sim comentar o que esse episódio apresentou, um caso de investigação de ghoul que se misturou a outro caso, primeiro o do Torso, e depois o do Serpente. O ghoul Serpente está caçando os seus com que propósito? Quem é ele? São coisas que devem ser respondidas alguma hora. Quanto ao Torso, ele é um ghoul psicopata que ataca mulheres e as deixa com cicatrizes, fazendo de seus torsos suas “obras de arte”. Algo horrível, eu sei, mas ghouls que matam por prazer têm aos montes em Tokyo Ghoul. O interessante no momento em que ele foi encurralado tem mais a ver com os integrantes dos Quinx.

Esse brilho na kagune dá uma sensação de que realmente se trata de algo orgânico, né.

Novos personagens para uma nova fase de uma história são sempre necessários e o que temos aqui são investigadores jovens que aceitaram participar de um experimento extremamente arriscado do CCG e que agora dividem o protagonismo dessa nova fase com a nova persona do Kaneki. O que dá outros ares ao universo de Tokyo Ghoul e abre possibilidades, já que ficou bem claro que os outros investigadores sabem que o Sasaki é um meio-ghoul e que há certa pressão e preconceito no que se refere à forma como investigadores humanos normais lidam com esse experimento tão peculiar. Daí parte o que ia falar sobre o esquadrão Quinx – de ao menos três deles já que a quarta não apareceu.

Primeiro temos o Urie, ele teve um flashback trágico que deu a entender que perdeu o pai, também investigador, em uma missão. Parece vidrado com a ideia de se promover e não evita manipular um colega caso isso lhe seja vantajoso. Uma pessoa duas caras e egoísta que também tem seus talentos, uma vez que deduziu antes de todos a profissão do ghoul serial killer, e que parece ser o Quinx com a melhor aptidão física. É cedo para falar sobre o que deve ser explorado desse personagem, mas ele foi bem construído para um primeiro episódio e contrastou bem com os outros do seu esquadrão.

Kuki Urie e Ginshi Shirazu, uma rivalidade que pode polarizar o esquadrão Quinx?

Em seguida temos o Shirazu, que tem uma atitude mais despojada e é meio cabeça de vento, sendo facilmente manipulado pelo colega, com o objetivo  de arrumar dinheiro. Mas para que precisa dessa grana? Isso deve ser respondido ao longo dos episódios. Pelo menos, ele é um personagem simpático e fácil de se gostar nesse primeiro episódio. Inclusive mais que do Mutsuki, que foi bem “morno”, mas a cena em que o Torso o ataca dando a entender que se trata “dela” e não “dele” abre um leque de possibilidades a serem exploradas em cima do personagem. Ele também tem que trabalhar a sua aparente inaptidão para o trabalho e inabilidade em lidar com pessoas e situações.

“O” Mutsuki desse começo lembra um pouco o Suzuya do primeiro anime com essa quinque.

Um grupo interessante, nada homogêneo e que, dada a aparente falta de moral e experiência para lidar com subordinados que mal saíram da adolescência – ou que ainda estão nela – do Sasaki, deve ir sofrendo mudanças ao longo das missões, pois o encerramento totalmente focado no esquadrão só reforça que são esses personagens que vão ditar o ritmo do anime. Eles terão o foco e, sendo assim, devem ser aprofundados enquanto se desenvolve uma trama maior envolvendo toda a Tokyo.

Como resultado da investigação houve o confronto no final com aquele ótimo cliffhanger, deixando um gostinho de quero mais para o próximo episódio. Afinal, a luta deve ser melhor nele. Não que as lutas tenham sido ruins, mas também não esbanjaram em animação nem foram tão empolgantes, apesar de não ter sido uma estreia mal produzida – porém deve piorar; é Pierrot, né? No fim das contas, o anime estreou bem, adaptando seis capítulos do mangá sem parecer “rushado ou ser raso demais.

Assim que ele ativa a kagune e estrala os dedos é porque a p*rra vai ficar séria!

Acho que de pontos interessantes a comentar só restam as duas moças que apareceram, a Hinami que agora é da Aogiri e a Chie Hori, personagem do OVA Pinto ligada ao Tsukiyama e que a abertura já entregou que aparecerá nesse anime e trará alguns personagens novos consigo – além da minha adorada Matsumae. Aliás, ela pedir um item pessoal do Sasaki deixa claro que foi para o Tsukiyama, que ele deve continuar obcecado pelo “gosto do Kaneki, mas ainda é cedo para falar mais sobre o que pode sair disso. Como último ponto, só gostaria de falar que o Kaneki realmente apresentou uma outra personalidade que muito mais lembra seu “eu” do começo dessa história, mas agora munido de uma quinque e de uma kagune que quando utilizada pode levá-lo a perder o controle – o que deve acontecer episódio que vem. Foi uma boa estreia para um dos animes mais badalados da temporada!

Antes de me despedir só gostaria de dizer que sou sim leitor do mangá – inclusive é meu favorito –, mas vou me esforçar para não deixar a minha experiência com ele interferir nas minhas opiniões sobre essa adaptação, dado que comentarei o anime aqui no blog nessa temporada de primavera. Espero que estejam animados para Tokyo Ghoul:re e que meus artigos sejam do agrado de vocês!

Adorei a OP e a ED. Segue o clipe da OP. Depois devo falar mais delas. Meus Quinx !

    • Fico feliz que tenha gostado e que vai acompanhar o anime. O problema do estúdio Pierrot é que ele até consegue entregar animação acima da média, mas apenas em momentos-chave. No geral, seus animes decaem muito de qualidade ao longo dos episódios. Primeiros episódios costumam ser mais bem animados, mas pela má reputação do estúdio nesse quesito é muito provável que tal qualidade não se mantenha.

  1. Adorei a estreia do anime, sou fã do anime e não leio o mangá, minha personagem favorita é a Hinami-chan e fiquei louco ao ver ela trabalhando na árvore aogiri, porque ela deixou a Touka-chan e esta trabalhando com os monstros ghouls malvados da aogiri?

  2. Na verdade o Re é continuação do Mangá afinal Hide foi morto pelo kaneki no Mangá, e como ninguem viu o que deu a entender foi que ele estar desaparecido

Comentários