Este episódio resolveu seguir uma linha muito mais reflexiva do que normalmente o faz, e eu preciso falar que foi uma decisão sábia. Anteriormente tivemos a Anzu percebendo o valor do trabalho dentre outras coisas, e agora é a vez da Hina perceber o valor das coisas.

Por mais que ela não tenha más intenções, acaba quebrando coisas e faltando com educação em alguns momentos, e isso custa caro. É sempre bom frisar o valor das coisas, como eu disse no artigo da Anzu, temos uma facilidade em ver o valor das coisas no momento em que as perdemos, e mais uma vez, é o que acontece aqui.

É claro que o Nitta acabou criando algum tipo de laço paterno para com a Hina, isso fica muito evidente no momento em que ele percebe que está sentado na poltrona quando normalmente ficava sentado no sofá. Em algumas famílias é normal o pai estar sempre sentado em uma poltrona, é quase uma afirmação de poder, eu diria.

Uma vez estava discutindo relacionamentos com uma amiga e ela me disse que não é questão de disponibilidade, é questão de prioridade. A relação aqui funciona diferente em partes, de modo que estávamos discutindo relação amorosa, e aqui é uma relação fraterna, mas a partir do momento em que a Hina começa a ganhar dinheiro para comprar um vaso e se desculpar, ela acaba por priorizar sua relação. E um dos integrantes da banda denuncia isso quando pergunta se ela tem algo mais importante para fazer.

É bacana (e imbecil?) ver como a Hitomi apesar de extremamente jovem, acaba dando concelhos e fazendo os homens mais velhos se sentirem melhores em questão aos seus problemas. O problema aqui é a idade dela, não faz sentido isso, mas se você me perguntar se eu gostei, eu vou responder que sim, eu gostei, pois apesar de ser incoerente, é bacana e bonito de se ver, e bem, não é como se eu esperasse algo totalmente verossímil de uma obra fictícia.

Você percebe que tem muita coisa errada quando vê duas crianças falando sobre seu salário.

A Hitomi ajudando a Anzu é bonito de se ver. Não é como se fosse algo emocionante, mas é um pequeno traço de bondade de uma criança, que apesar de trabalhar contra sua vontade em um bar, é interessante de se ver. A bondade é uma coisa cada vez menos aparente. A medida que o tempo passa, você vê mais escassez de coisas boas, mas as crianças acabam perseverando e mantendo sua inocência, pelo menos até certa idade.

No fim, Hinamatsuri tem nos dado muitos toques para aproveitar e valorizar o que temos. Você pode ter tudo! Pode ter uma bela moradia, pode ter carros, dinheiro, talvez um bom emprego, mas a verdade é que sua posse mais preciosa é o seu tempo, e se eu pudesse falar algo para você, diria para você valorizá-lo, pois ele vai e você fica inquieto para que ele volte, mas ele não volta, e apesar de riquezas, todos terminaremos falidos.

Ganhando uma amiga?

Para finalizar, este foi um episódio bom, apesar de me fazer rir pouco, ele me faz refletir muito. O bacana de refletir sobre Hinamatsuri é que não é em si uma reflexão pesada, mas sim uma coisa mais leve que você acaba por perceber meros pontinhos em coisas que você vive no dia-a-dia, mas que na verdade deixa passar como se não fosse nada.

  1. Mais uma vez, Hinamatsuri teve mais um bom episódio.
    Eu pensava que não mostrariam a reacção do Niita, à destruição que a Hina fez na casa, mas mostraram isso e como bónus o episódio mostrou como o Niita foi calmo e racional com a Hina (A Hina mereceu ser expulsa de casa a paciência tem limites).
    Não tem como defender a Hina, ela acomodou-se a uma vida folgada, ela abusa da boa vontade do Niita, ela tinha que aprender que o dinheiro e uma vida desafogada em termos financeiros não cai do céu. O Niita até foi brando demais com ela, eu acho que ele não ficou assim tão chateado pelo facto da Hina ter quebrado os vasos e sim, porque ela não respeitou as regras que ele tinha imposto.
    A parte da Hina ter ido viver com a best girl Anzu, serviu mais uma vez, para ver que a Hina é um ser sem salvação, enquanto a Anzu trabalhava de sol a sol, a Hina ficava apenas a comer e a dormir. Fiquei impressionado, como a best girl Anzu suportou tanto tempo, a companhia de uma comodista como a Hina.
    Lá no final, o Niita gostou do gesto da HIna, a Hina como pedido de desculpa ofereceu um vaso barato, mas o que contava era a intenção e o Niita entendeu bem isso.
    Achei bem sem noção o facto das gentes do bar, olharem com reprovação o Niiita, porque este expulsou de casa a Hina, ela nem era filha dele e muito menos parente, que obrigação tinha ele de aturar a Hina e as suas exigências.
    Agora a parte da Hitomi e da Anzu, a cada episódio começo a gostar mais da Hitomi, vê-la a ajudar a Anzu foi muito bom e bonito. Achei bem legal da parte da Hitomi, em levar a Anzu a um lugar, onde existia um monte de latas e que podiam ser levadas em problema. Parecendo que não, esse gesto poupará muito trabalho à Anzu e deixará a mesma, com mais tempo, para fazer as coisas que mais gosta.
    A parte da casa da Anzu com a Hitomi, foi um pouco errada, ver as duas a conversarem sobre salários, foi bem triste (mais triste para o lado da Anzu).
    Quanto mais penso neste anime, mais chego à conclusão que a Anzu é a melhor personagem, a cara que a Anzu fez quando perguntou à Hitomi se esta poderia ser sua amiga, foi muito bonita, a Anzu é tão simples.
    A parte em que a Hitomi adormece de pé de cansaço, foi muito boa (essa cena, foi a excelente representação das pessoas que trabalham de noite e que durante o dia, têm resolver outros assuntos cheios de sono).
    Como sempre, mais um excelente artigo, de Hinamatsuri Carlos Sousa.

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